Centenas de voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Santa Catarina estiveram reunidas, ontem, no auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa, em Florianópolis, para o encontro estadual das 87 unidades. No ato foi prestada uma homenagem póstuma à batistense Maria Círia Aragão Zunino, que faleceu ano passado, durante o exercício da presidência da entidade.
Eleita e reeleita presidente, Círia dedicou metade dos seus 80 anos de vida às causas sociais, em especial a Rede Feminina. Ao lado de outros familiares, o filho, Nelson Zunino Neto, recebeu a placa da homenagem in memorian. Estavam presentes os deputados estaduais Júlio Garcia (PSD), presidente da Alesc, e Napoleão Bernardes, proponente da moção e da frente parlamentar de apoio às Redes Femininas de Combate ao Câncer, entre outros.
Um dos atos prioritários do MDB em Tijucas – que acaba de reestrear, em novo mandato, com os ex-prefeitos Elmis Mannrich e Valério Tomazi no comando – tem sido o fortalecimento da representação feminina no partido. Para tanto, formou-se na mesma toada a regência local do MDB Mulher, que pretende ser mais atuante na comunidade de agora em diante.
O grupo tem presidência da enfermeira Débora Perez de Souza Lima, gerente assistencial do Hospital Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Nova Trento, com a ex-servidora pública estadual Bárbara Geraldo na secretaria geral e as membros efetivas Márcia Machado Maurício, a Marcinha, candidata a vice-prefeita nas eleições de 2024, Consuelo Azevedo, suplente de vereadora do partido, e Aparecida Imaculada Alexandre Luz, a Cida, conselheira tutelar no município.
O movimento, notabilizado durante a gestão da ex-vereadora Fernanda Melo na presidência local da legenda, cumpria, ultimamente, apenas ações protocolares sem o devido apelo político-partidário. Agora, porém, de acordo com o perfil social do MDB Mulher, “inicia-se uma nova fase, mais conectada, mais presente e ainda mais forte”.Elmis Mannrich
Seria uma mão na roda para o ex-vereador Fernando Fagundes (PL), de Tijucas, candidato a vice-prefeito em 2024, se o secretário de Estado da Infraestrutura e deputado estadual licenciado Jerry Comper (MDB) concorresse à Câmara Federal, como se especula, nas próximas eleições. Dessa forma, o tijuquense, celebrado por relações importantes no Estado inteiro, poderia contentar a gregos e troianos.
Agora assistente de gabinete na Casa Civil estadual, posto que teve abonação do governador Jorginho Mello (PL), Fagundes teria um compromisso de apoio à reeleição do deputado estadual Carlos Humberto Metzner Silva (PL), com quem estreitou laços ultimamente. A situação se complicaria, no entanto, caso Comper, da sua lista de prioridades, decidisse disputar o mesmo cargo.
Com os favoritos em ações eleitorais distintas e casadas, a dobradinha de 2026, para ele, seria certeira e conveniente.
O advogado e político Leôncio Paulo Cypriani – que continua sendo o ex-vereador mais votado da história de São João Batista – ainda precisa explicar aos desavisados porque, mesmo com a sexta maior votação do pleito de 2024, não foi eleito.
Ex-assessor jurídico do gabinete do prefeito Tiago Dalsasso (MDB), que não foi reeleito em Nova Trento, e apostador declarado, Cypriani dá conta, ainda, com bom humor, dos cerca de R$ 300 mil que perdeu nas bets da campanha. “Perdi porque não ganhei”, resume.
Das figuras de destaque na política regional, ele vem ao LINHA DE FRENTE, na VipSocial TV, nesta quinta-feira (22), falar dos bastidores eleitorais do Vale do Rio Tijucas e das causas e circunstâncias da sua participação no pleito. Imperdível!
Em seu portal, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) publica extensa reportagem sobre os 29 anos da urna eletrônica, criada, na versão dele, em 13 de maio de 1996. E ignora, mais uma vez, que Santa Catarina é o berço do voto eletrônico no Brasil, com início no 1º turno das eleições presidenciais de 15 de novembro de 1989, em Brusque, quando um microcomputador foi usado pela primeira vez para coletar os votos na 90ª seção eleitoral, montada no Fórum. Nela votaram 373 eleitores e a cidade virou notícia em todo país: foi a primeira a ter os resultados da votação logo após o encerramento, às 17 horas.
A iniciativa coube ao hoje ex-desembargador Carlos Prudêncio, na época juiz eleitoral, que escondeu a ação dos superiores após ser proibido de empregar tecnologia nas eleições. Ele, a propósito, é considerado inventor da urna eletrônica pela Assembleia Legislativa catarinense e pela Câmara de Vereadores de Brusque. Nas duas instituições, inclusive, já recebeu honrarias pelo feito e foi citado em solenidades.
O que antes era tratado com cautela, apenas entre as partes, tem ficado cada vez mais evidente. O distanciamento entre o prefeito Juliano Peixer (UNIÃO), de São João Batista, e seu principal aliado, o PROGRESSISTAS, cresce diuturnamente.
Ontem, a propósito, o presidente municipal do PP, vereador Fábio Norberto Sturmer, usou a tribuna do Legislativo para criticar a atuação do servidor de carreira Carlos Gonzaga Silveira, que tem auxiliado Peixer no atendimento ao público. “Nem sei o motivo de ainda estar ali”, questionou o parlamentar, e justificou o descontentamento alegando que o funcionário não trata a todos igualmente.
A ausência de um chefe de gabinete legalmente constituído, aliás, tem sido uma das principais divergências entre o prefeito e os progressistas. Enquanto o mandatário batistense argumenta sobre a economia na folha, os coligados reprovam o modelo adotado e exigem a nomeação de um correligionário no cargo.
Para mediar ações políticas, que tem sido uma dificuldade latente nesse início de governo, Peixer tem recorrido informalmente aos ditames de um ex-prefeito de município vizinho. Antes que a aliança com o PP imploda de uma vez por todas, diga-se de passagem.
Embora sejam mulheres e representem menos de um décimo do parlamento catarinense, fica evidente que as deputadas estaduais Ana Campagnolo (PL) e Ana Paula da Silva (PODE) não falam a mesma língua. Enquanto a ex-prefeita de Bombinhas se declara assumidamente feminista, a colega esvazia a pauta com frases do tipo “feminismo é um câncer”.
Dois projetos da liberalista, a propósito, atingem diretamente Paulinha. O mais recente, aprovado dias atrás, altera o regimento interno da Assembleia Legislativa e estabelece a obrigatoriedade do uso de traje passeio completo aos participantes das sessões realizadas no plenário da Casa – ou seja, proíbe roupas curtas, justas, transparentes ou com cortes que exponham partes do corpo. E que definitivamente contraria os padrões de figurino da bombinense.
Em outra proposta, Ana Campagnolo pede o fim da bancada feminina na Alesc, movimento que tem coordenação da presidente estadual do PODEMOS. Como justificativa, ela argumenta que o grupo atual, composto por apenas duas mulheres – Paulinha e Luciane Carminatti (PT) –, não atinge o número legal de 1/8 das cadeiras do parlamento e serve apenas para “protagonismo simbólico”. Pois então…
Segundo seu presidente estadual, Kahlil Zattar, o NOVO cresceu 30% em Santa Catarina desde 2022 e pretende dobrar essa marca até 2026. E se depender da representação regional da legenda, que acompanha essa margem, a meta deve ser alcançada.
Sexta-feira (16), o partido reuniu presidentes de diretórios municipais, prefeitos e vereadores na Assembleia Legislativa para apresentar dados, reafirmar ideais e traçar planos para as próximas eleições. Da região, participaram a advogada Jadna Matias da Silva, coordenadora do NOVO na Grande Florianópolis, e a mãe, vereadora Lourdes Matias, de Bombinhas, mais os vereadores Lizandra Dadam, de Tijucas, e André de Oliveira, de Itapema.
Outras lideranças, além de Zattar, como o presidente nacional Eduardo Ribeiro, o deputado federal Gilson Marques e o deputado estadual Matheus Cadorin e o prefeito de Joinville, Adriano Silva, também estiveram no evento. Eles reforçaram os objetivos da legenda para 2026, com foco no aumento de cadeiras na Alesc e no Congresso Nacional.
As rusgas entre os ex-prefeitos Elmis Mannrich e Valério Tomazi prescreveram. A convenção do MDB de Tijucas, sábado (17), em que foram escolhidos presidente e vice-presidente do diretório municipal respectivamente, suplantou aquela fatídica de 2016, quando estiveram em trincheiras opostas para representar a legenda na disputa da prefeitura.
Ambos, a propósito, vinham, há tempos, tratando o caso como resolvido. E no fim de semana deram à militância emedebista mais uma prova de que a unidade do partido tem sido priorizada apesar dos pesares. A partir de agora precisam gerir, juntos, o MDB tijuquense pelos próximos dois anos.
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PELAS BEIRADAS
Mannrich, aliás, foi reconduzido à presidência do diretório municipal. Não por imposição, mas por falta de interessados no posto. Por diversas vezes, nas reuniões periódicas do partido, ele tentou passar o bastão. Mas foi convencido de que precisava se manter no comando por pelo menos mais um mandato.
A alternativa era, de fato, Tomazi, que, inclusive, estava disposto. A barreira, no entanto, seria uma rejeição velada de parte dos convencionais, sobretudo daqueles que receberam a carta de exoneração em 2016 por terem preterido o então prefeito na disputa interna pela candidatura à reeleição. Quem sabe em 2027…
O ano legislativo sequer chegou à metade e o vereador Eloir João Reis (PSD), o Lico, de Canelinha, já mudou o plano de findar a vitoriosa carreira política ao término do mandato na Câmara, em dezembro de 2028.
Durante entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, ontem (15), Reis revelou que recebeu um “puxão de orelha” de apoiadores após sugerir a candidatura da própria irmã, a servidora pública aposentada Vera Lúcia Reis, ao parlamento canelinhense, como uma espécie de sucessão política.
A bronca provocou uma nova reflexão e o ex-prefeito passou a reconsiderar a ideia. “Disse e assumo, mas a comunidade e os eleitores dizem que não posso sair. Querem que eu seja candidato. Não estou morto. Já repensei e digo aos desavisados que não abandonarei a política e tomem cuidado, porque talvez posso não ser candidato a vereador, mas a outro cargo”, bradou.
Lico pontuou, inclusive, que agiu “no calor da emoção” durante a primeira sessão ordinária da atual legislatura, em fevereiro, quando revelou a intenção. “Me perdi. Me empolguei, foi no calor da emoção. Ninguém me disse nada. Eu disse e está dito. Mas é o povo que pediu”, reforçou.
MÁGOAS PASSADAS
Dono do mais pomposo currículo político entre os vereadores canelinhenses, o peessedista ficou fora do sistema de rodízio da presidência do Legislativo, organizado e implementado por outros cinco integrantes da bancada governista.
Embora quisesse comandar o parlamento e tivesse cobrado “respeito” dos colegas, o ex-prefeito e ex-vice-prefeito não foi contemplado no acordo. No entanto, Lico garante que manterá a postura de apoio ao governo de Diogo Francisco Alves Maciel (PL).
“Não vou negar que queria ser presidente um ano. Eles tinham a maioria pra compor sem o meu voto e tudo bem. Sou amigo e estou lá para ajudar. Eu fiquei triste, mas sei respeitar. Apoio tudo o que for necessário. Se tiver que votar contra e chamar a atenção da municipalidade, eu chamo, porque não tenho rabo preso com ninguém”, declarou.