Roendo as unhas
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Cassado em primeira instância, o prefeito de Itapema, Carlos Alexandre “Xepa” Ribeiro (PL), entra no próximo ano político com as barbas de molho. O processo que pode definir seu futuro será um dos primeiros a entrar na pauta do TRE-SC, o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, já entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.
O clima é de expectativa – e nervosismo. Governando sub judice, Xepa aguarda o veredicto que pode seguir dois caminhos bem distintos: a manutenção da sentença local, com perda do mandato e inelegibilidade por oito anos, ou a reversão da decisão em segunda instância. No pior cenário, restaria ainda o recurso ao TSE.
No mesmo pacote está o vice-prefeito Eurico Marcos Osmari (REPUBLICANOS). Caso a cassação seja confirmada, Itapema pode ser levada a uma nova eleição, reabrindo um tabuleiro político que mal esfriou após o pleito de 2024.
A ação que sustenta a condenação foi proposta pelo segundo colocado naquela eleição, Clóvis José da Rocha Júnior (PSD), sob a acusação de abuso de poder político e econômico. No centro da controvérsia está a Associação Beneficente Amigos do Morretes, que, segundo a denúncia, teria sido utilizada durante a campanha com fins eleitorais.
Na sentença, o juiz Luciano Fernandes da Silva destacou a participação de Xepa em eventos da entidade, a distribuição de alimentos e a divulgação de imagens que teriam beneficiado o então candidato. O magistrado também ressaltou o peso da capacidade econômica da associação na geração de dividendos eleitorais.
Agora, o jogo muda de instância. E, até que o Tribunal fale, o prefeito segue governando – e esperando.
