Diz que é de Tijucas…
200
Diz que é tijucano, mas nunca comeu o pirão com linguiça do Saulo, nunca dançou no Santa Helena ou no Panela Velha, nunca ouviu o Paulo Ternes cantar uma do Roberto Carlos no playback, nem sabia que já tivemos cinema e teatro, nunca comeu o x-repolho da Letinha no Corujão Lanches, nunca pulou Carnaval no Tijucas Clube, nunca jogou ou assistiu a uma partida de futebol no Tiradentes, nunca esteve no Karaokê do Wilsinho Furtado ou no Pagode da Paz dos filhos do Seu Zé João Souza, nunca cortou o cabelo no Seu Altino ou no Menino, nem nunca ouviu falar de Zé Carola, Padre Zucco e Maurínio Pomboca, nunca pescou atrás da Casa do Rádio, nem sabia do Bar Tuel, nunca ouviu falar na Cabeluda ou no Portão de Ferro, nunca marchou no 7 de setembro e ganhou sanduíche com laranjinha no final, nunca viu o boi de mamão ou o terno de reis, e sequer sabe o que é dormir de janela aberta sem medo de ser feliz.
Diz mesmo que é de Tijucas, mas nunca se surpreendeu com as palmas do Neri na igreja ou na rua, nunca ouviu histórias de fantasmas no Casarão Gallotti, não conhece o clássico Renascença e XV de Novembro, nunca viu um show do Dédo ou do Kaia Berlink, nem soltou pipa no pasto do Afonso Silva, nem jogou tilica ou bateu figurinha no recreio das aulas do Cruz e Sousa, nem viu a Rádio Vale dar lugar aos Correios. Nunca atravessou a ponte a pé para ver a farra do boi no Sul do Rio, nunca leu o jornal do Ademar Campos, do Walmor Telles ou do Leopoldo Barentin, nunca foi espiar as noitadas do Café com Rosca e do Sete Facadas, nunca tomou o caldo de cana do Engenho do João, nunca vestiu amarelo ou verde na eleição, nunca esteve no salão da Mercedes no Pernambuco e nem mergulhou na Copa Lama.
Jura que é tijucano, mas não tem o dedo torto, nunca teve um curió ou coleirinha na gaiola, nunca parou no bar do Nilton Mannrich, nunca comprou roupa nova para ir à Festa do Divino, nunca teve a bicicleta surrupiada pelo Maninho, nem conheceu a quadra do Garça Branca no loteamento do Ari, nem sabe da Metrópole do Wilson Fagundes ou que a cidade foi o único elo de ligação entre o Norte e o Sul catarinenses por décadas. Nunca viajou na Reunidas com o Chico de cobrador, nunca foi aluno da Dona Marilande, nem se assustou e se comoveu ao mesmo tempo no primeiro encontro com o Sérgio da Praça, nem ouviu falar no Nelson do Pinho, nem comprou peixe no Edemir Camargo e carne no Sesi, e nem assistiu televisão com o Zé Bigonha no Chalezinho até madrugada.
Eu vivi 100% de tudo que escrevi. E tu? Te identificas?
Vivi tudo isto, meu amigo Leu Nunes. No entanto, esqueceste de citar eu e o Nacier fazendo parte do Peter Pan juntamente com teu pai, o Kaio, o Beto José Lídio(Azulão), o Vilmom, o Calo do Velázio, o Mizael do seu Valdir da venda, (mas também nem sonhavas em nascer rsrsr) no Baile do Renascença com a Miss Brasil de Blumenau. E ainda naquela animando grandes bailas carnavalescos a partir dos 15 anos de idade na Sociedade Tijucas Clube. Mas independente disso, parabenizo pelo belo texto e pelas belas lembranças.
Lindo, muito lindo mesmo, seu comentário. Tantas coisas vivenciamos nessa nossa Tijucas. Imagine você na sua tenra idade, escrevendo sobre tudo isto , o que diria eu nos meus 82 anos de vida , bem vividos nesta nossa querida terra.
Eu me identifico com tudo isso é mais, no CNEC tive aula de educação física com seu Kico e de física com dona Maria Luzia, dancei no Clube Treze de Maio na esquina do Posto Chiquinho e no salão do Sumaré onde hoje funciona lojas koerich e Miliun.
Parabéns pela beleza desse texto.
Acho que só não pesquei.
quem nao consertou pneu na borracharia silva …elpidio silva a 60 anos em tijucas
Léo parabéns pelo texto maravilhoso e certamente todos terão algo a mais para colocar
Eu colocaria a mais
Quem nunca viu um jogo do Areinha no campo onde hj é a rodoviária
Quem nunca andou de Pimentão
Quem nunca pegou um dinheirinho do Tichico Gallotti na escadaria do casarão Gallotti
Quem nunca viu um jogo da M.U.T
Quem nunca tomou banho na lagoa do chupão do srDirce ,onde fica a figueira da Portobello
Farra do boi no pirão com linguiça sem o famoso boi vermelhinho não era farra do boi / com toureiro ligeirinho no
ou da fanfarra do seu Alfredo da rodoviária !
ou da danceteria do Kokao tão conhecido Dállas / A tão conhecida tbm banda tropa de choque / Na qual os componentes era / O Maridao , Jardel da imprimas / Alex da casa da informática / Richard e por aew vai….diz ser de tijucas e nunca fez aula de teclado ou gaita com o seu perrenga !
Leo parabéns
Faltou o boi vermelhinho
Pirão c linguiça do se pequeno
Vivi isso tudo e muito mais. Muito belo o texto. Meus parabéns.
Quem nunca comeu Sonho e Banana recheada do Wilsinho e do seu irmão calinho,
Também cantou o Hino Nacional,sob as broncas da Leda Regina,mandar alguém comprar no Ze Bigonha,Mergulhar no Rio perto do Dino,comprou peixes do Albertino e do Zequinha,pulou a janela no Santaa Helena,a Farra de boi no ZSe Guilherme,trabalhou na Telha Aranha,estudou no Colégio Espírito Santo, escutou os Sermões do Padre Augusto,dançou no 13 de Maio e Sumaré.
Taí uma idéia interessante, escrever as memórias dos Tijucanos.
Todos poderiam colaborar com suas lembranças!
Roubar goiabas no Chaves ninguém foi né??? Maracujazinho em cima do pé de jambolão na farra do boi do Sul do Rio acho que também ninguém tomou. (:
Ótimas recordações Léo.
Fica tisti não seu Nacir(:
Bossas.
SIMPLESMENTE ESPECIAL SUAS LEMBRANÇAS , PARABÉNS
Vi tudo isso, além das domingueiras na discolaser (2001) na praça, as noitadas no banquinho do renascença, andei de Juliva para ir e vir do colégio, sempre na orientação da nossa saudosa D. Maria Helena Machado. A concorrência entre as fanfarras do meu pai Aristides e Sr. Elói com a do Alfredo da Rodoviária. kkk QUANTAS BOAS LEMBRANÇAS..
Um primor! A crônica de traços simples e muita emotividade, ganha ares (e sentido) de poesia. E, também, emociona quando se pode lembrar, aqui ou ali, um personagem, um cenário, um fato, uma conversa solta, um riso amigo, um abraço apertado. Parabéns, garoto! Que continues inspirado e a inspirar aqueles que, por diversos motivos, amam muito a nossa São Sebastião do Rio Tijucas Grande!
Sem contar quando saímos do Timbé para vir ao Besc em meados de 1980. Tínhamos que passar em frente a antiga prefeitura que era de Madeira… só que um detalhe tínhamos que parar enfrente a prefeitura porquê vinha de lá uma gamba com seus filhotes daí paravamos para ela e seus filhinhos passarem, pois na quela época não havia faixa de pedestre ..ok…. abraços. Luiz do Timbé o Vendedor …
G
Léo parabéns, vivi tudo que você falou, as tardes de domingo com jogo do Tiradentes que após jogos tínhamos que fazer vaquinha para tomar umas botas, roubar galinhas nas casas de conhecidos, ir a praia de Porto Belo de bicicletas, casar passarinhos de fundas pegar piava para trocar por balas no Zé baia, mais infelizmente estamos vivendo hoje uma Tijucas que tinha teatro, tinha cinema, tinha Maternidade que com qualidade, será que no ano que vem teremos Hospital? Falta qualidade nos nossos Prefeitos e Secretários para nossa Tijucas, nem dipirona tem nos postos de saúdes, que Deus nos proteja!!
Faltou
Quem nunca dançou no balança teta??
Quem nunca “furou” a lona pra entrar no circo de graça levanta a mão?
Quem não andou de ônibus com o Paraguaçu aí?
Quem nunca foi no cercado alheio roubar goiaba, morango, melancia e outras frutas avisa!?
Quem nunca foi ver a mulher barbada ou a mulher aranha dentro de um ônibus velho parado na frente do jardim da matriz?
Quem nunca ficou abismado com as aventuras do seu Valdemar das Cobras?
Não arrumou a televisão no zequinha e não teve o seu Tuca colocando antena?
Quem não conheceu o Zabunba, Vito e o Buluca?
São muitas emoções…
Léo, e as figuras folclóricas de Tijucas, o Bosinha o Goiá o Jego coisa querida(o verdadeiro), não frequentou o bar do Zequinha nas manhãs de sabado, os bailes do Tijucas Clube, a rivalidade entre XV, Renascença e Tiradentes, jogou bola no campo do coroado, jogou pau no ombro enfrente ao CENEC, parabéns.
E comeuv a farinha do Sr. Ze do Joca, as corridas de cavalos na Rua das Carreiras, a sinuca no Sr. Ze Reis,os móveis usados do Durval Reis,passando baixadinho perto do Juventino da funerária,fazer compras no Mercado Patrimárcia,cervejinha no bar da Maria do Ze Poliça, Telles com seu belo carro de mola,o Valmorzinho do bar fechando a conta(Amiguinho deves um ovo e dois pigotes), o atendimento do Sr. Nilson da farmácia se tem dinheiro leva o remédio,se não tem leva também, é os discursos políticos do Sr. Ze Souza do Sindicato,das lojas de roupas da Dona Maria e Dona Dirce, e as caçadas no terreno do Ze Guardiã, e do César da Mira e seu pixinho(peixe)fresco, Sr. Osni ferreiro fazendo seu trabalho com orgulho,
Quem não se lembra da D. Mercedes do Salão do Pernambuco com a sacola de dinheiro pendurada na mão sentada em sua cadeira na entrada da porta cobrando a cota para dançar. Família humilde que criou todos os filhos com rígida educação. Saudades. Lá animamos muitos carnavais. Eu, Nacier, meu pai Nagip, Buluca, seu Rubens, seu Darci..e muitos outros músicos.
E o porquinho na corrente do buluca.
Show de bola. …cosa lindaaaaaa. ..Parabéns