segunda-feira, 30 de junho de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Juntas, mas distantes

Postado em 19 de maio de 2025
Foto: Agência Alesc

Embora sejam mulheres e representem menos de um décimo do parlamento catarinense, fica evidente que as deputadas estaduais Ana Campagnolo (PL) e Ana Paula da Silva (PODE) não falam a mesma língua. Enquanto a ex-prefeita de Bombinhas se declara assumidamente feminista, a colega esvazia a pauta com frases do tipo “feminismo é um câncer”.

Dois projetos da liberalista, a propósito, atingem diretamente Paulinha. O mais recente, aprovado dias atrás, altera o regimento interno da Assembleia Legislativa e estabelece a obrigatoriedade do uso de traje passeio completo aos participantes das sessões realizadas no plenário da Casa – ou seja, proíbe roupas curtas, justas, transparentes ou com cortes que exponham partes do corpo. E que definitivamente contraria os padrões de figurino da bombinense.

Em outra proposta, Ana Campagnolo pede o fim da bancada feminina na Alesc, movimento que tem coordenação da presidente estadual do PODEMOS. Como justificativa, ela argumenta que o grupo atual, composto por apenas duas mulheres – Paulinha e Luciane Carminatti (PT) –, não atinge o número legal de 1/8 das cadeiras do parlamento e serve apenas para “protagonismo simbólico”. Pois então…

Meta estabelecida

Postado em 19 de maio de 2025
Foto: Divulgação

Segundo seu presidente estadual, Kahlil Zattar, o NOVO cresceu 30% em Santa Catarina desde 2022 e pretende dobrar essa marca até 2026. E se depender da representação regional da legenda, que acompanha essa margem, a meta deve ser alcançada.

Sexta-feira (16), o partido reuniu presidentes de diretórios municipais, prefeitos e vereadores na Assembleia Legislativa para apresentar dados, reafirmar ideais e traçar planos para as próximas eleições. Da região, participaram a advogada Jadna Matias da Silva, coordenadora do NOVO na Grande Florianópolis, e a mãe, vereadora Lourdes Matias, de Bombinhas, mais os vereadores Lizandra Dadam, de Tijucas, e André de Oliveira, de Itapema.

Outras lideranças, além de Zattar, como o presidente nacional Eduardo Ribeiro, o deputado federal Gilson Marques e o deputado estadual Matheus Cadorin e o prefeito de Joinville, Adriano Silva, também estiveram no evento. Eles reforçaram os objetivos da legenda para 2026, com foco no aumento de cadeiras na Alesc e no Congresso Nacional.

Juntos outra vez

Postado em 19 de maio de 2025
Foto: Arquivo/Divulgação

As rusgas entre os ex-prefeitos Elmis Mannrich e Valério Tomazi prescreveram. A convenção do MDB de Tijucas, sábado (17), em que foram escolhidos presidente e vice-presidente do diretório municipal respectivamente, suplantou aquela fatídica de 2016, quando estiveram em trincheiras opostas para representar a legenda na disputa da prefeitura.

Ambos, a propósito, vinham, há tempos, tratando o caso como resolvido. E no fim de semana deram à militância emedebista mais uma prova de que a unidade do partido tem sido priorizada apesar dos pesares. A partir de agora precisam gerir, juntos, o MDB tijuquense pelos próximos dois anos.

PELAS BEIRADAS

Mannrich, aliás, foi reconduzido à presidência do diretório municipal. Não por imposição, mas por falta de interessados no posto. Por diversas vezes, nas reuniões periódicas do partido, ele tentou passar o bastão. Mas foi convencido de que precisava se manter no comando por pelo menos mais um mandato.

A alternativa era, de fato, Tomazi, que, inclusive, estava disposto. A barreira, no entanto, seria uma rejeição velada de parte dos convencionais, sobretudo daqueles que receberam a carta de exoneração em 2016 por terem preterido o então prefeito na disputa interna pela candidatura à reeleição. Quem sabe em 2027…

Nova página

Postado em 16 de maio de 2025
Foto: Luan Lucas | Linha de Frente

O ano legislativo sequer chegou à metade e o vereador Eloir João Reis (PSD), o Lico, de Canelinha, já mudou o plano de findar a vitoriosa carreira política ao término do mandato na Câmara, em dezembro de 2028.

Durante entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, ontem (15), Reis revelou que recebeu um “puxão de orelha” de apoiadores após sugerir a candidatura da própria irmã, a servidora pública aposentada Vera Lúcia Reis, ao parlamento canelinhense, como uma espécie de sucessão política.

A bronca provocou uma nova reflexão e o ex-prefeito passou a reconsiderar a ideia. “Disse e assumo, mas a comunidade e os eleitores dizem que não posso sair. Querem que eu seja candidato. Não estou morto. Já repensei e digo aos desavisados que não abandonarei a política e tomem cuidado, porque talvez posso não ser candidato a vereador, mas a outro cargo”, bradou.

Lico pontuou, inclusive, que agiu “no calor da emoção” durante a primeira sessão ordinária da atual legislatura, em fevereiro, quando revelou a intenção. “Me perdi. Me empolguei, foi no calor da emoção. Ninguém me disse nada. Eu disse e está dito. Mas é o povo que pediu”, reforçou.

MÁGOAS PASSADAS

Dono do mais pomposo currículo político entre os vereadores canelinhenses, o peessedista ficou fora do sistema de rodízio da presidência do Legislativo, organizado e implementado por outros cinco integrantes da bancada governista.

Embora quisesse comandar o parlamento e tivesse cobrado “respeito” dos colegas, o ex-prefeito e ex-vice-prefeito não foi contemplado no acordo. No entanto, Lico garante que manterá a postura de apoio ao governo de Diogo Francisco Alves Maciel (PL).

“Não vou negar que queria ser presidente um ano. Eles tinham a maioria pra compor sem o meu voto e tudo bem. Sou amigo e estou lá para ajudar. Eu fiquei triste, mas sei respeitar. Apoio tudo o que for necessário. Se tiver que votar contra e chamar a atenção da municipalidade, eu chamo, porque não tenho rabo preso com ninguém”, declarou.

Honra ao mérito

Postado em 16 de maio de 2025
Foto: Divulgação

O consenso das lideranças locais decidiu que o vereador Giliardi José Scaburi deve comandar o MDB de Porto Belo no biênio 2025-2026. Mais votado para a Câmara Municipal nas eleições recentes, ele conta com a chancela do secretário de Estado do Meio Ambiente, Emerson Stein, e do prefeito Joel Orlando Lucinda.

Pesou em favor do parlamentar, além dos 835 votos alcançados em 2024, o histórico familiar, de membros tradicionalmente emedebistas, e a dedicação e atuação destacada no partido tanto nas conquistas quanto nos insucessos.

Neste sábado (17), o MDB portobelense se reúne em convenção para deliberar sobre o diretório e eleger a nova executiva municipal.

Anticorrupção

Postado em 13 de maio de 2025
Foto: Arquivo Pessoal

A cobrança sistemática por mais transparência nas contas e nos serviços públicos prestados pelo município virou uma bandeira da experiente vereadora Lourdes Matias (NOVO) nestes primeiros meses de legislatura.

Dias atrás, a novista cobrou informações acerca da destinação dos valores arrecadados com a contestada TPA (Taxa de Preservação Ambiental). Nesta semana, a parlamentar protocolou no Legislativo um pacotão de projetos de Leis que, caso sancionadas, serão determinantes para garantir o acesso às informações do município.

As propostas contemplam diferentes áreas da administração municipal, como as secretarias de Educação, Saúde e Obras, além dos setores de Contratação e Licitação. Na Casa, os projetos tramitam com os números 8, 9, 10, 11, 12 e 13 de 2025.

“Onde não existe transparência, existe corrupção. O pacote de Leis aumentará a transparência e diminuirá os privilégios. Os projetos desse pacote anticorrupção vão coibir o famoso toma lá, dá cá, o fura-filas, as ausências injustificadas de profissionais da Saúde, os descumprimentos de contratos de obras e serviços públicos… Beneficiando, assim, o cidadão bombinense”, explicou a vereadora.

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Sintonizados

Postado em 13 de maio de 2025
Foto: Arquivo Pessoal

Por mais que não pareça, foi por acaso que os ex-prefeitos Elmis Mannrich (MDB) e Valério Tomazi (MDB) se encontraram no gabinete do presidente da Câmara Municipal de Tijucas, vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB), dias atrás. Um chegou antes, e o outro, sem saber, pouco mais tarde.

A pauta principal, evidentemente, foi a política local, o alinhamento do MDB e, em caráter especial, as eleições internas do partido, agendadas para sábado (17) na convenção municipal. Mannrich deve ser reconduzido à presidência para o biênio 2025-2026, e Tomazi, que foi especulado no posto, estaria de acordo.

O vereador anfitrião, a propósito, escreveu nas redes sociais que foi “uma honra poder trocar ideias com pessoas que tanto fizeram pelo município”, mas, ao Blog, revelou que “a alegria maior foi ver que estavam na mesma sintonia”. Souza pontuou, ainda, que defende a “história das lideranças do MDB” como critério basal para o comando do diretório.

Boas-vindas gerais

Postado em 12 de maio de 2025
Foto: Pyerre Cabral

Foi-se o tempo em que vereadores de oposição sequer pisavam na prefeitura. Por consciência da classe política local ou destreza do prefeito Maickon Campos Sgrott (PP), o que se tem visto em Tijucas foge à regra. Os encontros periódicos no paço municipal com todos os parlamentares – e não somente os da base, como praticado historicamente – surpreendem militâncias e condicionam movimentos partidários a novas estratégias.

A bem da verdade, os opositores tinham a faca e o queijo nas mãos. Formam a maioria absoluta do parlamento e, se quisessem, isolariam o Legislativo da gestão de Sgrott. Nas atitudes, contudo, a vereança contraditora abandonou o estigma do “quanto pior, melhor” e, ao que parece, prefere conviver em harmonia com a prefeitura.

O convite, ainda no início da gestão, para que Erivelto “Danone” Leal dos Santos (PL) assumisse o departamento de Esportes do município, mais a preferência incubada por Cláudio Eduardo de Souza (MDB) no comando da Câmara e a atração matreira de Flávio Henrique Souza (MDB) para o plano situacionista deram o tom. O chefe do Executivo municipal se afastou das bandeiras e rusgas eleitoreiras, e abraçou a governabilidade.

A consideração constrangida de um dos mais severos repreensores do governo de Eloi Mariano Rocha (PSD), de que “este pelo menos conversa com a gente”, mostra que as reuniões ecléticas na prefeitura devem continuar agradando a gregos e troianos. Pois então…

Oposição à parte

Postado em 12 de maio de 2025
Foto: Arquivo Pessoal

REPUBLICANOS e PL têm proposta conjunta para 2028 em Tijucas, mas, ao que tudo indica, não consideram que o sucesso de uns dependa do fracasso de outros. Tanto que, por intermédio do empresário Alberto Carlos “Tito” Dolorini e do vereador José Vicente “Zezinho da Associação” de Souza e Silva (PL), o deputado federal Jorge Goetten (REPUBLICANOS-SC) destinou um automóvel para a Saúde tijuquense.

O veículo foi entregue hoje, com Tito e Zezinho posando ao lado do congressista e do suplente de vereador Cláudio de Oliveira (UNIÃO), que compõe o grupo governista e, motorista da Secretaria Municipal de Saúde, foi o representante da gestão no ato de retirada.

Ao natural

Postado em 12 de maio de 2025
Foto: Luan Lucas | Linha de Frente

Distante das urnas há mais mais de duas décadas, o ex-prefeito Uilson Sgrott, de Tijucas, nunca esteve longe da política. Desde 2020, aliás, participa diariamente das articulações e decisões, sobretudo nas incursões eleitorais do filho, o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP).

O notável empresário, embora seja o primeiro tijuquense a comandar o Executivo municipal e, anos mais tarde, ver um herdeiro ocupar o mesmo cargo, garante que a participação de Maickon na política nunca foi programada e aconteceu naturalmente.

“Não foi nada programado. Quando perdi a reeleição em 2004, fui para a empresa trabalhar. O Maickon foi trabalhar comigo. Não tinha nada programado para um dia ele ser candidato. Nem filiado a partido ele era. Um dia veio o convite e ele saiu a vereador. Foi atrás dos amigos, conversou e teve sucesso”, contou o ex-mandatário, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE.

A disposição de Campos Sgrott em concorrer à prefeitura, no ano passado, surgiu durante o mandato de vereador, entre 2021 e 2024. Segundo o ex-prefeito, a barreira partidária foi o primeiro empecilho e fez com que o então parlamentar recuasse. Porém, números de pesquisas de opinião popular mudaram a rota.

“Quando ele foi vereador, claro que pensava em, um dia, se tivesse a oportunidade, ir a prefeito. Como somos do 11 (PP) e o prefeito era do 55 (PSD), a tendência seria um candidato do mesmo partido. O Maickon pensou que não ia dar, não queria mais ser vereador e decidiu recuar. O Eloi (Mariano Rocha) trabalhou outros nomes do 55. Fez pesquisa, fez isso e aquilo, viu a rejeição e, nesse trabalho, aparecia o nome do Maickon. Era importante fazer o sucessor e as pesquisas mostravam que pra fazer um sucessor tinha que ser o Maickon. Não articulamos nada, aconteceu naturalmente”, pontuou o ex-prefeito.