domingo, 20 de abril de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Quinze: A campanha antes do fim

Postado em 6 de dezembro de 2016
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Para concluir a série “Os 15 Motivos”, o blog traz um apanhado dos possíveis, e muito prováveis, equívocos da recente campanha do PMDB, baseado em análises pontuais de quatro observadores da política de Tijucas – dois com propensão à continuidade e outros dois inclinados à alternância de poder –, consultados ocasionalmente para a construção deste artigo. Seguem, em tópicos:

  • Os desencontros dos grupos de oposição podem ter sido mais prejudiciais ao PMDB do que propriamente aos adversários. A diluição do movimento L.I.M.P.E., que surgia como esperança concreta de novos rumos na política de Tijucas, e a consequente indicação do professor Elói Mariano Rocha (PSD) – alheio ao processo eleitoral havia oito anos – como candidato a prefeito dos oposicionistas, foram fatores que contribuíram para um possível relaxamento nas bases peemedebistas. A confiança, até a campanha, passou a conviver com altas e perigosas doses de presunção.
  • A coordenação de campanha do PMDB não era a mesma. Algumas figuras cerebrais de eleições passadas foram substituídas; e não escondem pontas de mágoa por isso. Os novos coordenadores, a propósito, estavam crentes que apenas o nome do ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) e seus acertos nas gestões 2005-2008 e 2009-2012 eram suficientes para vencer o pleito.
  • O arrojo, que margeava com a vaidade, era tipificado nos contatos iniciais com alguns líderes comunitários, formadores de opinião e simpatizantes do PMDB, que, desconfortáveis com as novidades apresentadas, ameaçavam não acompanhar o partido, não hastear a bandeira e, em alguns casos, não votar em Mannrich. Alguns relatam com ressentimento que, nessas situações, especialmente nas fases iniciais da campanha, eram prontamente descartados com a famigerada frase “não fazes falta”.
  • As decisões estavam restritas a poucas cabeças, e o eleitor ferrenho, que discutia publicamente e levava a voz do partido adiante, não conhecia os detalhes do processo e, conseguintemente, ficava sem argumentos para construir defesas consistentes em favor do PMDB. Em paralelo, a comunidade era convidada a debater sobre os benefícios da “mudança”, e qualquer elemento favorável à manutenção dos peemedebistas no poder era facilmente suplantado pelo slogan “mudar faz bem”.
  • As visitas e comícios foram reduzidos como nunca antes nas campanhas do PMDB em Tijucas. Os badalados arrastões se restringiram a poucos passos, e os ajuntamentos públicos se comprimiram nos encontros de bairros – onde, de acordo com participantes ativos desses eventos, poucos eram, de fato, os moradores assestados. Os analistas, contribuintes deste último capítulo, foram unânimes em atribuir esse fator à ausência de ineditismos – afinal, os eleitores já conheciam o candidato do partido –, à campanha curta e à falta de recursos econômicos, de parte a parte, para despesas dessa ordem. As pesquisas anteriores ao processo eleitoral, todas amplamente favoráveis, também teriam motivado essa desnecessidade de grande empenho.
  • A identidade da nominata de vereadores com o PMDB também é contestada. No quadro de candidaturas, muito pelos agravos da Operação Iceberg, não havia um grande número de puxadores; aqueles que, mesmo antes do pleito, eram líderes nas apostas de votações expressivas. Nos lugares de periquitos históricos, o eleitor enxergou postulantes à Câmara que meses atrás ainda participavam do exército adversário. E estes, conforme mostram os resultados da eleição, pouca diferença fizeram.
  • Até mesmo o material de campanha ficou aquém das versões anteriores. Nos santinhos e plotagens, Mannrich e Edson Souza (PMDB) não sorriam; não pareciam leves. O semblante sisudo dos candidatos peemedebistas no retrato desagradou a massa periquita mais atenta. Diferentemente, Marino Rocha, que sempre teve humor mais contido, exibia uma promissora alegria nas estampas dos colas-brancas.
  • Surpreendentemente, o PMDB copiou fielmente um dos principais erros dos adversários em eleições anteriores. Para rebater os números do respeitado Instituto Mapa, que antecipava vitória de Mariano Rocha em 11 pontos percentuais, a coordenação de campanha de Mannrich apresentou índices discrepantes assinados pelo desconhecido, ora suspeito, Incope (Instituto Catarinense de Opinião Pública e Estatística).
  • Os motes de campanha que se sustentavam na “mudança” foram avassaladores, e não houve qualquer estratégia de combate – ou, pelo menos, uma que fosse efetiva – para confrontar esse argumento.
  • Não obstante, sequer os desgastes do PT, que compôs a chapa oposicionista com o candidato a vice-prefeito Adalto Gomes, foram explorados consistentemente. Os seguidos escândalos nacionais, que culminaram com as prisões de inúmeras lideranças do partido por corrupção, difundidos incansavelmente pelos noticiários do país, praticamente varreram dos governos municipais do Brasil inteiro todo e qualquer representante da sigla; e Tijucas passou a constar na lista de exceções.

Os equívocos – e acertos – na campanha existem em ambos os lados das trincheiras. Este último episódio da série “Os 15 Motivos” traz alguns deles, conhecidos nos bastidores, produtos de pesquisas e análises, que podem ter sido preponderantes para o resultado das urnas; mas que apenas acompanharam uma tendência natural, edificada em 12 anos de situações vividas nos governos do PMDB e na política interna de Tijucas. No fim, é prudente afirmar que venceu quem errou menos; ou quem aproveitou melhor o momento e as fraquezas do adversário.

A série, calcada em informações privilegiadas e contribuições de fontes diversas, evidencia, sobretudo, que a prescrita derrota do PMDB nas últimas eleições de Tijucas tem um pano de fundo muito mais abrangente que a campanha recente. O blog espera, entretanto, que tenha servido – e que ainda venha servir adiante – de objeto para outras análises. A gratidão pela aprazível companhia dos leitores permanece, agora e sempre.

Nova política

Postado em 5 de dezembro de 2016
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A postura extremamente ortodoxa assumida pelo prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD) em relação à construção do próximo governo de Tijucas tem surpreendido – positiva e negativamente – parte do grupo de sustentação da campanha vitoriosa nas recentes eleições municipais.

O futuro mandatário da Capital do Vale vem reiterando nas sucessivas reuniões entre caciques colas-brancas, conforme pregava antes do pleito, que não deve obrigações a ninguém e não tem compromissos com investidores e correligionários, e que governará segundo sua cartilha. Alguns canários históricos, que suportaram os adversários no poder pelos últimos 12 anos, começam, inclusive, a mostrar antipatia pelos métodos austeros de Mariano Rocha. As cobranças, tanto na distribuição de cargos quanto nos dividendos da campanha, são itens recorrentes nas pautas dos encontros do time. Pois, então?!

Meia zero

Postado em 5 de dezembro de 2016
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Foto: Divulgação

Festejado pelas encantadoras Grazielle Müller Adriano, Fernanda Floriano e Alba Paschoal, do seleto time de profissionais do Sebrae/SC, o engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, popular Coisa Querida, de Tijucas, diretor de Administração e Finanças da entidade, celebrou na véspera, sábado (3), em cerimônia íntima organizada pelas filhas, a passagem das suas 60 bem vividas primaveras.

Cardoso nasceu em Siderópolis, na região metropolitana de Criciúma, em 4 de dezembro de 1956, mas vive na Capital do Vale há 27 anos, desde que empreendeu a Steel Usinagem e Fundição – depois rebatizada de Nova Belluno Importação, Acessórios e Equipamentos para Indústria Cerâmica – na cidade, em 1989.

Sob suspeita

Postado em 5 de dezembro de 2016
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As causas do incêndio que arruinou a estrutura do flutuante Maresia, em Porto Belo, na madrugada de quinta-feira (1), serão apuradas num inquérito aberto pela Marinha do Brasil. De acordo com a comandante do Corpo de Bombeiros do município, 1ª tenente Fernanda Sebastiani, que também participa das investigações, o resultado da perícia deve ser divulgado em 30 dias.

O restaurante Maresia era um dos principais pontos al mare da Capital Catarinense dos Transatlânticos, e serviu, inclusive, para a gravação, em 2012, do clipe do hit “Ai, Se Eu Te Pego”, de Michel Teló, que se transformou em sucesso mundial.

Dono da bola

Postado em 5 de dezembro de 2016
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Colunista esportivo de jornais e sites como Razão, Notícias do DiaBola do Vale, além de ex-secretário de Saúde do município de São João Batista, Osmar Adriano Filho, o Marinho, é quem deve comandar o setor de Esportes da próxima administração municipal de Tijucas.

Desde que o prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD) decidiu pela fusão da Secretaria de Cultura, Juventude e Direitos Humanos com a FME (Fundação Municipal de Esportes) na gestão 2017-2020, Marinho tem sido presença constante no processo de transição, sempre na retaguarda da próxima secretária de Cultura, Esporte e Lazer, professora Paula Rosa.

Estrada da vida

Postado em 2 de dezembro de 2016
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Foto: Santiago Asef

Oito shows em 20 dias. A estada do trio Música Orgânica, de Porto Belo, em cidades como Buenos Aires, La Plata, Rosario e Viedma, na Argentina, foi especialmente produtiva. De carro, com os instrumentos assentados no reboque, André de Miranda, Carlinhos Ribeiro e Cezinha Silva levaram a genuína música autoral catarinense aos hermanos naquela que se pode chamar de primeira turnê internacional do grupo.

O cineasta argentino Santiago Asef, morador de Bombinhas, registrou a viagem e deve compor um documentário sobre os bastidores dessa enriquecedora jornada.

Pecado capital

Postado em 2 de dezembro de 2016
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Nem todos são santos na Terra de Santa Paulina. Os vereadores Airton Dalbosco (PMDB) e Elio Vill (PMDB), mais o presidente da Câmara Municipal de Nova Trento, Leonir Maestri (PMDB), foram preventivamente afastados por 180 dias sob acusações de fraudes em notas fiscais que serviram para o ressarcimento de despesas contraídas na Marcha dos Prefeitos, em Brasília, em 2013 e 2014.

A juíza Maria Augusta Tridapalli, da Comarca de São João Batista, acatou pedido do Ministério Público e deferiu a decisão. Dos três parlamentares envolvidos no suposto esquema, apenas Maestri se reelegeu – em sétimo lugar, com 409 votos. Dalbosco não se recandidatou; e Vill ficou na 18ª posição, com 186 votos.

Sonho cristalino

Postado em 2 de dezembro de 2016
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Uma das bandeiras do próximo governo de Tijucas, desde a campanha eleitoral, é a transparência nos gastos públicos. O prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD) liderou uma comitiva que esteve recentemente em Timbó – município com avaliação máxima no ranking da transparência no Estado – para conhecer os procedimentos e, em princípio, reproduzir os acertos durante a gestão.

De acordo com o Ministério Público Federal, responsável pelo Ranking Nacional da Transparência, a Capital do Vale ocupa, hoje, a 123ª posição entre os 295 municípios de Santa Catarina nesse quesito. Se quiserem alcançar a excelência, portanto, Mariano Rocha e equipe têm muito trabalho pela frente.

Orgulho

Postado em 2 de dezembro de 2016
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Criado em Tijucas, de carisma e humildade acima da média, o jovem juiz Rafael Brüning, que há menos de dois anos deixou o Fórum local para atuar em Santo Amaro da Imperatriz, e, em seguida, em Florianópolis, é, agora, juiz assessor do ministro Félix Fischer no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília.

Entre os cerca de 16 mil juízes brasileiros, o ministro relator da famosa Operação Lava-Jato escolheu Brüning para a função.

Lágrimas a mais

Postado em 30 de novembro de 2016
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O desastre com o avião que transportava a delegação da Chapecoense, na madrugada de ontem, comoveu o mundo. Mas, naturalmente, uns têm mais motivos para chorar do que outros. Entre os familiares das vítimas está a psicóloga Adriana Porto Faria, popular Noca, coordenadora de Proteção e Defesa Civil do município de Tijucas. Ela era prima do advogado Ricardo Philippi Porto, membro da diretoria do clube, que voava com o elenco para a Colômbia, para a primeira partida das finais da Copa Sulamericana.

Cadinho, como a família chamava, era filho do cartorário Ivanio Loss Porto, muito conhecido em Chapecó e irmão da presidente do Lions Club de Tijucas, Ilva Porto Faria.