sexta-feira, 4 de julho de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Um: O rompimento com o PT

Postado em 4 de outubro de 2016

Da série “Os 15 motivos”  onde o blog, num trabalho de pesquisa, memória e coleta exclusiva, pretende fundamentar os equívocos capitais do PMDB de Tijucas, desde a retomada do poder, que culminaram na acabrunhante derrota de domingo (2) , segue o primeiro capítulo:

Vereador por três legislaturas consecutivas, o advogado Elmis Mannrich (PMDB), ainda que não fosse unanimidade nas bases do partido, conquistou a prefeitura em 2004, numa virada extraordinária sobre Uilson Sgrott (PFL), que concorria à reeleição e ostentava favoritismo absoluto. Fragilizado e dividido, o PMDB passava por sérias divergências internas e sofria com a falta de crédito e apoio econômico. O candidato a vice-prefeito na chapa, advogado Roberto Vailati (PT), trouxe, além da militância petista que começava a se fortalecer em Tijucas pela popularidade incontestável do presidente da República à época, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os primeiros indícios de aporte financeiro à campanha. Outros reforços de caixa foram conquistados no decorrer da caminhada pela atuação ora temerária do advogado Marcio Rosa, que presidia o partido no município e assumiu todos os riscos. Às 17h do dia 3 de outubro daquele ano, a cidade ficou verde.

Mannrich iniciou o governo na primeira manhã de 2005 com grandes expectativas. E não decepcionou. Comparado ao antecessor, que teve gestão contestada inclusive pelos correligionários, o prefeito do PMDB não tardou a cair nas graças dos munícipes com ações animadoras e obras públicas de grande aprovação popular. Os recursos federais passaram a ser presentes e frequentes em Tijucas, e reza a lenda que Vailati, o vice-prefeito, tenha méritos significativos nesse processo.

Tudo caminhou às mil maravilhas até a metade do mandato. Com expressiva aceitação entre os tijuquenses, o prefeito e o então procurador geral do município, Marcio Rosa, decidiram e convenceram a cúpula do partido que descumpririam o compromisso firmado com o vice-prefeito dois anos antes de que Vailati seria o candidato a prefeito em 2008 com Mannrich como vice , e que caminhariam para a reeleição com ou sem o PT. Havia, inclusive, um documento assinado pelas lideranças dos dois partidos, que, no fim das contas, de nada valeu. O adjunto anunciou o rompimento com o PMDB, contou a perfídia aos jornais, e todos os petistas, um a um, foram deixando os cargos que ocupavam na administração municipal.

Desde então, Mannrich e o PMDB deram à luz um inimigo mortal. Roberto Vailati e o PT começavam, naquele momento, uma força-tarefa para arrancar os periquitos do poder. Domingo (2 de outubro de 2016), uma década depois, eles finalmente conseguiram.

Caldeirão de otimismo

Postado em 22 de setembro de 2016

As paixões são tempero essencial nos processos políticos, e os exageros acabam entrando na receita como ingrediente especial. Na distintiva Tijucas, que promove essa mistura com propriedade ímpar, as projeções dos partidários desbancam qualquer levantamento técnico e engrossam o caldo das militâncias.

O ex-vice-prefeito Roberto Vailati (PT), por exemplo, presume vitória confortável de Elói Mariano Rocha (PSD) em praticamente todas as urnas da cidade – o que, nos seus cálculos, traduz uma vantagem de 3 mil votos –; enquanto o ex-secretário municipal Giovani Bleichuvel (PMDB) acredita que Elmis Mannrich (PMDB) vence a eleição majoritária com diferença semelhante àquela de 2008 (6.252 votos), quando o próprio Vailati era o adversário.

Entra e sai

Postado em 10 de junho de 2016

Não se sabe por quê e nem para quê, mas as recentes presenças no primeiro gabinete do paço municipal têm aguçado a curiosidade dos viventes da prefeitura de Tijucas.

Em momentos diferentes, o prefeito Valério Tomazi (PMDB) já recebeu, nestes últimos dias, as visitas dos ex-prefeitos Uilson Sgrott (DEM) e Nilton de Brito (PP), além do ex-vice-prefeito Roberto Vailati (PT); todos líderes de oposição ferrenhos.

Os assuntos podem ser os mais variados, mas, pelo momento, também pode ser aquele que passa pela cabeça de 11 entre 10 tijuquenses.