Apostas e discórdia
Foto: Blog Léo Nunes
  
	O prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (PL) não escondeu o descontentamento com vereadores da própria base que decidiram votar contra um projeto de lei de sua autoria, proposta que destinaria 75% dos recursos de uma loteria à Fundação Hospitalar Municipal. O texto acabou rejeitado pelo Legislativo.
O modelo previa que 25% da arrecadação líquida fosse repassada à Secretaria de Educação, Cultura, Esportes e Juventude, e a maior parte, 75%, diretamente ao hospital, para financiar exames, cirurgias e a contratação de novos profissionais. Durante a tramitação, o vereador Jackson Miguel Machado (PL) tentou alterar o destino dos recursos, com divisão igual para saúde, educação, cultura e turismo, esportes e obras públicas. Mas a tentativa naufragou junto com o projeto original.
O que mais chamou atenção foi a divisão dentro da base governista. Três vereadores – Eloir João Reis (PSD), Janaira Reis (PSD) e Leandro Mafra (PL) – votaram contra a proposta, alegando razões de cunho moral e familiar, contrários à vinculação de políticas públicas à atividade de apostas.
A resposta do prefeito veio em tom firme. Em entrevista ao Linha de Frente, Maciel classificou as justificativas como “demagogia e hipocrisia”, lembrando que a regulamentação das apostas é uma prerrogativa federal, e que a rejeição do projeto não impede o funcionamento das casas de apostas no município.
Nos bastidores, o saldo de tudo foi um grande desconforto.
Assista a entrevista:
