Cheque em branco
Fotos: Reprodução
A prefeitura de Bombinhas quer contrair um empréstimo de R$ 30 milhões para um pacote de obras no município – sem detalhar, entretanto, a necessidade do empenho e onde e quando o dinheiro seria especificamente investido. Com ampla maioria situacionista na Câmara, a proposta, evidentemente, foi aprovada.
O único voto contrário, e nada surpreendente, foi o da vereadora Lourdes Matias (NOVO), que questionou a ausência de pareceres técnicos e financeiros acerca do financiamento. “Não posso, com a responsabilidade que me cabe, assinar um cheque em branco para o Executivo”, pontuou, na tribuna.

O projeto foi apreciado no parlamento a toque de caixa, no apagar das luzes, em duas sessões extraordinárias, antes do fim do ano legislativo.
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ABONO
Para que a mãe, vereadora oposicionista, não fosse atirada aos leões com a pecha de “inimiga do progresso” – rótulo que alguns colegas de parlamento ameaçam colar em Lurdinha –, a advogada Jadna Matias da Silva, coordenadora do NOVO na Grande Florianópolis, agiu preventivamente.
Hoje, publicou manifesto nas redes sociais, lembrando a polêmica em torno da execução – ou ausência dela – do contrato com a concessionária Águas de Bombinhas, que chamou de “abuso” e que os órgãos controladores e Ministério Público investigam, e dizendo que o empréstimo poderia ter sido evitado se o município fosse eficiente na fiscalização e uso dos recursos, e dispensasse privilégios em contratações que tratou como “indevidas”.
