Sinal fechado
O malabarista quer o pagamento pelo espetáculo. O vendedor de balas, artesanato ou afins quer que comprem para ajudar. O pedinte quer apenas uma moeda, ou um cigarro. O andarilho se contenta com um trago às voltas de um bar. O viajante quer inteirar o valor da passagem. O mendigo quer matar a fome. O aleijado quer uma esmola porque não pode trabalhar. O viciado quer o que for, desde que consiga trocar por mais alguns instantes de entorpecimento. E todos estão aqui, ali, lá, agora, depois e o tempo inteiro. Na porta da igreja, nos arredores dos bancos, nas esquinas e sinaleiros, em prédios abandonados e sob a ponte.
As redes sociais estão infestadas de reclamações; e de defensores dos direitos humanos. Uns querem maior envolvimento do Poder Público nessa questão, que parece beirar o estado crítico em Tijucas; outros pedem apenas o respeito ao direito de ir e vir.
E agora?! Quem somos nós, e quem são eles? Devemos virar as costas, ou praticar a caridade? O medo é justificável? Existem meios de erradicar esse problema, ou precisamos conviver com ele? Quem são os culpados, ou inocentes?