EcoParque: bom ou ruim?
Multiplicam-se os protestos contra a instalação de um EcoParque no bairro Nova Descoberta, em Tijucas. Nas redes sociais, munícipes vêm organizando abaixo-assinados para conter o ímpeto da Haztec, empresa do Rio de Janeiro que planeja empreender na Capital do Vale uma central de tratamento de resíduos para receber todo o lixo recolhido nos 22 municípios da Grande Florianópolis, orçada em R$ 100 milhões, e que promete ser o primeiro aterro do Brasil totalmente alinhado com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010.
De acordo com o consultor de projetos da Haztec, Alexandre Citvaras, o EcoParque geraria 150 empregos diretos e outros 450 indiretos, e usaria sistemas de triagem que têm eficácia comprovada na Europa, Estados Unidos e Ásia.
O projeto do EcoParque de Tijucas teve como referência um modelo semelhante que funciona em Barcelona desde 2011. Os resíduos recolhidos passam por uma triagem mecânica com capacidade para separar materiais recicláveis. Após a separação, os resíduos orgânicos e não recicláveis são levados para o aterro sanitário, onde haverá o aproveitamento do biogás para geração de energia elétrica a partir da decomposição do material.
O prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) garantiu, em entrevista ao Jornal de Santa Catarina, que, por parte do município, nada seria autorizado sem o consentimento da comunidade.