quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Barril de pólvora

Postado em 20 de março de 2018
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Dentre tantos desdobramentos, o aumento da Cosip (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública) em São João Batista deu contornos pitorescos à relação do advogado e vereador Leôncio Cipriani (MDB) com o empresário Jandir Franco. A troca de farpas, na Câmara Municipal e no WhatsApp, tornou-se o assunto do momento na Capital Catarinense do Calçado.

Bastou que Franco discordasse publicamente do acréscimo – que, em alguns casos, chega a mais de 1000% – para que o parlamentar governista fizesse uma devassa na vida pessoal do empresário na tribuna da Casa do Povo. “É na lancha dele que tem as melhores champagnes. Só vem a São João Batista de helicóptero. E está reclamando que paga R$ 700 de TIP”, bradou Cipriani nos microfones do Legislativo municipal.

A resposta chegou nos smartphones, e passou a ser disseminada entre os batistenses. “O que ele tem a ver se tenho helicóptero? Se tenho, é porque trabalhei. Não mexo com bandidos. Não comprei produtos de roubo”, diz Franco, em áudio, numa clara alusão à atuação profissional do vereador, que é advogado criminalista.

MÁGOAS AFOGADAS

Se a Cosip vem tirando o sossego do empresário, ele faz questão de mostrar que um vinho de alto gabarito ajuda na reconquista da paz. Noutro momento, Jandir Franco – que ganhou recente notoriedade na mídia estadual por jogar dinheiro dos camarotes da Green Valley para os demais presentes na festa – ostenta, em gravação de vídeo enviada ao amigo e advogado Adilson Nascimento, o consumo de uma garrafa de Dominus, da safra de 2010, avaliada em R$ 3.270. “Agora que o Leôncio me quebrou, que eu não posso mais andar de helicóptero, então vou acabar com o dinheiro. Porque de pobre ninguém fala”, comenta.

TOMA LÁ, DÁ CÁ

A amizade de outrora, contudo, pode ter dado lugar ao ódio. Enquanto o empresário Jandir Franco gravava recados do tipo “estou tão injuriado com o Leôncio que, com a força que estou, acho que matava ele”, defensores do advogado e vereador respondiam na mesma moeda.

Um deles, a propósito, é o sapateiro Carlos Fraga Feller, o Calinho da Téta, que responde judicialmente a um processo por agressão ao ex-vereador e ex-prefeito Vilmar Francisco Machado (PPS) na campanha eleitoral de 2016. “Se tu botares a mão no doutor Leôncio, aí é comigo. Se ele morrer, tu também vais morrer”, diz ele, em mensagens direcionadas a Franco.

Luz d’ouro

Postado em 15 de março de 2018
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As entidades de classe, em São João Batista, estão em polvorosa com o aumento da Cosip (Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública) no município. Hoje pela manhã, o presidente do SincaSJB (Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista), Almir Manoel dos Santos, mais o presidente da Ampevale (Associação das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Rio Tijucas), José Kaspar, e a vice-presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) da cidade, Grazielle de Oliveira Gomes, se reuniram para avaliar os impactos econômicos que o acréscimo na taxa de iluminação pública vêm causando nos estabelecimentos varejistas da Capital Catarinense do Calçado.

Em consenso, SincaSJB, Ampevale e CDL consideram que o aumento ofende claramente os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Em alguns casos, a conta chega a ser maior em 1000% que nos meses anteriores. O assunto será tratado de maneira institucional. Uma reunião com o Poder Público deve ser o próximo passo. As entidades querem que a taxa seja adequada à realidade do município. Joinville, Garopaba e Içara passaram pela mesma dificuldade, mas em nenhum destes casos o aumento sequer se aproximou do praticado em São João Batista.