Linha cruzada
Na agenda do iPhone aparecia “Tonho”. A vereadora Elizabete Mianes da Silva (PSD), no calor das definições, queria desabafar com o ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, o Tonho Polícia (PSD), favorito entre os postulantes à prefeitura pelo partido, e chamou o “Tonho” que estava nos contatos do aparelho.
— Alô, Tonho! Sabes da pesquisa? Era pra ontem, mas parece que só vão abrir amanhã. Tô tão nervosa – lançou a presidente do Poder Legislativo de Tijucas, assim que o interlocutor atendeu a ligação, às vésperas da revelação dos números que indicariam a candidatura peessedista no pleito majoritário.
— Oi, Bete! Não tô entendendo nada! Aqui é o Tonho da Zoca! É comigo mesmo que queres falar? – respondeu o servidor público municipal Luiz Antônio de Araújo, que passa os dias a serviço da FME (Fundação Municipal de Esportes), e, realmente, nada tinha que ver com a pesquisa ou com o PSD.
— Ai, não, não, não, querido… Desculpa! Tu, tu, tu, tu…