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Tiago e as fake news

Postado em 28 de novembro de 2025
Foto: Olho Vivo Can

Fiel à metáfora bíblica, Tiago Dalsasso (MDB) voltou a dizer que “não se assenta na mesa dos escarnecedores” – ou, em tradução política, que não sobe no mesmo palanque que Maxiliano de Oliveira (PL). A afirmação, feita em entrevista ao Olho Vivo Can na semana passada, veio acompanhada de outra convicção: a de que sua derrota nas urnas, em 2024, deve ser creditada à “onda de fake news que se espalhou contra sua gestão e sua imagem durante o período eleitoral”.

As declarações não são novidade. Tiago já havia dado sinais dessa leitura em outras conversas, mas agora o tom é de fechamento de ciclo, mais calmo, porém ainda ressentido. Um ano e um mês depois do pleito, o ex-prefeito de Nova Trento trabalha ao lado do deputado e secretário de Infraestrutura Jerry Comper (MDB), enquanto a gestão de Maxiliano enfrenta sucessivas polêmicas.

Relembrando 2024, Tiago descreve o cenário de bastidor de uma campanha marcada por vídeos, montagens e textos manipulados, que, segundo ele, abalou sua credibilidade e confundiu o eleitorado. O ex-prefeito perdeu por 216 votos de diferença, uma derrota considerada “técnica”, que, em sua avaliação, teria outro desfecho “se o debate fosse limpo”.

Ele cita como exemplo as acusações falsas de desvio de recursos públicos – da construção de um centro educacional à taxa de iluminação -, e destaca o papel de uma CPI aberta a 15 dias da eleição, que teria servido apenas como ferramenta de desgaste. “Foi político, foi desonesto”.

Mesmo assim, Tiago faz sua mea-culpa. Reconhece falhas na comunicação e admite que a demora da Justiça em reagir às calúnias contribuiu para o resultado adverso. Um ponto em defesa do judiciário: segundo fonte do blog no fórum, 2024 bateu recorde de ações sobre fake news, e só agora os resultados estão ganhando definições. É o caso dos processos impetrados por Daniel Netto Cândido (PSD) que já venceu, tardiamente, dois.

A lição de 2024, embora amarga, foi devidamente aprendida.

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