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Chumbo trocado

Postado em 30 de agosto de 2017
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Por meio do WhatsApp, em 17 minutos de gravação, o ex-secretário regional Jones Bosio explica porque aparece na capa do jornal O Município, de Brusque, acusado de participar de uma suposta manobra que teria desviado R$ 30 mil dos cofres do Estado, em 2014, para um festival de bandas em Canelinha. Além dele, o ex-prefeito Antônio da Silva, que governava a Cidade das Cerâmicas na época, e o secretário de Administração e Finanças do município de Tijucas, Rosenildo de Amorim, que respondia pela diretoria executiva do SincaSJB (Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista), tiveram os bens bloqueados pela Justiça.

Bosio se diz injustiçado e vítima de perseguição, tanto da mídia quanto do Judiciário brusquense. “O promotor Taylor (Daniel Westphal Taylor, da 3ª Promotoria de Justiça de Brusque) me persegue diariamente. É pessoal. Ninguém me ouviu, não ouviram minha defesa, e já me condenaram. Eu não faria uma sacanagem dessas com o Governo e com o povo por R$ 30 mil”, relata o atual presidente municipal do DEM.

Sobre o evento, o ex-secretário demonstra pouco conhecimento. “O prefeito Antônio tratou diretamente com o secretário de Estado do Turismo, Cultura e Esporte da época. Mas, como o dinheiro era um decreto do Governo Estadual e haveria de passar pela SDR (Secretaria de Desenvolvimento Regional), acharam alguém a quem pudessem condenar”, diz.

A respeito da mencionada perseguição que estaria sofrendo na cidade, Bosio sustenta que o recente sucesso eleitoral no pleito majoritário de Brusque seria o motivo. “Desde que concorri à prefeitura contra essa elite, e fiquei em segundo lugar entre sete candidatos, com 12 mil votos, venho apanhando. Quando o jornal O Município e algumas rádios locais me telefonam, já sei que é coisa ruim. É questão de honra para algumas pessoas do Judiciário, da política, e para meia dúzia de empresários que eu seja destruído”, conclui.