O registro bem-humorado do youtuber Lucas Cunha das peculiaridades de São João Batista (vídeo a seguir) vem muito a calhar neste momento. Além das hilárias repetições da frase “calçados demais!”, numa digna alusão à mola propulsora da economia batistense, ele informa, ainda, que a Capital Catarinense do Calçado é, também, “a primeira colônia italiana do Brasil”.

Recentemente, o presidente Michel Temer (MDB) sancionou a Lei Federal 13.617/2018, que atribui, equivocadamente, ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, o título de “Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil”. A indignação dos catarinenses, e, mais precisamente, dos batistenses, é flagrante. Representantes da sociedade civil e do Poder Público vêm se organizando para corrigir o que chamam de “erro histórico do Congresso Nacional e do presidente da República contra Santa Catarina”.

Jovem, bonita e inteligente, a prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva (PDT), pagou caro por esses predicados em Israel – onde as mulheres têm papel de submissão e convivem historicamente com a desigualdade de gêneros –, para onde viajou, em missão liderada pela Acate (Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia), Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) e Governo Estadual.

Segundo o jornalista Renato Igor, do Diário Catarinense, Paulinha, que é presidente da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí, teve problemas na imigração. Precisou comprovar ao agente, no Oriente Médio, que exercia posição de chefia a partir de uma recomendação da Confederação Israelita no Brasil.

A propósito: poderia, inclusive, mostrar que é a terceira melhor gestora pública do país se apresentasse o Índice Nacional de Governança elaborado pelo Conselho Federal de Administração. Mas nem precisou.