Partidos divididos

A sessão da Câmara revelou, mais uma vez, que a oposição ao governo de Juliano Peixer (UNIÃO) não fala em uníssono. O requerimento do vereador Teodoro Marcelo Adão (MDB), que buscava informações sobre o transporte escolar terceirizado após o incêndio que destruiu cinco ônibus em 2023, foi rejeitado por seis votos contra e quatro a favor.
Até aí, nada novo no front da política local. O que chama atenção é a artilharia amiga. Dentro do próprio MDB, Almir Peixer votou contra o colega. As feridas da época em que foi vice-prefeito ainda latejam, críticas públicas de Adão não foram esquecidas, e o discurso de cordialidade soa protocolar.
No PL de Felipe Lemos, o retrato não é mais harmônico. Gustavo Grimm e Mário Antônio Teixeira seguiram caminhos opostos. Grimm, afastado do grupo desde o fim das eleições, reforçou seu alinhamento governista. Já Teixeira preferiu se manter ao lado do requerente.
O episódio expõe, sem maquiagem, a dificuldade que MDB e PL enfrentam para se reorganizar um ano após as urnas de 2024. A oposição existe, mas fragmentada, e, nesse ritmo, tende a mais tropeçar em si mesma do que incomodar o governo.