Seis: O projeto Valério
A aprovação de Elmis Mannrich (PMDB) já não era a mesma em 2012. As comparações com o glorioso primeiro mandato, quando os níveis de aceitação popular ultrapassavam a impressionante marca de 70%, eram inevitáveis. Tijucas queria mais do mesmo, mas a resposta ficou aquém das expectativas. O importante asfaltamento da Avenida Bayer Filho, que começou no fim do quadriênio inicial, não teve sequência; e a ponte do Porto do Itinga, que caiu com as fortes chuvas de 2011, chegou a receber uma irônica festa de aniversário de desabamento um ano depois. Além disso, as discussões que se iniciavam sobre as obras do esgoto sanitário e a malquista – mas necessária – estação de tratamento de resíduos desgastavam, em doses homeopáticas, a imagem do governo municipal. Mesmo assim, o prefeito ainda contava com expressiva popularidade, relações sólidas no Estado e em Brasília, e gordura para transferir ao afilhado na sucessão municipal, o então vereador Valério Tomazi (PMDB).
O candidato da situação, porém, não estava pronto. Muito pelo contrário, aliás. A coordenação de campanha era temerosa quanto à desenvoltura de Tomazi, a dificuldade de se expressar com clareza e de conquistar naturalmente o eleitorado. Mannrich, entretanto, topou um novo desafio: comprovar sua supremacia política e eleger o sucessor mesmo diante desses obstáculos. Era o compromisso com Paulo Bornhausen, relatado com detalhes no episódio “Quatro: O partido em duas frentes“, e, naquela feita, repetido diante do espelho. Oposicionistas mais severos chegavam a afirmar que o então prefeito havia assumido essa necessidade porque temia que adversários vasculhassem as gavetas da prefeitura no ano seguinte, mas essa é uma discussão para balcões de botequim ou para o Ministério Público. A verdade é que o representante do governo na corrida eleitoral de 2012 precisou ser lapidado; inclusive com orientações de postura, de oratória e, mais intimamente, de imagem pessoal.
Somava-se às imperfeições do postulante situacionista à prefeitura, a ruptura no seio do PMDB – também evidenciada no quarto capítulo da série. Mais próximos do presidente Marcio Rosa não acompanhariam Tomazi, a não ser que fossem convencidos por algumas sedutoras cifras. E foram. Tanto que, mesmo diante de uma eleição teoricamente fácil – o candidato de oposição, Adalto Gomes (PT), não representava uma ameaça consistente –, aquela campanha se alocou no ranking das mais caras da história de Tijucas, com mais de R$ 1 milhão despendidos em favor da dupla Valério & Ailton. De acordo com gente ligada ao processo, os recursos para o custeio das despesas vieram de inúmeras fontes, sobretudo das reservas pessoais do próprio candidato a vice-prefeito da época, empresário Ailton Fernandes (PSD), que, desconfiado, sempre perguntava: “Pra que mais dinheiro? A eleição está a perigo?”.
Pelos números finais daquele 7 de outubro, Fernandes tinha alguma razão em questionar. O adversário, que começou desacreditado, surpreendeu e assustou. Tomazi manteve as dificuldades, na campanha e nos quatro anos seguintes. Não ostentava grande popularidade, e pouco melhorou – ou, quem sabe, até retrocedeu nesse quesito. Não era um político brilhante, e continua no mesmo patamar. Mas serviu para o projeto pessoal de Mannrich e do PMDB; e, porque favoreceu também quis ser favorecido com a oportunidade de concorrer à reeleição neste ano. Não conseguiu, foi tolhido numa erosiva pré-convenção, e fez oposição velada. Fechou as portas da prefeitura para o tutor, ora candidato na sua vez; e atrapalhou o quanto pode. A conta das escolhas de outrora chegou há 12 dias. E veio alta, baseada em, pelo menos, “15 motivos” cruciais. A série, no blog, vem contando essa história.
BEM ISSO MESMO . UI UI UIIIII ACEITA QUE DOI MENOS EDER KKK
Mais uma prova – inconteste – da soberba, da posição de manipulador frio e estrategista que utiliza TUDO e TODOS para seus projetos pessoais. Aparentemente, o “líder” parece agradar, afagar, elogiar, reconhecer… Pequenas migalhas que oferece para manter a “manada” fiel e operosa… Só esqueceu de combinar com os “russos”. Duvidou, inclusive, daquilo que Valerinho disse no pós-convenção: – seria o adversário mais ferrenho de Elmis na (futura) eleição…
Por outro lado, desde quando ainda era vereador, Elmis sempre envolveu as pessoas, eventuais opositores ou correligionários, prometendo e enganando… São numerosas as pessoas, em Tijucas que nutrem ÓDIO em relação a ele… Com tanta energia ruim em torno, desfecho diferente não poderia ser imaginado…
Colheu o que plantou…
-Como voce comentou o trabalho que o Sr. Elmis teve para eleger o Prefeito Valério, o mesmo deveria ter ficado neutro na recente eleição ou então ter hombridade pedir a desfiliação das fileiras do PMDB, assim como as Secretarias Lelia Campos, Michelle e Scheila e Sebastião que são verdadeiras TRAIRAS, pois são crias do Sr. Elmis PMDB e estiveram mamando nos oito de sua gestão e agora estão batendo palmas para a MUDANÇA, mudança com Walmor Telles, Nilton Brito e Outros.