sábado, 23 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Fogueira acesa

Postado em 23 de outubro de 2017
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O processo que começou conturbado, sovado em negociações e conciliações, trouxe um tópico a mais para as discussões: a traição. Sábado (21), na convenção municipal do PMDB, as rupturas se evidenciaram. De um lado do salão, o ex-prefeito Elmis Mannrich e o vereador Fernando Fagundes – único candidato à presidência do partido em Tijucas, indicado pelo atual comando – saudavam os filiados, que unanimemente votaram “sim” para a oficialização do parlamentar no posto. Na outra ponta, os proponentes da renovação integral do diretório, liderados pela vereadora Fernanda Melo e apoiados pelo ex-vereador Edson Souza.

Independente das dissonâncias, a homologação da presidência do diretório jamais esteve em cheque. Fagundes havia conquistado o consentimento dos contrários, desde que a chefe de gabinete da Câmara Municipal, Elenita Mara Alexandre, fosse contemplada na secretaria geral do partido. Existia, inclusive, um tratado, avalizado e concordado entre o atual comando e os propositores da renovação.

A tórrida surpresa chegou em seguida do escrutínio das cédulas, na divulgação do corpo diretivo do PMDB de Tijucas para o biênio 2018-2019. Na secretaria geral, para revolta, principalmente, da chefe de gabinete da Câmara e da vereadora, anunciou-se Rafaela Marques – que mantém estreitas relações com a ex-secretária geral do partido, Flávia Fagundes, irmã do novo presidente.

Num grupo de conversação do PMDB municipal, Fernanda Melo publicou, em seguida, que “a formula do sucesso está invertida mais uma vez. A democracia traz o sucesso, e a autocracia, o fracasso”.

PINGUE-PONGUE

Ao blog, a ex-secretária Flávia Fagundes afirma que desconhece qualquer negociação prévia e que “renovar é uma coisa, mas, a história não pode ser excluída”. Depois, porém, revelou ter tomado conhecimento sobre um pedido para que Elenita Alexandre fosse empossada secretária adjunta do partido.

Consultada, a vereadora Fernanda Melo mantém a primeira versão, e enfatiza que o tratado foi descumprido. “Aceitamos o acordo com Elenita na secretaria geral, e Lays Zimermann na secretaria adjunta! Cobramos do ex-prefeito Elmis Mannrich em seguida. Ele nos respondeu, em bom tom: ‘eu tenho o diretório, sou o líder, e eu mando’. Mudaram tudo na hora, sem comunicar ninguém”, conta.

TELEGRAMA

Aquele passarinho incolor revela, ainda, que o presidente estadual do PMDB, deputado federal Mauro Mariani, recebeu as reclamações com preocupação, e pretende vir a Tijucas com alguns extintores de incêndio na bagagem.