Um olho lá e outro cá
Fotos: Luan Lucas/Divulgação
O encontro estadual do MDB no último fim de semana confirmou o que já se desenhava nos bastidores. O partido será coadjuvante na eleição de 2026, indicando o vice na chapa de Jorginho Mello (PL). Mas o evento repercute além do protagonismo imediato e interessa diretamente aos emedebistas do Vale do Rio Tijucas.
No entanto, o verdadeiro impacto se projeta em 2028. O MDB regional ainda se recupera do desempenho apagado nas últimas eleições municipais, saindo sem nenhuma prefeitura e figurando como oposição nos cinco municípios do Vale. Estar na chapa de Jorginho, portanto, pode representar a chance de a legenda recuperar fôlego, consolidar bases e renovar sua relevância para o pleito municipal seguinte.
O cenário local é heterogêneo: em Tijucas, o partido conta com três vereadores e a presidência da Câmara; São João Batista também soma três parlamentares; Canelinha tem dois; Nova Trento, quatro; e Major Gercino, apenas um. Em todas as praças, candidatos emedebistas sofreram derrotas majoritárias na última eleição.
Ainda assim, lideranças experientes permanecem ativas nos corredores do poder, como Tiago Dalssasso (ex-prefeito de Nova Trento), Thiago Vinícius Leal (candidato em Canelinha) e Viviane Booz Ferreira (ex-vice-prefeita de Major Gercino), que mantém cargos no governo estadual e na Assembleia Legislativa.

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MÃOS À OBRA
No fim de semana, caravanas de filiados da região foram a Balneário Camboriú, cientes de que o relógio da próxima eleição já começou a contar. O pleito de 2026 permite engajar bases, impulsionar candidatos a deputados e, ao mesmo tempo, neutralizar adversários internos que poderiam assumir protagonismo.
A equação não é simples. Nos cinco municípios do Vale, apenas Canelinha deve ter uma disputa aberta, sem prefeito incumbente na corrida. Nos demais, o MDB precisará enfrentar a força da máquina governista em plena velocidade, tarefa que exigirá estratégia, articulação e capacidade de resistência política.
