quarta-feira, 8 de maio de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

No gramado

Postado em 29 de novembro de 2021
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Divulgação

No fim de semana das decisões no futebol brasileiro, com maiores atenções voltadas ao Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai, onde Palmeiras e Flamengo duelaram na final da Libertadores com triunfo alviverde, o presidente do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Tijucas, ex-vereador e ex-vice-prefeito Luiz Rogério da Silva preferiu o Rio de Janeiro. Foi ver o seu Botafogo receber a taça de campeão da Série B do Campeonato Brasileiro ao lado de figuras histórias do Glorioso, como o ex-atacante Jairzinho (foto), ídolo da torcida botafoguense e campeão do mundo em 1970 com a Seleção Brasileira.

 

Rogerinho foi ao Estádio Nilton Santos a convite do presidente do Conselho Fiscal do Botafogo, André Souza, com quem conviveu nos tempos de assessoria ao ex-deputado federal Djalma Berger em Brasília, e, além de poder acompanhar o empate com o Guarani por 2 a 2 nas tribunas de honra, ontem, esteve no gramado para celebrar a conquista do título com os atletas.

Dois: A ressurreição de Lázaro

Postado em 5 de outubro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Candidato a vice-prefeito vencido nas eleições de 2004 pelo PSDB, o genuinamente cola-branca Luiz Rogério da Silva passou os três anos seguintes em Brasília, como assessor do então deputado federal Djalma Berger. À época no emergente PSB, ele recebeu um convite inusitado: disputar as eleições municipais de Tijucas como candidato a vice-prefeito do ex-adversário Elmis Mannrich (PMDB), que iria à reeleição. As indicações partiram do ex-prefeito Nilton “Gordo” Fagundes, que se alinhava fortemente à administração municipal, e da então secretária de Educação, Elizabete Mianes da Silva. As costuras começaram na Câmara, com o vereador Sérgio Murilo Cordeiro, que ainda era oposição e muito próximo de Rogerinho. Gordo e Bete sustentavam que dificilmente perderiam a eleição se os dois líderes oposicionistas fossem aliados naquela feita.

Mannrich e o PMDB tiveram a primeira chance de anular dois dos seus principais adversários. Mas preferiram oxigenar a carreira política de Silva e dar guarida a Cordeiro, que anunciava aos quatro ventos suas diferenças com o PT e com Roberto Vailati, candidato no pleito majoritário pela oposição em 2008. A dupla Elmis & Rogerinho venceu, com a maior diferença de votos da história (6.252), a eleição pela prefeitura de Tijucas; e Serginho recebeu, a partir de 2009, como prêmio pela lealdade na campanha, o comando da Secretaria Municipal de Saúde, para desgosto nefando dos peemedebistas históricos. O abrigo, com pompa e circunstância, aos ex-adversários – um na vice-prefeitura e outro numa das principais pastas do governo –, passou a ser um problema que o prefeito e a cúpula do partido se obrigaram a administrar desde então. O desconforto, de parte a parte, era nítido.

Eleita pela primeira vez à Câmara Municipal, a professora Lialda Lemos (PSDB), que se transformaria na mais severa crítica dos governos peemedebistas nos últimos tempos, escolheu sua primeira vítima naquela legislatura. Dela, o então vice-prefeito recebeu a alcunha de Lázaro, o personagem bíblico ressurgido da morte.

Rogerinho se reergueu. Serginho seguiu forte. Ambos certamente têm gratidão à assistência do PMDB numa das fases decisivas das suas carreiras públicas; e domingo (2 de outubro de 2016), de volta às suas origens, foram respectivamente responsáveis pelo marketing e pela coordenação geral da campanha do professor Elói Mariano Rocha (PSD), vitorioso na mais catastrófica participação dos periquitos nas eleições majoritárias de Tijucas.