quinta-feira, 25 de abril de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Eternizados

Postado em 30 de novembro de 2023
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Duas históricas lideranças políticas de Tijucas passam a batizar, a partir desta quinta-feira (30), dois dos principais prédios públicos do município. A prefeitura passará a se chamar “Centro Administrativo Prefeito Nilton José Fagundes – Gordo”, em homenagem ao chefe do Executivo municipal entre os anos de 1983 e 1988.

A proposta para eternizar o legado do saudoso ex-deputado, partiu do então vereador Edson José Souza, falecido em agosto. Souza, aliás, como já citado pelo Blog na nota “Legado eterno”, de dias atrás, será homenageado e batizará o prédio da Câmara de Vereadores, que se chamará “Casa do Povo Vereador Edson Souza”.

APARTIDÁRIO

Curiosamente, as duas leis foram sancionadas pelo prefeito em exercício, Sérgio Fernandes Cardoso (PSD), que, historicamente, sempre pertenceu a movimentos políticos rivais aos dos homenageados.

Após as assinaturas, o engenheiro explicou: “Admiro a trajetória do Edson Souza e tenho muita gratidão a ele por ter me concedido o título de cidadão honorário de Tijucas. O Gordo também era uma pessoa fantástica, com quem sempre me dei muito bem. Merece nossa homenagem diante de tudo o que representou e ainda representa na história”, pontuou.

Nova versão

Postado em 9 de outubro de 2018
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É preciso dizer, sobre a nota “Eleição dentro da eleição“, de ontem no Blog, que o ex-prefeito Elmis Mannrich (MDB) participou do encontro na casa da Família Fagundes – do presidente do MDB em Tijucas, vereador Fernando Fagundes, e do ex-prefeito e ex-deputado estadual Nilton “Gordo” Fagundes – na consumação da derrota de Mauro Mariani (MDB) no primeiro turno da eleição para o governo de Santa Catarina. Portanto, se existe um litígio entre os clãs no seio periquito, a diplomacia e o respeito ainda imperam.

O presidente municipal do MDB garante, ainda, que “não havia champanhe e tampouco festa”, e que o fato narrado ao colunista teria sido criado para “criar intrigas”. Como incitar testilhas nunca foi e jamais será o objetivo do Blog, faça-se valer a verdade.

Eleição dentro da eleição

Postado em 8 de outubro de 2018
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O candidato do MDB na concorrência majoritária do Estado, deputado federal Mauro Mariani, sequer chegou ao segundo turno. Mas a tristeza passou longe da casa dos Fagundes – do presidente do MDB de Tijucas, vereador Fernando Fagundes e do ex-prefeito e ex-deputado estadual Nilton “Gordo” Fagundes. Quem foi ao evento conta que as champagnes estouravam à medida que os convidados chegavam para celebrar a eleição do ibiramense Jerry Comper (MDB) ao parlamento catarinense.

A comemoração se justifica. Comper chefiou o gabinete do finado deputado estadual Aldo Schneider (MDB), empregador, na Assembleia Legislativa, da mãe e da irmã do presidente municipal do partido. Além do quê, no cabo de guerra interno com o ex-prefeito Elmis Mannrich (MDB), que é cada vez mais público, os Fagundes também lograram êxito ao somarem 585 votos para Jerry do Aldo na cidade contra os 187 que o ex-mandatário transferiu para Valdir Cobalchini. Pois, então?!

Adeus, Aldo

Postado em 20 de agosto de 2018
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Luto e lamentos na classe política com a morte, ontem à tarde, no Hospital da Unimed, em Balneário Camboriú, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Aldo Schneider (MDB), de apenas 57 anos, que tinha estreita ligação com Tijucas e a região da Costa Esmeralda.

Havia lançado a pré-candidatura à reeleição, mas, com a saúde muito comprometida, em decorrência de um câncer na coluna, já tinha passado o bastão ao chefe de gabinete, Jerry Comper (MDB), que, por sua vez, adotou o nome de urna “Jerry do Aldo” para estas eleições.

TRANSFERÊNCIA

Schneider seria o candidato a deputado estadual apoiado pela Família Fagundes – do presidente municipal do MDB, vereador Fernando Fagundes, e do ex-prefeito Nilton “Gordo” Fagundes – em Tijucas. Foi quem, a propósito, abriu as portas da Alesc para a ex-chefe de gabinete da prefeitura Flávia Fagundes, que trocou uma gerência no Imetro/SC por um cargo no escalão presidencial do Legislativo catarinense em janeiro.

Não à toa, a família abraçou, com afinco, a campanha de Jerry Comper na cidade e região.

Pré-candidatura

Postado em 28 de novembro de 2017
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Recém-eleito presidente municipal do PMDB, o vereador Fernando Fagundes diz, para quem quiser ouvir, que trabalha para ser opção no pleito majoritário de 2020 em Tijucas. Garante que o projeto conta com o aval do ex-prefeito Elmis Mannrich – líder incontestável dos periquitos no município –, e que a tomada do partido foi, sobretudo, uma forma de dar corpo ao plano de governar a Capital do Vale.

Se conseguir, o parlamentar, que cumpre a terceira legislatura consecutiva, será o primeiro filho de um ex-prefeito na história de Tijucas a alcançar a chefia do Executivo. O pai, Nilton “Gordo” Fagundes, comandou o município na década de 80.

Três: O filho adotivo

Postado em 6 de outubro de 2016
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No segundo semestre de 2008, Elmis Mannrich (PMDB) estava nos braços do povo. Em apenas três anos e meio, o prefeito de Tijucas ostentava o título informal de “melhor de todos os tempos” e caminhava a passos largos para a reeleição. Na retaguarda, sempre atenta e sagaz, a chefe de gabinete Flávia Fagundes filha do ex-prefeito Nilton “Gordo” Fagundes contribuía vigorosamente para a impressionante aprovação popular da administração municipal e, consequentemente, para a excelente imagem do chefe. Era ela quem fazia o atendimento aos pleitos da sociedade, encaminhava urgências ao prefeito, regia o colegiado municipal e cuidava pessoalmente de algumas demandas que pudessem ser terceirizadas. Chegava antes e saía da prefeitura depois de todos. Tinha pulso, jogo de cintura e vontade de trabalhar; além da fidelidade irreparável ao partido e, especialmente, ao patrão, a quem servia desde os tempos do escritório de advocacia.

Na carona desse ótimo momento, Fernando Fagundes (PMDB) despontava entre os jovens candidatos à Câmara na época. Filho de um dos políticos mais populares da história de Tijucas, peemedebista de berço, irmão da chefe de gabinete e frequente de inúmeros grupos sociais da cidade, tinha tudo para estrear bem nas concorrências eleitorais. Não deu outra. Em 5 de outubro daquele ano, ele recebeu 1.381 votos 20 a menos que a primeira colocada Marilú Duarte Carvalho (PMDB), então braço direito do secretário de Saúde à época, Walter Gomes Filho e conquistou, com virtudes sobejas, uma cadeira no Legislativo.

Mannrich estava reeleito e Fernando do Gordo na Câmara em 2009. Tudo parecia em ordem, não fosse a contestação dos métodos, inclusive pelos partidários, vereadores reeleitos e históricos, que, por ciúme ou por direito, passaram às objeções veladas. Formou-se, nos meses anteriores e anos seguintes à campanha, um elemento populário de que a estrutura municipal operava em função do irmão da chefe de gabinete. Alguns comissionados da prefeitura, inclusive, admitem quem eram mais valorizados se manifestassem apoio ao vereador e trabalhassem nesse sentido; e os demais parlamentares do partido, que não tinham as mesmas vantagens, começavam a ignorar alguns interesses da administração municipal na Câmara em razão dessa situação. Edson Souza e Elizabete Mianes da Silva eram, visivelmente, dois dos mais incomodados na época.

Fernando Fagundes continuou bem-sucedido nos pleitos eleitorais seguintes, sempre com expressiva votação. Neste, de 2016, era, flagrantemente, o candidato a vereador do candidato a prefeito. A esmagadora maioria dos cabos eleitorais do partido eram, e foram, também replicadores de votos para o edil reeleito; que, desta vez, somou 1.141 indicações e liderou, pela segunda vez consecutiva, a lista proporcional de classificados. O sucesso, porém, veio pela metade. Mannrich sofreu seu mais amargo revés, para tristeza de muitos e alegria de outros  principalmente de alguns que buscavam apenas a igualdade de privilégios nos seus governos anteriores.

Dois: A ressurreição de Lázaro

Postado em 5 de outubro de 2016
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Candidato a vice-prefeito vencido nas eleições de 2004 pelo PSDB, o genuinamente cola-branca Luiz Rogério da Silva passou os três anos seguintes em Brasília, como assessor do então deputado federal Djalma Berger. À época no emergente PSB, ele recebeu um convite inusitado: disputar as eleições municipais de Tijucas como candidato a vice-prefeito do ex-adversário Elmis Mannrich (PMDB), que iria à reeleição. As indicações partiram do ex-prefeito Nilton “Gordo” Fagundes, que se alinhava fortemente à administração municipal, e da então secretária de Educação, Elizabete Mianes da Silva. As costuras começaram na Câmara, com o vereador Sérgio Murilo Cordeiro, que ainda era oposição e muito próximo de Rogerinho. Gordo e Bete sustentavam que dificilmente perderiam a eleição se os dois líderes oposicionistas fossem aliados naquela feita.

Mannrich e o PMDB tiveram a primeira chance de anular dois dos seus principais adversários. Mas preferiram oxigenar a carreira política de Silva e dar guarida a Cordeiro, que anunciava aos quatro ventos suas diferenças com o PT e com Roberto Vailati, candidato no pleito majoritário pela oposição em 2008. A dupla Elmis & Rogerinho venceu, com a maior diferença de votos da história (6.252), a eleição pela prefeitura de Tijucas; e Serginho recebeu, a partir de 2009, como prêmio pela lealdade na campanha, o comando da Secretaria Municipal de Saúde, para desgosto nefando dos peemedebistas históricos. O abrigo, com pompa e circunstância, aos ex-adversários – um na vice-prefeitura e outro numa das principais pastas do governo –, passou a ser um problema que o prefeito e a cúpula do partido se obrigaram a administrar desde então. O desconforto, de parte a parte, era nítido.

Eleita pela primeira vez à Câmara Municipal, a professora Lialda Lemos (PSDB), que se transformaria na mais severa crítica dos governos peemedebistas nos últimos tempos, escolheu sua primeira vítima naquela legislatura. Dela, o então vice-prefeito recebeu a alcunha de Lázaro, o personagem bíblico ressurgido da morte.

Rogerinho se reergueu. Serginho seguiu forte. Ambos certamente têm gratidão à assistência do PMDB numa das fases decisivas das suas carreiras públicas; e domingo (2 de outubro de 2016), de volta às suas origens, foram respectivamente responsáveis pelo marketing e pela coordenação geral da campanha do professor Elói Mariano Rocha (PSD), vitorioso na mais catastrófica participação dos periquitos nas eleições majoritárias de Tijucas.