Se tem alguém que, de fato, colheu o que plantou no Vale do Rio Tijucas, foi o ex-governador e candidato a senador não eleito Raimundo Colombo (PSD). Sua melhor posição foi registrada em Tijucas, com 6.654 votos e o segundo lugar, provavelmente mais pelo prestígio dos cabos eleitorais do que propriamente por si. Nos outros municípios com prefeitos do seu grupo político – São João Batista e Nova Trento –, não passou de terceiro e quarto colocado entre postulantes ao Senado, com 4.561 e 2.067 votos respectivamente.

Colombo pagou pelas ausências na região, por ter assinado uma ordem de serviço para a revitalização da SC-410 e a obra ter ficado quase inteira apenas no papel, por nunca ter se interessado pela rota turística do Vale e jamais ter visitado o Santuário de Santa Paulina em sete anos de governo, e, mais recentemente, por ter lavado as mãos – o que gerou litígios homéricos com correligionários locais – quando o imbróglio da penitenciária em Tijucas tirou o sossego da população.

Se o Vale do Rio Tijucas já vinha se estabelecendo como rota do turismo religioso, em função do Santuário de Santa Paulina – a primeira santa brasileira –, em Nova Trento, que atrai cerca de 90 mil visitantes por mês, esse conceito parece ganhar força entre investidores e fiéis.

Dizem os noticiários que a famosa Comunidade Bethânia – fundada e gerida, por anos, pelo saudoso e reputado Padre Léo –, em São João Batista, vem sendo alvo de um ambicioso projeto que visa transformar o local num complexo religioso nos moldes do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO) e Bom Jesus de Iguape, no litoral de São Paulo.

Aquele grupo de romeiros citados na nota “Caminho santo“, em 30 de abril no Blog — que percorreu, dias atrás, um trajeto de 60 quilômetros a pé, todo por estradas interioranas, entre Camboriú e o Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento — foi recepcionado pelo empresário Pedro Paulo Laus, de Tijucas, no portentoso sítio que mantém na localidade de Oliveira. Dois casais de caminhantes, aliás, na passagem, posaram no local.

Laus, anfitrião de primeira grandeza, recebeu os participantes do recém-inaugurado Caminho de Santa Paulina com mesa farta; e teve a companhia, na feita, do prefeito Gian Francesco Voltolini (PP), de Nova Trento, que prestigiou o evento e desfrutou da hospitalidade do empresário tijuquense.

Um grupo de 25 romeiros planeja inaugurar no sábado (5) o Caminho de Santa Paulina — um trajeto de 60 quilômetros para ser percorrido a pé, todo por estradas interioranas, entre Camboriú e o Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento.

A sinalização completa, com 35 placas informativas e indicativas, foi instalada na semana passada. No fim, o caminhante recebe, ainda, um certificado especial de participação, da prefeitura e do santuário, como recordação.

Aberto aos devotos e fiéis em 2006, o Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento, celebrou, domingo (22), 11 anos de fundação.

Continua sendo o principal destino religioso de Santa Catarina, com média de 70 mil visitas por mês; e segue, também, surpreendentemente, praticamente invisível aos gestores do Turismo estadual em quaisquer questões.