As oportunidades de emprego nas indústrias de calçados de São João Batista têm atraído um grande número de imigrantes haitianos para a cidade. Obstinados e dispostos ao trabalho, os estrangeiros preenchem a lacuna da dificuldade de mão de obra nas fábricas; mas vêm esbarrando num problema: o idioma. A grande maioria chega à Capital Catarinense do Calçado sem conhecer uma palavra sequer em português.
Empregador de uma haitiana – que fala apenas o francês e o crioulo –, o advogado Nelson Zunino Neto tenta sanar essa dificuldade. Enviou proposta à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) para atender cerca de 100 imigrantes no projeto PLAM (Português como Língua de Acolhimento), e obteve retorno positivo. As aulas seriam ministradas por voluntários treinados pela universidade no Centro Educacional Educar, mantido pela Via Scarpa, ou na sede da Academia Batistense de Letras.
A professora Rosane Silveira, coordenadora do PLAM, procura, agora, interessados em participar do projeto como instrutores voluntários. Possíveis colaboradores podem contatar a UFSC no e-mail [email protected]. Basta enviar nome, endereço, telefone e um breve relato de alguma experiência com o ensino ou aprendizagem de línguas.