quarta-feira, 19 de novembro de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Mapa em jogo

Postado em 17 de outubro de 2025
Fotos: Arquivo

O mapa de Santa Catarina está prestes a mudar de contorno — e, junto com ele, velhas disputas territoriais podem ganhar novos capítulos. A Assembleia Legislativa aprovou, neste mês, o Projeto de Lei que estabelece regras para a correção dos limites entre municípios catarinenses, o que pode afetar nada menos que 164 deles, que já procuraram a Secretaria de Estado do Planejamento em busca de revisão. Entre os quais, Tijucas, Bombinhas, Canelinha, Itapema, Nova Trento, Porto Belo e Governador Celso Ramos.

O objetivo oficial seria o fim das “áreas de sombra” — aquelas faixas de terra, muitas vezes de 200 a 500 metros, que geram confusão sobre quem deve recolher o lixo, tapar o buraco na rua, cobrar o IPTU ou garantir o posto de saúde. A nova legislação promete precisão cirúrgica: quer reduzir essa margem para 2,5 metros, com o uso de sistemas cartográficos de alta tecnologia.

Na prática, porém, a mudança exigirá acordos políticos e administrativos complexos. Cada prefeitura terá que aprovar leis próprias autorizando a revisão e apresentar, em conjunto, a proposta à Comissão de Assuntos Municipais da Alesc.

E se o tom parece técnico, o enredo é político. Mudanças desse tipo podem ter influência no cálculo do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e também no tamanho do eleitorado.

As disputas por território em Santa Catarina são quase folclóricas. Nova Trento e São João Batista, por exemplo, travaram um embate pelo Rio do Braço, com vitória da Terra de Santa Paulina. Canelinha e Nova Trento também já mediram forças — literalmente —, com direito a prefeito fincando placa para marcar o limite “oficial”. Até Major Gercino entrou no mapa das divergências, mas ali a história terminou em acordo de cavalheiros.

Agora, com o novo projeto, a régua será passada de forma institucional, mas os bastidores prometem movimentação.

Opções caseiras

Postado em 14 de outubro de 2022

As incursões dos tijuquenses Diocélio Adelino dos Santos (SOLIDARIEDADE) e Franciel Britos (MDB) nestas eleições esbarraram nas fronteiras. Eram candidatos a deputados estaduais, mas não receberam um voto sequer além dos limites do município. Somaram, respectivamente, 296 e 233 votos – todos em urnas locais.

O mesmo aconteceu com os candidatos a deputados federais Marcio “Bambu” Reis (PATRIOTA) e Daniel Silveira (DC), ambos de São João Batista, que fizeram 596 e 787 votos respectivamente, todos na cidade.

Melhor sucedido nessa tarefa, apesar do desempenho abaixo da expectativa, foi o suplente de vereador Juarez Soares (CIDA), que foi candidato a deputado federal e alcançou 770 votos em Tijucas, e chegou aos 1.173 no Estado.