Embora ensolarada, Tijucas amanheceu cinzenta. Amigos, eleitores e admiradores do ex-vereador, ex-prefeito e ex-vice-prefeito Nilton de Brito — do rol de importantes e decisivos personagens da política local — acordaram com a triste notícia da sua partida, durante a madrugada, no Hospital de Caridade, em Florianópolis. Estava internado havia uma semana para tratar uma infecção pulmonar, em decorrência de um tumor descoberto recentemente. Mas o organismo já não respondia aos antibióticos, e os boletins, dia a dia, antecipavam o que estava por vir.
Brito, como era chamado do Oliveira à Santa Luzia, da Itinga à Praça, governou a Capital do Vale entre 1993 e 1996; e mais tarde, de 2001 a 2004, formou dupla com Uilson Sgrott na primeira gestão do milênio. Foi servidor de carreira da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) e administrou com os filhos, Rodrigo “Didi” de Brito e Rafael de Brito, a extinta revendedora de automóveis Radini Veículos na cidade. No campo social, marcou, também, como presidente do Tijucas Clube nos tempos áureos da sociedade e por muitos e memoráveis carnavais.
Nos últimos anos, aposentado, vivia com a mulher Cláudia Germano de Brito na popular Rua das Amendoeiras, na terra que sempre amou e entre o povo que tanto serviu, e dividia o tempo entre a família, a criação de pássaros e a articulação política da qual nunca quis — ou nunca se permitiu, por liderança fundamental que era — se afastar.
Tijucas perde um dos seus filhos mais ilustres. Morre o “Maior Cola-Branca da Cidade”, que inexplicavelmente era amigo íntimo dos principais adversários. Morre uma parte imprescindível da nossa rica história.