Foto: Léo Nunes

Os dutos enfileirados nos canteiros de Porto Belo – matéria-prima do projeto de cessão de água do Rio Tijucas para Bombinhas –, especialmente no Bairro Alto Perequê, mostram, em franco protesto, a insatisfação de parte da população da Capital Catarinense dos Transatlânticos com a obra. Reivindicam os manifestantes, em pichações nos tubos, que o trajeto não envolva a praia e que uma audiência pública seja realizada no município para debater o assunto.

Quinta-feira (10), a Câmara Municipal de Porto Belo aprovou o Projeto de Lei que autoriza a concessionária Águas de Bombinhas a repassar R$ 1,2 milhão para o município como compensação pela utilização do solo para a passagem da adutora. Entre os 11 vereadores, nove foram favoráveis.

Numa viagem de 27 quilômetros, por dutos de 500 milímetros de diâmetro, a Capital do Mergulho Ecológico pretende trazer do Rio Tijucas a água que falta na rede de abastecimento da cidade. De acordo com a proposta, 2,5% da capacidade hídrica de fornecimento do rio seriam destinados à população bombinense.

A recorrente problemática do verão, especialmente em Bombinhas, parece ter solução. O município litorâneo, que sofre com a falta de água na alta temporada, procura em Tijucas a mão amiga que tanto necessita. Numa viagem de 27 quilômetros, por adutoras de 500 milímetros de diâmetro, a Capital do Mergulho Ecológico pretende trazer do Rio Tijucas a água que falta na rede de abastecimento da cidade. De acordo com o projeto, 2,5% da capacidade hídrica de fornecimento do rio seriam destinados à população bombinense – que triplica entre dezembro e março.

Todos os detalhes do tratado foram apresentados, claramente, pela prefeita Ana Paula da Silva (PDT), acompanhada de representantes da Águas de Bombinhas e engenheiros responsáveis pelo projeto, ontem, na Câmara Municipal de Tijucas. Segundo a mandatária, a obra não traz qualquer prejuízo aos tijuquenses; uma vez que, no acordo entre os dois municípios, firmou-se que apenas as áreas rurais da Capital do Vale serviriam ao trajeto das adutoras.

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CONTRAPONTO

O vice-prefeito Adalto Gomes (PT), também presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, não esteve totalmente convencido de que a obra não traria inconvenientes à população. Fez questão de assegurar que será um fiscal, para que essa intervenção não afete Tijucas negativamente.

Postura semelhante teve o chefe do departamento de Meio Ambiente no município, oceanógrafo Narbal Andriani Júnior, que acusou os executores do projeto de estarem “atropelando” os processos.

As torneiras do comerciante Nilto Mannrich, pai do ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB), literalmente secaram. Obra do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Tijucas, que considerou uma fatura em atraso e promoveu o corte.

A conta é antiga, com débito cinco vezes maior que as anteriores e posteriores. Na época desse suposto equívoco, o patriarca dos Mannrich pediu revisão do cálculo à gerência da autarquia, e aguardava pela correção. Pior para ele que os “tapinhas nas costas” tenham dado vez aos “safanões”. Coitado! Ficou sem água.