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O prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) decidiu encarar os vereadores de Tijucas na sessão de segunda-feira (18). Com discurso recheado de números e comparativos, garantiu, na tribuna da Câmara, que sua gestão tem o planejamento e a transparência como características basais.

E foi além: desafiou os parlamentares a apontarem outra administração mais transparente que a atual. “Se viram, me mostrem. Eu passei quatro anos aqui e nunca tive conhecimento de números tão claros”, cutucou o chefe do Executivo tijuquense – com respingos, intencionais ou não, no governo do antecessor Eloi Mariano Rocha (PSD), de mesma corrente política.

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ENTRELINHAS

A incursão de Campos Sgrott ao parlamento tem como pano de fundo a polêmica reorganização da estrutura administrativa do município, com a sugerida criação de mais quatro secretarias, que precisa ser aprovada no Legislativo.

Paralelamente, e como recado direto aos críticos, o prefeito reiterou, em tema desconexo nas redes sociais, que “o caixa da prefeitura está cada vez mais em ordem”. Portanto, para bom entendedor…

Foto: Arquivo

Caso a reforma administrativa da gestão tijuquense seja aprovada na Câmara, e mais quatro secretarias se implementem no governo municipal, as novas pastas teriam comandos praticamente assegurados. Ou, pelo menos, pretendidos.

Na deslindada Casa Civil, que o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) fez questão de enfatizar importância, as cotações recaem, ainda, sobre o vereador Renato Laurindo Júnior (PL) – embora o parlamentar tenha publicizado, em resposta direta ao eleitorado oposicionista, que não assumiria o cargo.

Para a Pesca e Aquicultura, nenhuma surpresa. O ex-superintendente da Fundação Municipal de Esportes, Ezequiel de Amorim (PSD), recentemente substituído por Erivelto “Danone” Leal dos Santos (PL), estaria garantido no posto.

A pasta de Segurança Pública seria designada ao coronel Éder Jaciel de Souza Oliveira, agora na reserva da Polícia Militar estadual, unanimidade no setor e indicação incontroversa do vice-prefeito Rudnei de Amorim (PSD).

Já o Planejamento Urbano, que nasceria como base primária da infraestrutura municipal, teria comando da atual secretária de Obras, Loisiane dos Santos (PP), que passaria, em suma, a projetar as mudanças estruturais do município antes das execuções. A pasta ocupada por ela, em princípio, teria três substitutos sugeridos: o ex-vereador Odirlei Rezini, que atualmente comanda a Agricultura, o engenheiro Jordan Laus, servidor do departamento, e o ex-diretor do Samae, Fernando Steil, que ainda precisaria convencer a parcela contendora do grupo governista.

A administração municipal, no entanto, calcula que entre os trâmites legal e legislativo, se tudo correr como programado, as mudanças devam ocorrer somente em 2026. Ou nunca, a depender do que vier pela frente.

Foto: Reprodução

O prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) deu a cara nas redes sociais para explicar e justificar a polêmica criação de 32 novos cargos no governo de Tijucas – ainda sob o crivo da Câmara Municipal.

Para o chefe do Executivo tijuquense, a medida tem pretextos no aumento populacional do município, que dobrou desde a última reforma administrativa, em 2008, e na necessidade de readequação da máquina diante das demandas públicas. “Problemas e soluções”, argumentou na publicação.

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O QUE MUDARIA?

Entre as novidades, quatro secretarias: Casa Civil e Relações Institucionais, Pesca e Aquicultura, Planejamento Urbano e Segurança Pública, todas com teto salarial de R$ 14.474,72 – valor que o superintendente da Fundação Municipal de Esportes também passaria a receber. Além disso, a proposta abre três secretarias-adjuntas em Obras, Educação e Saúde.

A reestruturação prevê, ainda, sete diretorias estratégicas com vencimentos de R$ 8.951,07, duas assessorias jurídicas com a mesma remuneração e 15 chefias de departamento com salários que vão de R$ 3.669,88 a R$ 5.967,87.

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EMBRIÃO

O projeto, encaminhado para o Legislativo, ainda tem trâmite inicial. A primeira etapa seria o atestado de legalidade, com o carimbo do departamento jurídico da Câmara, antes que siga para a Comissão de Constituição e Justiça e depois, finalmente, enfrente o plenário.

Todos os cargos seriam de livre nomeação política.

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“VAI DAR CERTO!”

Na argumentação, Campos Sgrott defende a modernização da estrutura “para agarrar as oportunidades que estão batendo na porta”. A proposta versa sobre a adequação dos atuais 137 cargos comissionados para a marca de 170, que a administração entende serem ideais para o atendimento dos cerca de 60 mil habitantes do município.

“Não é sobre números. É sobre ter o braço e a força que a gente precisa”, disse o prefeito, antes de assumir qualquer responsabilidade acerca da reforma e reiterar que a prefeitura está “fazendo o que tem que ser feito para Tijucas suportar o crescimento”.

Foto: Arquivo pessoal

Se o vereador Renato Laurindo Júnior (PL) ainda não integra o primeiro escalão do governo de Tijucas, muito se deve a uma interferência da cúpula estadual do partido. Deixa de ser segredo que o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) quer, e que o parlamentar gostaria. Mas a liderança liberalista em Santa Catarina, apesar das afinidades com a gestão tijuquense, entende que “ainda é cedo”.

Laurindo Júnior foi levado ao entrecho oposicionista de Sgrott por uma questão meramente partidária, mas nunca deixou de ter, intimamente, diálogo aberto com o grupo governista. O alinhamento com o deputado estadual Jessé Lopes (PL), representante genuíno da extrema direita no Estado e a quem assessorou na Assembleia Legislativa, estaria entre as principais barreiras. O tijuquense teria consultado o gabinete do ex-chefe e sido orientado a esperar um momento mais adequado.

Nos planos da administração municipal, o vereador comandaria a Casa Civil – ainda a ser implantada na estrutura – e teria a incumbência de mediar os pleitos da gestão tijuquense no governo estadual e estabelecer contatos com políticos que pudessem contribuir com a prefeitura.

Para o domo do PL catarinense, pesam o pouco tempo de Laurindo Júnior como representante legitimado da legenda, que continua na trincheira oposicionista na Capital do Vale, e como o eleitorado local interpretaria o movimento. As negociações, que passam pela seara estratégica, no entanto, continuam.

Foto: PMT/Divulgação

Conforme antecipado no Blog, o vereador – agora licenciado – Erivelto “Danone” Leal dos Santos (PL) assumiu a superintendência da Fundação Municipal de Esportes de Tijucas. A cerimônia de posse ocorreu nesta manhã, na sede do departamento.

Sem grande alarde, apenas para servidores do setor, familiares e lideranças do esporte local, Danone obviamente não quis inflamar ainda mais as militâncias. Originário de um movimento oposicionista, ele ocupa, agora, a função que pretendia, mas no governo que, teoricamente, combatia.

Nas redes sociais, apenas um texto genérico sobre “honra” e “compromisso com o esporte”. Nada relacionado ao grupo governista ou ao prefeito Maickon Campos Sgrott (PP), apesar das fotos.

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ÚTIL E AGRADÁVEL

O chefe do Executivo tijuquense, por sua vez, mata dois coelhos com apenas uma cajadada. Atrai fragmentos do PL local e sinaliza lealdade ao projeto de reeleição do governador Jorginho Mello, e, de quebra, qualifica a gestão do Esporte do município.

Danone, que sempre foi a primeira opção de Sgrott para a FME desde o rascunho do colegiado, tem know-how na área – foi atleta, dirigente de clubes e presidente da Liga Desportiva da Região do Rio Tijucas – e trânsito livre na comunidade esportiva.

Foto: Divulgação

Pedra cantada no início do governo de Maickon Campos Sgrott (PP), enfim, deu bingo. O vereador Erivelto “Danone” Leal dos Santos (PL) vai assumir a superintendência da Fundação Municipal de Esportes de Tijucas.

As mudanças estão programadas para segunda-feira (4), quando o parlamentar se desliga oficialmente da Câmara e lidera reunião com a equipe da FME. Com a manobra, o suplente Écio Hélio de Melo (PL) herda a cadeira do partido no Legislativo.

O atual comandante da pasta de Esportes, Ezequiel de Amorim (PSD), em princípio deve ser realocado no governo. Ele tem sido cotado para a gestão do departamento de Pesca, ainda atrelado à Secretaria Municipal de Agricultura.

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BRAÇO DIREITO

Danone chega à FME acompanhado de um velho habitual do setor: o ex-superintendente técnico Robson “Coquinho” Varela, que cumpriu o mesmo papel nas gestões de Elmis Mannrich (MDB) e Valério Tomazi (MDB) com reconhecido sucesso.

Foto: Divulgação

Durante encontro da Amfri (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí), o prefeito de Porto Belo, Joel Orlando Lucinda (MDB), aproveitou os ensejos para um papo estratégico com o secretário estadual da Defesa Civil, Mário Hildebrandt (PODE). Na tête-à-tête, a dragagem do Rio Santa Luzia, tema que interessa tanto à Capital Catarinense dos Transatlânticos quanto à vizinha Tijucas.

O assunto já vinha sendo costurado desde janeiro, quando Lucinda se reuniu com o mandatário tijuquense, Maickon Campos Sgrott (PP), para tratar da viabilidade do projeto. O objetivo seria tirar do papel uma parceria intermunicipal que ampliaria o trecho dragado entre os dois municípios até o bairro Areias.

Uma intervenção pontual foi feita ainda em 2022, na foz do rio.

Foto: Arteris/Divulgação

A situação angustiante da BR-101 Norte, entre Tijucas e Balneário Camboriú, transformou-se em bandeira para políticos de diferentes esferas.

O governador Jorginho Mello (PL) fez do Via Mar, projeto de uma rodovia paralela de Florianópolis a Joinville, promessa prioritária, apostando que o Estado pode resolver o problema antes da União.

O mesmo ocorre na Assembleia Legislativa, onde os congestionamentos, cada vez mais longos e comuns, tornaram-se pauta frequente na tribuna e nos gabinetes. Parlamentares como Ana Paula da Silva (PODE), Napoleão Bernardes (PSD), Ivan Naatz (PL) e Carlos Humberto Metzner (PL) abraçaram a causa publicamente e disputam protagonismo.

No plano municipal, os prefeitos Carlos Alexandre “Xepa” de Souza Ribeiro (PL), de Itapema, Joel Orlando Lucinda (MDB), de Porto Belo, Juliana Pavan (PSD), de Balneário Camboriú, e Maickon Campos Srogtt (PP), de Tijucas, buscam alternativas com agendas em Brasília e audiências na concessionária responsável pelo trecho.

Mas apesar do alarde político, as soluções concretas ainda não chegaram.

Foto: VipSocial

Tijucas tem, pela terceira vez em pouco mais de seis meses, um novo prefeito. Hoje pela manhã, Rudnei de Amorim (PSD), vice na chapa vitoriosa de 2024, assumiu oficialmente o comando do município.

A transição teve participação de Cláudio Eduardo de Souza (MDB), que ocupou interinamente o cargo por 16 dias e volta para a presidência da Câmara Municipal, e do titular Maickon Campos Sgrott (PP), que segue licenciado.

Amorim, que conta com dois mandatos no Legislativo, agora experimenta o posto mais alto do Executivo com promessa de continuidade. Quer entregar obras, avançar no que já foi iniciado e manter a máquina girando.

Foto: Reprodução

Recém-chegado ao comando do Samae (Serviço Autônomo Municipal e Água e Esgoto) de Tijucas, o engenheiro Tiago Suckow da Silva Camargo Guimarães teve a primeira prova de fogo – e de imagem –, no fim de semana.

Ao lado do prefeito Maickon Campos Sgrott (PP), que mesmo licenciado seguiu cumprindo obrigações protocolares do cargo, o diretor da autarquia esteve no Jardim Progresso para ver de perto as agruras dos moradores com a falta de água.

A cena, registrada em vídeo e compartilhada nas redes sociais de Campos Sgrott, teve uma promessa cravada: no prazo máximo de 60 dias iniciam as obras de troca de adutora e ampliação da rede de abastecimento na localidade.

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NOVIDADE

Oriundo de Sorocaba, município paulista com mais de 700 mil habitantes, Guimarães passa a conviver, agora, com uma dinâmica peculiar para o cargo, de contato direto com a população e de cobranças pontuais.

E o compromisso foi assumido publicamente: água na torneira em dois meses.