Dezessete e dezessete
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Chegou-se a pensar que a região do Vale do Rio Tijucas e Costa Esmeralda – onde, dos oito municípios integrantes, três são administrados por prefeitos do PSD – fosse aquela em que a disputa do segundo turno para o governo estadual pudesse ser mais equilibrada. Não foi. A votação em favor de Carlos Moisés da Silva (PSL) superou o índice estadual em São João Batista (80,48% contra 19,52%) e Itapema (79,47% sobre 20,53%), com gestão dos respectivos peessedistas Daniel Netto Cândido e Nilza Simas.
Apenas em Tijucas (64,47% para 35,53%), gerida por Elói Mariano Rocha (PSD), a diferença de votos entre Comandante Moisés e Gelson Merisio (PSD) foi menor do que a registrada no Estado, de 71,09% contra 28,91%.
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CARGA PESADA
Pesaram os fatores mudança, desgaste e rivalidade partidária – uma vez que o MDB, principalmente, que tem ampla militância em todos os municípios da região, decidiu acompanhar o então candidato do PSL –, e, sobretudo, a “onda Bolsonaro”, que limou campanhas de políticos tradicionais e com poderio econômico Brasil afora.
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RECADO DAS URNAS
A vitória do governador eleito Comandante Moisés é, entretanto, incontestável, homérica e legitimada no voto. E traz ao Estado, à política e, ainda mais, ao Vale e Costa Esmeralda todas as mostras de que a democracia é um patrimônio do povo, jamais dos políticos. O recado das urnas, mais uma vez, foi dado. E que Santa Catarina, o país e a região, a partir de 2019, desfrutem de uma nova era, de mais atenção, de muita responsabilidade com o empenho dos recursos públicos, e, principalmente, de relevância absoluta no desenvolvimento.
Não sou nenhum cientista político. Mas é notável, que o eleitor principalmente, do MDB, não
depositaria seu voto em Gelson Merisio, simples entender. Uma Tríplice Aliança que vem “viciada”,
Dezesseis anos governando Santa Catariana, cometendo erros e mais erros, deixando a segurança pública fragilizada, a educação a “deus” dará, a saúde na UTI, vivendo as piores crises já vista em nosso estado. É aceitável que a onda Bolsonaro, caiu, como um rolo compressor, mas poderia ser amenizado se a gestão Colombo não fosse tão cheia de falácia e menos ação. Um candidato ao governo, que se apropriou do horário político acusando os oficiais superiores de irem para a reserva com pouca idade, proventos salariais acima da média dos demais servidores. Uma pessoa entra para academia da polícia militar cursando a graduação de aspirante oficial , é sabido que ao completar tinta anos tem todo o direito, por força da legislação ir para a reserva, e quanto ao proventos é uma conquista ao longo da carreira. E para concluir, mencionou o MDB, nos programas, como sendo alindo ao PSL, Daí faço um questionamento; E durante os dezesseis em que ficaram na gestão, fazendo apenas o troca, troca , ora MDB, ora PSD, isso não foi nada mais que um tiro no pé ? Essa eleição assim como para presidente, ou para governador, nos mostrou que o povo saiu da “toca” mostrando que tudo é possível, quando se quer. Toda a roubalheira, corrupção que desde muito tempo vem acontecendo na política nacional, há uma parte que não se pode esperdiçar, serviu de alerta para toda a classe política. Que fiquem de olhos bem arregalados, pois os tempos estão mudando, a menor intenção em sucumbir, o povo joga o “espinhel”, nas urnas. E depois não adianta espernear, soltar urros e pedi socorro, por ninguém vai socorrer, ao contrario, vai meter os pés para jogar mais fundo.