Foto: Reprodução/CMT

Depois de idas e vindas nos corredores do poder, o presidente da Câmara Municipal, vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB), vai, finalmente, assumir a prefeitura de Tijucas. A confirmação veio na quinta-feira (26), no Legislativo, com a aprovação das licenças para o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) e seu vice Rudnei de Amorim (PSD).

Nas redes sociais, Souza celebrou o fato. “No dia 1º de julho terei a honra de assumir como prefeito por 16 dias”. E completou, em tom emotivo, que pode parecer pouco, mas que não seria sobre contar os dias, e sim realizar um sonho.

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ATRÁS DAS CORTINAS

No ínterim da resolução, aliás, houveram recuos e retomadas, expectativas frustradas, condutas questionadas, bancadas mobilizadas e, por fim, parcerias consolidadas.

Campos Sgrott chegou a repensar o afastamento, e informou que, embora precisasse cumprir “compromissos particulares e profissionais”, permaneceria no posto, mas voltou atrás e cedeu temporariamente a cadeira.

A comunicação dos Poderes anunciou para amanhã, no primeiro gabinete do paço, às 8h30, a transmissão do cargo. O vereador assume a prefeitura por pouco mais de duas semanas – tempo curto, mas com enorme peso simbólico e alguns ruídos nas coxias.

Foto: CMT/Divulgação

O prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) havia desistido de se licenciar do comando do município de Tijucas para cumprir “compromissos particulares e profissionais”, mas voltou atrás. Ele se afasta do cargo, de fato, em 1º de julho e entrega a prefeitura para o presidente da Câmara, vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB).

Com votação prevista para esta noite, o Projeto de Lei Ordinária foi enviado para o Legislativo e deve ser aprovado. A proposta trata das concessões de licença para Campos Sgrott e seu vice, Rudnei de Amorim (PSD), já em roteiro no exterior.

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BASTIDORES

Ninguém afirma e nem confirma, mas se especula nas coxias do poder que o vai e vem teria relação com o tempo de cessão do cargo para Souza. Inicialmente, o presidente da Câmara exigia 30 dias na cadeira de prefeito, e que, em desacordo, o chefe do Executivo municipal decidiu permanecer na prefeitura.

As negociações seguiram, e o vereador teria concordado em ser prefeito por apenas 15 dias. A segunda metade de julho deve ter Amorim, o vice, que voltaria de viagem a tempo, no comando do município.

Foto: Arquivo

A pausa que o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) faria, para tratar de assuntos particulares, foi reprogramada. Ele se licenciaria do comando do município em 1º de julho, mas incumbências administrativas de urgência, principalmente na Educação, foram, oficialmente, motivo crucial para o aborto do projeto.

Ontem mesmo, no fim da tarde, Sgrott comunicou pessoalmente a decisão ao presidente da Câmara Municipal, vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB), que assumiria a prefeitura durante sua ausência. O prefeito justificou necessidade de atenção circunstancial à retomada das obras na EEB Ondina Maria Dias – que recebeu liberação depois de um período sub judice – aliada à crescente demanda de vagas na rede pública de ensino.

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POLITICAMENTE

As razões apresentadas seriam suficientes, mas, no pano de fundo, as disputas políticas tiveram lugar de fala. A bancada do PL na Câmara cobrou Sgrott sobre o espaço cedido ao MDB na gestão municipal. Vereadores liberalistas, que se aproximaram do Executivo recentemente, manifestaram desconforto com a passagem do bastão ao presidente do Legislativo.

A proposta de contemplação de um parlamentar na gestão municipal, por tudo que a envolve, não foi simplesmente adiada. Internamente, o caso foi encerrado com status de cancelamento.

Foto: Luan Lucas/Arquivo LDF

São “compromissos particulares e profissionais”, justifica o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP), de Tijucas, sobre a nota “Trono à disposição”, de mais cedo no Blog, para se ausentar brevemente do comando do município.

O chefe do Executivo tijuquense não quis dar detalhes do roteiro, que envolve família e atribuições paralelas como empresário, mas complementou que as tarefas são nacionais – e não no exterior, conforme publicado anteriormente – e articuladas com o exercício da prefeitura.

A programação, com a transmissão do cargo para o presidente da Câmara Municipal, vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB), uma vez que o vice-prefeito Rudnei de Amorim (PSD) estaria impossibilidade de assumir a titularidade, segue mantida.

Foto: CMT/Divulgação

Por mais que houvessem negado as especulações, o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) e seu vice, Rudnei de Amorim (PSD), de Tijucas, cumprirão roteiros internacionais ao mesmo tempo nas próximas semanas. Mas não na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, conforme se conjecturou.

De acordo com gente próxima, os compromissos estavam marcados – e as passagens compradas – muito antes da campanha de 2024. Sgrott e Amorim tentavam, desde então, remanejar a agenda. Mas, ao que tudo indica, sem sucesso.

As datas, entretanto, coincidem apenas em partes. O adjunto deve viajar antes, para visitar familiares da esposa que vivem nos Estados Unidos. E o chefe do Executivo, por sua vez, apenas no início de julho.

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LINHA SUCESSÓRIA

O presidente da Câmara Municipal, vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB), já teria sido comunicado sobre a assunção da prefeitura por cerca de duas semanas, a partir do dia 1º.

Foto: Câmara Municipal de Tijucas

A votação do projeto de Lei que concede reajuste aos servidores públicos de Tijucas, e na mesma toada, aos vereadores, foi aprovado na Câmara anteontem. Sem surpresas, a propósito. Situação e oposição se fecharam em bloco.

Lizandra Dadam (NOVO) foi a única que votou contra. E o presidente Cláudio Eduardo de Souza (MDB), que tem posição privilegiada, não precisou declarar o voto.

A proposta autoriza a reposição salarial de 5,20% para os servidores públicos municipais. Já os vereadores, com perdas inflacionárias acumuladas dos últimos 10 anos, têm aumento de quase 45% no valor líquido dos seus vencimentos.

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NA MESMA SESSÃO

Outro tema polêmico foi, enfim, discutido e consumado na Casa. Os parlamentares aprovaram o projeto de Lei que revoga a exigência da formação acadêmica em Jornalismo para o cargo de diretor de Integração e Comunicação Social do município. A questão teve seis votos favoráveis, dois contrários e duas abstenções.

Foto: Arquivo Pessoal

Por mais que não pareça, foi por acaso que os ex-prefeitos Elmis Mannrich (MDB) e Valério Tomazi (MDB) se encontraram no gabinete do presidente da Câmara Municipal de Tijucas, vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB), dias atrás. Um chegou antes, e o outro, sem saber, pouco mais tarde.

A pauta principal, evidentemente, foi a política local, o alinhamento do MDB e, em caráter especial, as eleições internas do partido, agendadas para sábado (17) na convenção municipal. Mannrich deve ser reconduzido à presidência para o biênio 2025-2026, e Tomazi, que foi especulado no posto, estaria de acordo.

O vereador anfitrião, a propósito, escreveu nas redes sociais que foi “uma honra poder trocar ideias com pessoas que tanto fizeram pelo município”, mas, ao Blog, revelou que “a alegria maior foi ver que estavam na mesma sintonia”. Souza pontuou, ainda, que defende a “história das lideranças do MDB” como critério basal para o comando do diretório.

Foto: Pyerre Cabral

Foi-se o tempo em que vereadores de oposição sequer pisavam na prefeitura. Por consciência da classe política local ou destreza do prefeito Maickon Campos Sgrott (PP), o que se tem visto em Tijucas foge à regra. Os encontros periódicos no paço municipal com todos os parlamentares – e não somente os da base, como praticado historicamente – surpreendem militâncias e condicionam movimentos partidários a novas estratégias.

A bem da verdade, os opositores tinham a faca e o queijo nas mãos. Formam a maioria absoluta do parlamento e, se quisessem, isolariam o Legislativo da gestão de Sgrott. Nas atitudes, contudo, a vereança contraditora abandonou o estigma do “quanto pior, melhor” e, ao que parece, prefere conviver em harmonia com a prefeitura.

O convite, ainda no início da gestão, para que Erivelto “Danone” Leal dos Santos (PL) assumisse o departamento de Esportes do município, mais a preferência incubada por Cláudio Eduardo de Souza (MDB) no comando da Câmara e a atração matreira de Flávio Henrique Souza (MDB) para o plano situacionista deram o tom. O chefe do Executivo municipal se afastou das bandeiras e rusgas eleitoreiras, e abraçou a governabilidade.

A consideração constrangida de um dos mais severos repreensores do governo de Eloi Mariano Rocha (PSD), de que “este pelo menos conversa com a gente”, mostra que as reuniões ecléticas na prefeitura devem continuar agradando a gregos e troianos. Pois então…

Foto: TV Câmara

Quem acompanhou a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Tijucas, nesta segunda-feira (5), precisou de paciência – e atenção redobrada –, para compreender o andamento dos trabalhos e os debates sobre projetos relevantes para o município.

Com a ausência justificada do presidente da Casa, vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB), coube ao vice-presidente, Flávio Henrique de Souza (MDB), a missão de assumir a condução dos trabalhos. Mas o improviso ficou evidente.

A aguardada votação de uma emenda ao projeto de Resolução que propunha a mudança no horário das sessões, detalhado na nota Novo Horário, acabou sendo palco de desencontros e críticas à forma como a reunião estava sendo conduzida.

“O que estamos vendo aqui é uma sessão muito bagunçada”, disparou o vereador Erivelto “Danone” Leal dos Santos (PL). “Quando se ocupa um cargo na Mesa Diretora, é preciso estar preparado”, completou. A vereadora Maria Edésia “Déda” da Silva Vargas (PP) concordou: “Realmente, a sessão está confusa”.

Em resposta às críticas, o vice-presidente tentou justificar o cenário. “Ninguém se preparou porque o problema com o presidente surgiu de última hora. Estamos na Casa do Povo e não precisamos entrar em discussões que não vem a agregar”, rebateu.

Foto: Arquivo Pessoal

O presidente do Poder Legislativo de Tijucas, vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB), registrou uma denúncia contra o ex-prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), nesta semana, no TCE-SC (Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina).

A medida, segundo o emedebista, foi motivada pelo não pagamento de emendas impositivas destinadas por parlamentares para associações. Mariano Rocha, de acordo com a denúncia, ultrapassou os prazos, não repassou os recursos e deixou a pendência de herança para o sucessor.

Um requerimento protocolado na Câmara de Vereadores em fevereiro pedia explicações da Prefeitura de Tijucas acerca das emendas atrasadas e, nesta semana, a resposta direcionada ao Legislativo confirmou a inadimplência.

“O antigo prefeito não pagou as emendas para as associações que tanto precisam, e eu protocolei a denúncia no Tribunal de Contas de Santa Catarina. Alguma coisa precisa ser feita e ele que responda”, declarou o vereador.