quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Eternizado 

Postado em 11 de agosto de 2023
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Foto: Divulgação

Os tijuquenses se despedem, nesta chuvosa e cinzenta sexta-feira (11), de uma das mais importantes e destacadas figuras públicas das últimas décadas: o vereador Edson José Souza. O parlamentar, de 64 anos, faleceu em casa, vítima de um infarto. 

Líder histórico do MDB, Souza ocupou uma cadeira no Legislativo tijuquense em incríveis seis oportunidades (1997-2000 | 2001-2004 | 2005-2008 | 2009-2012 | 2013-2016 e 2021-2023), totalizando praticamente 23 anos de serviços como vereador. Presidiu, ainda, a Casa do Povo três vezes: 2005, 2008 e 2010. 

Tijuquense do dedo torto, possuía vasto currículo profissional. Trabalhou nas prefeituras de Tijucas e Florianópolis, na Alesc, na Cerâmica Portobello, no Conselho Tutelar, no Sebrae de Balneário Camboriú e, ainda, como professor no Cnec e no Estado. 

Desde 2002, atuava como Policial Penal, no Presídio Regional de Tijucas (PRT). Foi, inclusive, diretor na unidade entre 2003 e 2005. Nesta manhã, Edson Souza não apareceu para cumprir o expediente, chamando a atenção de colegas, até que a morte foi descoberta. 

Edson Souza era filho do saudoso José João Souza, o “Zé João”, do Tiradentes Esporte Clube, e de Vanda Kruscinski Souza. Era casado e pai dos empresários Rafael Lemos Souza, o “Rafa da Cacau”, e Gustavo Lemos Souza.  

Fogo amigo

Postado em 18 de janeiro de 2018
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Presidente municipal do PPS partido do vereador Juarez Soares, presidente do Poder Legislativo de Tijucas , o empresário Edenilson Devitte diz, em comentário no Blog, que é a favor da nomeação do servidor efetivo Gustavo Lemos Souza na direção geral da Câmara Municipal. “Se é para economizar de verdade, e ele se dispõe a trabalhar sem remuneração, nada mais justo que aproveitar seu conhecimento e competência. Devemos, sim, pensar no assunto”, registra.

Lemos Souza, filho do ex-vereador Edson Souza (MDB), se dispôs à função sem ônus ao tesouro municipal – ou seja, sem o recebimento de diferenças salariais positivas entre o vencimento estipulado para o cargo de diretor geral e o cargo efetivo que ocupa. O presidente da Câmara rejeitou a proposta, e deve nomear o assessor Lucas Régis na direção geral da Casa do Povo.

Toma lá, dá cá

Postado em 16 de janeiro de 2018
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Personagem central da nota “Serviço voluntário“, de ontem no Blog, o servidor público Gustavo Lemos Souza rebate as declarações – e justificativas – do vereador Juarez Soares (PPS), e tenta mostrar que tem argumentos necessários para convencer que seria, sim, uma opção justa e necessária para o cargo de diretor geral da Câmara Municipal de Tijucas:

Léo, meus objetivos, com essa proposta, são, como citado na correspondência enviada ao vereador Juarez, APOIAR e INCENTIVAR a redução de custos da Câmara para que possam ser devolvidos recursos financeiros aos cofres municipais para investimentos em EDUCAÇÃO, SAÚDE e/ou SEGURANÇA, por exemplo. Desejo, com isso, CONTRIBUIR com a comunidade de Tijucas e, também, obter novos conhecimentos, crescimento pessoal e profissional.
Não se trata, Léo, em absoluto, de serviço voluntário. Se aceita a proposta, serei remunerado pelo vencimento do meu cargo efetivo, com atribuições acumuladas do cargo em comissão, com as do cargo efetivo. Fosse isso ILEGAL, como diz ser o vereador Juarez, a professora Paula (Regina da Silva, secretária municipal de Cultura) não poderia responder, sem vencimentos, pela superintendência da Fundação Municipal de Esportes.
Por ser servidor efetivo da Câmara, conheço o dia a dia e as atividades do diretor geral. Sei que não há necessidade de CONFIANÇA EXTREMA, visto que estamos falando da RES PÚBLICA, portanto, todos os atos são públicos e não há concentração de INFORMAÇÕES e PODER na direção. Atividades relacionadas à contabilidade, finanças e recursos humanos são desempenhadas pela contadora da Câmara, que é uma servidora ocupante de cargo de provimento efetivo.
Essa entrevista do vereador Juarez poderia ser usada como indicio de PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, então? Não há que se falar em INCOMPATIBILIDADE PARTIDÁRIA na administração pública. Se falássemos disso, não haveria necessidade de MUDANÇA e quebra de paradigmas. O mundo é PLURAL. Não há CRESCIMENTO no meio de pensamentos iguais. O que faz a evolução da SOCIEDADE é a pluralidade de pensamentos. Falar em SEGUIDORES DE PARTIDO é RETRÓGRADO, coisa do passado, da VELHA POLÍTICA. Léo, eu sigo ideias e ideais.
O que o vereador Juarez vê com estranhamento, Léo, eu vejo como NOVO, como MUDANÇA, como CRESCIMENTO. No passado, ou seja, até 08/01/2018, ocupei a função de confiança de controlador interno da Câmara (e isto pode ser verificado no meu currículo, disponível na plataforma Lattes do CNPq). Recebia pela função, na forma de gratificação, R$ 1.500,00 a mais sobre meu salário. Enquanto estive a frente da Controladoria da Câmara, e pedirei vênias para relatar, desenvolvemos um trabalho inovador e realizador. Implantamos, em apenas quatro meses, muitas novidades relacionadas ao controle da gestão do Poder Legislativo de Tijucas. Naquele momento, não havia esse ideal relacionado a REDUÇÃO DE CUSTOS. O vereador Juarez apresentou essa novidade e nós abraçamos a MUDANÇA. Ou é errado mudar de opinião? Vejo que posso contribuir com a gestão da Câmara e com a comunidade de Tijucas, mantendo o salário do meu cargo efetivo.
Como dito anteriormente, ocupei a função de controlador interno da Câmara, mas a coloquei à disposição da presidência, por meio de correspondência protocolada, no dia 08/01/2018. Há de se explicar que FUNÇÃO DE CONFIANÇA é diferente de CARGO EM COMISSÃO. Jamais ocupei CARGO EM COMISSÃO na administração pública municipal, estadual ou federal, como dito pelo vereador Juarez. Assim, não posso ser EXONERADO daquilo para o qual não fui NOMEADO.
Como informado na correspondência que tiveste acesso, Léo, a Câmara de Tijucas não cumpre disposições CONSTITUCIONAIS sobre a ocupação de cargos em comissão por servidores efetivos. Nossa Câmara possui, desde meados de dezembro/2017, servidores efetivos estáveis, ou seja, que passaram pelo estágio probatório. A ocupação de cargo em comissão por servidor efetivo é regra CONSTITUCIONAL e não está sendo cumprida pela Câmara.
Aceitando minha proposta, a Câmara economizará, aproximadamente, R$ 90.000,00 em 2018. Recursos que poderão ser devolvidos aos Cofres Municipais para investimento em EDUCAÇÃO, SAÚDE e/ou SEGURANÇA. O vereador Juarez está presidente da Câmara, possui a ‘caneta’, como se diz. Não havendo o cumprimento das funções da direção geral a contento, em desacordo com os interesses da instituição dos princípios norteadores da administração pública, a substituição do diretor poderá ser feita a qualquer tempo pelo presidente da Câmara. 
Ao invés de tentar denegrir a imagem do próximo, vamos falar de reformas positivas, de cumprimento da legislação, de cumprimento das regras do estado democrático de direito. Há, atualmente, muito julgamento precipitado, Léo. A coisa mais simples é julgar! As pessoas julgam sem conhecer, julgam sem saber. As pessoas condenam por antecipação. As pessoas utilizam, provavelmente, suas próprias réguas para medir o próximo.
Atenciosamente,
Gustavo Lemos Souza

Serviço voluntário

Postado em 15 de janeiro de 2018
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Servidor efetivo da Câmara Municipal, Gustavo Lemos Souza, filho do ex-vereador Edson José Souza (MDB), endereçou ofício ao presidente do Poder Legislativo de Tijucas, vereador Juarez Soares (PPS), se oferecendo para ocupar, gratuitamente, a direção geral da casa. “Coloco-me à disposição para assumir e/ou responder, SEM ÔNUS (ou seja, sem o recebimento de diferenças salariais positivas – gratificação – entre o vencimento estipulado para o cargo e meu cargo efetivo), o cargo de DIRETOR GERAL da Câmara Municipal”, especifica, no texto, o funcionário.

De acordo com Lemos Souza, no ofício, a Casa economizaria aproximadamente R$ 90 mil em 2018 se acatasse a proposta. O vencimento do cargo é de R$ 5.309,19.

PAU QUE DÁ EM CHICO, DÁ EM FRANCISCO

Em contato com o Blog, o vereador Juarez Soares elencou três pontos pelos quais decidiu rejeitar a oferta: a ilegalidade, a confiança e incompatibilidade partidária, e a tentativa de amotinação.

Segundo o presidente do Legislativo, a Lei impede o exercício do serviço voluntário nos órgãos públicos. “O Estatuto do Servidor Público não permite que um funcionário exerça função não remunerada. Além disso, o cargo de diretor geral demanda confiança extrema da parte do presidente. É uma função de enorme responsabilidade, por isso nomeei Lucas Régis, meu assessor desde o início do mandato, capacitado e graduado”, explica.

“Me estranha, porém, que no mandato anterior, do ex-presidente Elói Pedro Geraldo (MDB), do partido que ele (Gustavo Lemos Souza) segue, ele exerceu desde setembro a função de confiança de controlador, com R$ 1,5 mil a mais no salário, e nunca se ofereceu para cumprir o serviço gratuitamente”, completa o comandante da mesa diretora da Casa do Povo.

O vereador entende, ainda, que a atitude venha acompanhada de represália por uma recente exoneração, no intuito de incitar a população contra a administração da Câmara, e tumultuar o ambiente. “No início de janeiro, cumpri minha promessa com a comunidade e exonerei alguns servidores comissionados, e ele está entre os dispensados. Na controladoria, cargo que o Gustavo ocupava, nomeei o jornalista Rafael Spricigo, que é efetivo e receberá apenas a diferença no salário. Ele quis fazer média com a população, já que sabe que esse pedido é ilegal”, finaliza Soares.