terça-feira, 3 de dezembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Cuidado!

Postado em 2 de fevereiro de 2017
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Foto: Leitor anônimo

Um mês como chefe do Executivo municipal e os primeiros dias chuvosos da nova gestão em Tijucas já são suficientes para que o prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) perceba que a paciência dos moradores com o estado das ruas da cidade está no limite.

Embora o governo atual, por enquanto, esteja livre de culpa, alguns representantes da comunidade fazem questão de mandar o recado, em aviso personalizado com o famoso slogan de campanha, que não vão tolerar essa situação por muito mais tempo. A placa, registrada na foto, está na Rua Geraldo Rebelo, a popular Rua das Carreiras.

Sete: O aviso das urnas

Postado em 18 de outubro de 2016
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Após curta e tumultuada campanha, resquício de uma pré-convenção desgastante que deixou profundas cicatrizes no PMDB de Tijucas, o engenheiro Valério Tomazi (PMDB) elegeu-se prefeito em 2012. Além da valiosa continuidade, os periquitos ainda receberam outro presente das urnas: a advertência subliminar de que a ideia da “mudança” já permeava os sentidos dos tijuquenses. A magra diferença de votos entre vitoriosos e vencidos era um recado que pedia uma análise detalhada.

Talvez o próprio candidato situacionista tenha percebido que essa transformação seria necessária e salutar. Tanto que tempos antes da votação e, principalmente depois dela, lançou o compromisso público de optar por “perfis técnicos” na condução das pastas da administração municipal. A população comprou a proposta; e aplaudiu. Na prática, porém, a história foi outra. Em 28 de dezembro de 2012, ainda na transição de governo, Tomazi convocou uma coletiva de imprensa para apresentar o novo (?) colegiado. Apenas seis nomes anunciados para as 16 repartições da estrutura municipal não participavam efetivamente do primeiro e segundo escalões da gestão que terminava naquele ano. Antônio Cantalício Serpa, Cláudio Thiago Izidoro, José Teotônio “Zé Pequeno” da Silva FilhoOscar Luiz Lopes, Sivonei Simas e Wilson Bernardo de Souza foram as novidades.

Faça-se um adendo na nomeação de Zé Pequeno como secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos. Ele apenas assumiu oficialmente, em 1º de janeiro de 2013, mas não permaneceu no cargo por problemas de saúde. Gestora da pasta na administração anterior, Eliane Tomaz voltou a ocupar o posto. Portanto, 11 nomes do colegiado de Elmis Mannrich (PMDB) se realocavam no então novo governo.

Tomazi, que pregou “mudança” e deu esperanças àqueles que ansiavam por outros rostos e procedimentos na condução das demandas do município, deixou claras impressões de que sua autonomia era limitada. Cumulativamente, o próprio PMDB começava a zerar o saldo com o eleitorado tijuquense e trocava o recado das eleições por mais quatro anos de endosso ao seu quadro íntimo.

Em 2 de outubro deste ano, as urnas disseram novamente que gostariam de ver caras novas, condutas e horizontes diferentes no trato do patrimônio público. E foi épico. Os rumos alternativos poderiam começar em casa; se a mensagem do processo eleitoral de 2012 não fosse ufanamente desconsiderada, por imperícia ou impotência. A oposição parece ter assimilado melhor o aviso, e lançou o slogan “mudar faz bem” durante a campanha. Era tudo o que os tijuquenses queriam. Havia quatro anos.