quarta-feira, 24 de abril de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Força-tarefa

Postado em 23 de dezembro de 2016
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Em números expostos hoje pela manhã, na sede da Acit (Associação Comercial e Industrial de Tijucas) e da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), a comissão especial que representa Tijucas no problema da instalação de uma penitenciária industrial na cidade formada pelo vice-prefeito eleito Adalto Gomes (PT), pelos respectivos atual e próximo procurador geral do município, advogados Sivonei Simas e Edison Flores, e pelos vereadores eleitos Fernanda Melo (PMDB) e Juarez Soares (PPS) comprovou que o município não comporta outra unidade prisional.

De acordo com o relatório técnico elaborado pela comissão, mais de 70% dos detentos do Presídio Regional de Tijucas não tem relação com a cidade; e grande parte sequer é oriunda do Vale. Além disso, a atual administração municipal não forneceu alvará ou permitiu consulta de viabilidade para a obra da penitenciária. Outro ponto que chama a atenção é a inexistência, nos últimos três anos, de repasses do Estado para a manutenção do presídio atual.

Perfil técnico

Postado em 30 de novembro de 2016
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Antes de recorrer ao assessor jurídico da prefeitura de Canelinha, Edison Flores, o Tatinha, que tem 12 anos de vivência na área e assume a Procuradoria Geral do município de Tijucas a partir de janeiro, o prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD) buscou alternativas caseiras. O atual procurador, advogado Sivonei Simas, inclusive, recebeu o convite; mas recusou.

Mariano Rocha não quis correr riscos e optou pela excelência técnica. Justos os casos do futuro procurador geral do município e, não menos, do atual, que declinou da continuidade no cargo porque pretende se aprofundar, a partir de cursos e especializações, durante os próximos anos, na área do Direito Público.

Sete: O aviso das urnas

Postado em 18 de outubro de 2016
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Após curta e tumultuada campanha, resquício de uma pré-convenção desgastante que deixou profundas cicatrizes no PMDB de Tijucas, o engenheiro Valério Tomazi (PMDB) elegeu-se prefeito em 2012. Além da valiosa continuidade, os periquitos ainda receberam outro presente das urnas: a advertência subliminar de que a ideia da “mudança” já permeava os sentidos dos tijuquenses. A magra diferença de votos entre vitoriosos e vencidos era um recado que pedia uma análise detalhada.

Talvez o próprio candidato situacionista tenha percebido que essa transformação seria necessária e salutar. Tanto que tempos antes da votação e, principalmente depois dela, lançou o compromisso público de optar por “perfis técnicos” na condução das pastas da administração municipal. A população comprou a proposta; e aplaudiu. Na prática, porém, a história foi outra. Em 28 de dezembro de 2012, ainda na transição de governo, Tomazi convocou uma coletiva de imprensa para apresentar o novo (?) colegiado. Apenas seis nomes anunciados para as 16 repartições da estrutura municipal não participavam efetivamente do primeiro e segundo escalões da gestão que terminava naquele ano. Antônio Cantalício Serpa, Cláudio Thiago Izidoro, José Teotônio “Zé Pequeno” da Silva FilhoOscar Luiz Lopes, Sivonei Simas e Wilson Bernardo de Souza foram as novidades.

Faça-se um adendo na nomeação de Zé Pequeno como secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos. Ele apenas assumiu oficialmente, em 1º de janeiro de 2013, mas não permaneceu no cargo por problemas de saúde. Gestora da pasta na administração anterior, Eliane Tomaz voltou a ocupar o posto. Portanto, 11 nomes do colegiado de Elmis Mannrich (PMDB) se realocavam no então novo governo.

Tomazi, que pregou “mudança” e deu esperanças àqueles que ansiavam por outros rostos e procedimentos na condução das demandas do município, deixou claras impressões de que sua autonomia era limitada. Cumulativamente, o próprio PMDB começava a zerar o saldo com o eleitorado tijuquense e trocava o recado das eleições por mais quatro anos de endosso ao seu quadro íntimo.

Em 2 de outubro deste ano, as urnas disseram novamente que gostariam de ver caras novas, condutas e horizontes diferentes no trato do patrimônio público. E foi épico. Os rumos alternativos poderiam começar em casa; se a mensagem do processo eleitoral de 2012 não fosse ufanamente desconsiderada, por imperícia ou impotência. A oposição parece ter assimilado melhor o aviso, e lançou o slogan “mudar faz bem” durante a campanha. Era tudo o que os tijuquenses queriam. Havia quatro anos.