quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Emenda aguardada

Postado em 15 de janeiro de 2024
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Foto: Divulgação

As celebradas e aguardadas emendas impositivas, destinadas por vereadores por meio do Executivo a entidades tijuquenses, viraram dor de cabeça para o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD). Embora estivessem previstas no orçamento do município para 2023, parte dos respasses ainda não foram cumpridos.

Entre as associações que seriam beneficiadas, mas que ainda aguardam pelos pagamentos, estão o Lar Santa Maria da Paz, a ONG Anjinhos Peludos e a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). As pendências, segundo apurado pelo Blog, são estimadas em R$ 270 mil, R$ 95 mil e R$ 330 mil, respectivamente.

O caso da Anjinhos Peludos, responsável por resgatar e abrigar cães e gatos no município, é o mais grave. Os responsáveis pelo grupo anunciaram a suspensão temporária do trabalho até que os valores sejam recebidos e as dívidas, sobretudo com clínicas veterinárias, sejam quitadas.

O Lar Santa Maria da Paz, que dependia do recurso para pagamento dos salários de dezembro e do 13º dos funcionários, também ficou em situação difícil. Ao Blog, o diretor do Lar, Luiz Carlos Santana, disse que participou de diversas reuniões com o mandatário tijuquense e explicou a necessidade do repasse.

“Explicamos que precisávamos do recurso até dezembro. Mas, o prefeito disse que só pagaria se a Câmara devolvesse uma determinada quantia”, contou. O Lar recebeu, em dezembro, cerca de R$ 89 mil, dos mais de R$ 460 mil aguardados. Ainda segundo o diretor da casa de acolhimento, há uma promessa de que o saldo seja quitado em janeiro.

DENÚNCIA

A situação foi denunciada ao MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) pelo ex-vereador Juarez Soares (sem partido). “A Justiça vai fazer pagar”, afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais.

CONTRAPONTO

O Blog consultou a administração municipal sobre a denúncia, mas, até a publicação desta nota, não obteve retorno.

Azulão nos trilhos

Postado em 14 de agosto de 2023
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Foto: Luan Lucas

O saudoso Tiradentes Esporte Clube, de Tijucas, que há 18 anos segue adormecido, mas presente na memória e no coração dos tijuquenses, conta os meses, as semanas, os dias e as horas, para, enfim, retomar as suas atividades no futebol catarinense.

As tratativas para a reorganização do Azulão vêm sendo lideradas pelo jovem advogado Vinícius Severiano – que, aliás, jogou nas categorias de base do clube. No planejamento de curto prazo, ainda não há uma estimativa de data para a volta do Tiradentes ao futebol profissional.

“No ano passado, eu previa, no mínimo, 12 meses para a parte estrutural: documento, CNPJ, utilidade pública, cadastro nos órgãos competentes, entender como funciona… Em abril deste ano, começamos a enxergar os próximos 12 meses. Não existe possibilidade, ainda, do Tiradentes voltar a ser profissional no próximo ano”, explica o presidente, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE.

Entretanto, o grupo pretende iniciar os trabalhos com as categorias de base, disputando torneios estaduais sub-11, 13, 15 e 17. “Para isso, eu me filiaria à uma liga de futebol não profissional, conseguindo disputar competições catarinenses de base. O Tiradentes precisa, primeiro, mostrar credibilidade para a sociedade. Mostrar que é um projeto que vai começar e não vai acabar”, justifica Severiano.

Imagem arranhada

Os problemas financeiros das décadas passadas, para o presidente do clube, podem ser um entrave. Somente com as taxas da profissionalização, junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Federação Catarinense de Futebol (FCF), o Tiradentes precisaria desembolsar cerca de R$ 1 milhão.

“Acho que sim, a imagem está arranhada. Hoje, para chegar no comércio, na indústria do Vale, e pedir um patrocínio, as pessoas não vão vincular como uma boa publicidade. Pergunte ao empresário que lá em 2004 botou dinheiro, pra ele dizer se houve credibilidade. O futebol em geral já não tem um prestígio enorme pra publicidade. Temos um clube desativado há 18 anos, onde a diretoria não teve mais como tocar, que teve um passivo trabalhista enorme… Então, é complicado”, lamenta.

A única alternativa possível para recuperar a credibilidade no mercado seria, então, a construção de um projeto saudável e sustentável. “Se voltar a trabalhar com a categoria de base, mostrar bons exemplos, ter respaldo do patrocinador e ele ver que esse dinheiro foi bem utilizado, para os anos seguintes, a pessoa vai querer vincular a marca dela”, finaliza.