quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Oxigenação

Postado em 5 de novembro de 2024
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Foto: Arquivo Pessoal

O prefeito reeleito por Porto Belo, Joel Orlando Lucinda (MDB), não pretende ficar debruçado sobre os números da expressiva vitória nas urnas, há quase um mês, que lhe garantem, em tese, larga aprovação popular. Pelo contrário.

Ao Blog, o mandatário revelou que promoverá mudanças no alto escalão do governo e indicará novos comandantes em secretarias, diretorias e demais cargos públicos da nova gestão, que tem início em 1º de janeiro de 2025.

Lucinda chegou nesta manhã em Brasília, onde terá reuniões na sede da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), para tratar do sonhado elevado de acesso ao Sertão de Santa Luzia, além de cumprir agenda no FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.

Na volta ao município da Costa Esmeralda, o prefeito deve reunir os 11 vereadores eleitos, todos de inclinação governista, para debater as mudanças no governo.

Um: O rompimento com o PT

Postado em 4 de outubro de 2016
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Da série “Os 15 motivos”  onde o blog, num trabalho de pesquisa, memória e coleta exclusiva, pretende fundamentar os equívocos capitais do PMDB de Tijucas, desde a retomada do poder, que culminaram na acabrunhante derrota de domingo (2) , segue o primeiro capítulo:

Vereador por três legislaturas consecutivas, o advogado Elmis Mannrich (PMDB), ainda que não fosse unanimidade nas bases do partido, conquistou a prefeitura em 2004, numa virada extraordinária sobre Uilson Sgrott (PFL), que concorria à reeleição e ostentava favoritismo absoluto. Fragilizado e dividido, o PMDB passava por sérias divergências internas e sofria com a falta de crédito e apoio econômico. O candidato a vice-prefeito na chapa, advogado Roberto Vailati (PT), trouxe, além da militância petista que começava a se fortalecer em Tijucas pela popularidade incontestável do presidente da República à época, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os primeiros indícios de aporte financeiro à campanha. Outros reforços de caixa foram conquistados no decorrer da caminhada pela atuação ora temerária do advogado Marcio Rosa, que presidia o partido no município e assumiu todos os riscos. Às 17h do dia 3 de outubro daquele ano, a cidade ficou verde.

Mannrich iniciou o governo na primeira manhã de 2005 com grandes expectativas. E não decepcionou. Comparado ao antecessor, que teve gestão contestada inclusive pelos correligionários, o prefeito do PMDB não tardou a cair nas graças dos munícipes com ações animadoras e obras públicas de grande aprovação popular. Os recursos federais passaram a ser presentes e frequentes em Tijucas, e reza a lenda que Vailati, o vice-prefeito, tenha méritos significativos nesse processo.

Tudo caminhou às mil maravilhas até a metade do mandato. Com expressiva aceitação entre os tijuquenses, o prefeito e o então procurador geral do município, Marcio Rosa, decidiram e convenceram a cúpula do partido que descumpririam o compromisso firmado com o vice-prefeito dois anos antes de que Vailati seria o candidato a prefeito em 2008 com Mannrich como vice , e que caminhariam para a reeleição com ou sem o PT. Havia, inclusive, um documento assinado pelas lideranças dos dois partidos, que, no fim das contas, de nada valeu. O adjunto anunciou o rompimento com o PMDB, contou a perfídia aos jornais, e todos os petistas, um a um, foram deixando os cargos que ocupavam na administração municipal.

Desde então, Mannrich e o PMDB deram à luz um inimigo mortal. Roberto Vailati e o PT começavam, naquele momento, uma força-tarefa para arrancar os periquitos do poder. Domingo (2 de outubro de 2016), uma década depois, eles finalmente conseguiram.