sexta-feira, 26 de abril de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Chumbo trocado

Postado em 30 de agosto de 2021
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Antes amigos e parceiros, mas prováveis concorrentes locais nas eleições de 2022 por uma cadeira no parlamento catarinense, o prefeito de Porto Belo, Emerson Stein (MDB), e a deputada estadual Ana Paula da Silva (sem partido), de Bombinhas, decidiram romper. No fim de semana, trocaram farpas nas redes sociais.

Ao responder uma moradora sobre o asfaltamento da segunda metade do Morro de Zimbros, Paulinha disse, no Instagram, que “torcia para que o prefeito (de Porto Belo) acelerasse a sua parte, já que os recursos estão na conta dos dois municípios”. Stein rebateu em seguida, pontuou dificuldades no lado portobelense do morro por “grande volume de pedras, que terão de ser implodidas, além de vários taludes e contenções”, e disse que a deputada e o prefeito de Bombinhas, Paulo Henrique Dalago Müller (DEM), estariam “preocupados em achar algo para denegrir o trabalho” do governo vizinho.

A relação entre ambos, que era excelente — tanto que o mandatário portobelense foi um dos apoiadores da eleição da ex-prefeita de Bombinhas para o Legislativo estadual em 2018 —, foi severamente afetada no momento em que Stein decidiu que concorreria ao parlamento catarinense no próximo pleito. Desde então, os encontros e elogios de parte a parte escassearam, e as alfinetadas, especialmente em declarações públicas, têm sido cada vez mais frequentes. Pois, então?!

Cabo de guerra

Postado em 9 de janeiro de 2020
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Que ninguém convide o radialista José Carlos Trindade e a mulher, vereadora Neli Ferreira (MDB), para o mesmo evento em que o prefeito Moacir Montibeller (MDB) estiver. A relação entre eles azedou. Nos bastidores da política de Canelinha, fala-se em rompimento. Aos seus, eles reclamam da soberania do chefe do Executivo canelinhense — que cumpre o quarto mandato no cargo máximo do município e planeja a reeleição — nas bases emedebistas e ameaçam combater o alcaide na pré-convenção do partido.

Segundo fontes do Blog, o casal estaria tentando uma composição com o vereador Antonio Carlos Machado Junior (MDB) para elevar as chances de vitória contra Montibeller numa possível concorrência interna.

RUSGAS

O escanteamento de Neli em dezembro de 2018, quando foi exonerada do comando da Secretaria de Saúde e devolvida à Câmara Municipal, pesou na conta. Desde então, ela e o marido vêm protestando contra a dinastia de Montibeller no partido e da falta de espaço e reconhecimento.

Em julho, a propósito, Trindade se dispôs, publicamente, à disputa majoritária da Cidade das Cerâmicas e garantiu que, se preciso fosse, bateria chapa no diretório com o prefeito ou qualquer um que se apresentasse como opção do MDB para o próximo pleito.

Relação abalada

Postado em 11 de setembro de 2018
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O caldo entornou na regência do PSL de Tijucas. O roaz diz que disse provocou lavação de roupa suja e comprometeu a sociedade, além da amizade, entre o presidente da legenda Renato Sartori e o vice-presidente Edjalma Silva Matos, que se afastou peremptoriamente do partido.

Matos, aliás – que já havia formado o PRP para a mulher, Ana Maria Costa –, seguiu para Florianópolis hoje à tarde na intenção de restabelecer o Patriota na Capital do Vale. Desde o rompimento, ele vem dizendo que nem do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), de quem era fã, quer mais saber. Pois, então?!

Carne e unha

Postado em 18 de abril de 2018
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Foto: Divulgação

O ex-prefeito Elmis Mannrich (MDB) e o advogado Marcio Rosa, de Tijucas, que sempre foram como unha e cutícula, recobraram, definitivamente, a velha amizade e a confraria política. Aquele hiato de quatro anos em que sequer se cumprimentavam, ficou no passado.

Outra mostra de que a relação, de fato, voltou às boas – desde o último pleito municipal – foi dada na festa de aniversário do comerciante Zilto Silva (E), o Boi, sábado (14), onde estiveram o tempo inteiro juntos, inclusive nas fotos, como sempre fizeram até aquele fatídico rompimento na pré-convenção do MDB, em 2012.

Em discussão

Postado em 3 de janeiro de 2018
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Dois assuntos de relativa urgência frequentam a pauta da próxima reunião da executiva do MDB de Tijucas, agendada para semana que vem: a posição dos vereadores periquitos no parecer prévio do TCE (Tribunal de Contas do Estado) pela rejeição das contas de 2016 do ex-prefeito Valério Tomazi (MDB); e a situação do vereador Cláudio Tiago Izidoro (MDB) no partido.

Tomazi, dito alhures, é persona non grata nas searas emedebistas; e deve encontrar resistência de alguns correligionários quando a matéria vier ao crivo parlamentar. “Depois da reunião, vamos conversar com os vereadores e decidir conjuntamente”, adianta o presidente do diretório municipal, Fernando Fagundes.

E sobre Izidoro, eleito no MDB e alinhado com o governo nas demandas legislativas, Fagundes acredita que a janela de migrações, que deve ser aberta entre março e abril, pode ser o melhor caminho. “Também vamos discutir essa situação, mas, quem sabe, na janela, em março, ele decida mudar de partido”, avalia o presidente, numa clara preferência pelo rompimento amigável.

Um: O rompimento com o PT

Postado em 4 de outubro de 2016
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Da série “Os 15 motivos”  onde o blog, num trabalho de pesquisa, memória e coleta exclusiva, pretende fundamentar os equívocos capitais do PMDB de Tijucas, desde a retomada do poder, que culminaram na acabrunhante derrota de domingo (2) , segue o primeiro capítulo:

Vereador por três legislaturas consecutivas, o advogado Elmis Mannrich (PMDB), ainda que não fosse unanimidade nas bases do partido, conquistou a prefeitura em 2004, numa virada extraordinária sobre Uilson Sgrott (PFL), que concorria à reeleição e ostentava favoritismo absoluto. Fragilizado e dividido, o PMDB passava por sérias divergências internas e sofria com a falta de crédito e apoio econômico. O candidato a vice-prefeito na chapa, advogado Roberto Vailati (PT), trouxe, além da militância petista que começava a se fortalecer em Tijucas pela popularidade incontestável do presidente da República à época, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os primeiros indícios de aporte financeiro à campanha. Outros reforços de caixa foram conquistados no decorrer da caminhada pela atuação ora temerária do advogado Marcio Rosa, que presidia o partido no município e assumiu todos os riscos. Às 17h do dia 3 de outubro daquele ano, a cidade ficou verde.

Mannrich iniciou o governo na primeira manhã de 2005 com grandes expectativas. E não decepcionou. Comparado ao antecessor, que teve gestão contestada inclusive pelos correligionários, o prefeito do PMDB não tardou a cair nas graças dos munícipes com ações animadoras e obras públicas de grande aprovação popular. Os recursos federais passaram a ser presentes e frequentes em Tijucas, e reza a lenda que Vailati, o vice-prefeito, tenha méritos significativos nesse processo.

Tudo caminhou às mil maravilhas até a metade do mandato. Com expressiva aceitação entre os tijuquenses, o prefeito e o então procurador geral do município, Marcio Rosa, decidiram e convenceram a cúpula do partido que descumpririam o compromisso firmado com o vice-prefeito dois anos antes de que Vailati seria o candidato a prefeito em 2008 com Mannrich como vice , e que caminhariam para a reeleição com ou sem o PT. Havia, inclusive, um documento assinado pelas lideranças dos dois partidos, que, no fim das contas, de nada valeu. O adjunto anunciou o rompimento com o PMDB, contou a perfídia aos jornais, e todos os petistas, um a um, foram deixando os cargos que ocupavam na administração municipal.

Desde então, Mannrich e o PMDB deram à luz um inimigo mortal. Roberto Vailati e o PT começavam, naquele momento, uma força-tarefa para arrancar os periquitos do poder. Domingo (2 de outubro de 2016), uma década depois, eles finalmente conseguiram.