quinta-feira, 18 de dezembro de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Esclarecimentos e divergências

Postado em 30 de novembro de 2017

Sobre a publicação “Mordida no ingresso“, de ontem no Blog, a administração municipal de Canelinha esclarece que o Projeto de Lei 073/2017 apenas regulariza a cobrança da taxa de licença para espetáculos culturais, artísticos, congressos e convenções, que, até então, não era recolhida aos cofres do município. “Isto quer dizer que eram realizados os eventos e o município não recebia nenhum retorno financeiro”, informa a prefeitura.

Diz a nota oficial, ainda, que “no projeto aprovado pela Câmara, o valor da referida taxa é de 105 UFRM por dia de evento, o que equivale a R$ 302,40.  Num show nacional, por exemplo, o valor pago pelo organizador para o município será de, apenas, R$ 302,40, e não por percentual nos ingressos comercializados. No caso de um rodeio ou competição de motocross, com duração de três dias, o organizador pagará apenas R$ 907,20 por todo o evento”.

CONTROVÉRSIAS

O promotor de eventos Júlio César da Silva Júnior, responsável pelo Costelaço do Júnior Seco, discorda que o Projeto de Lei seja de tão simples compreensão. “Eles não dizem, por exemplo, que tem o ISS (Imposto Sobre Serviços). Se eu investir R$ 200 mil na minha festa, tenho que destinar 5% ao município e apresentar a nota para ter a liberação. Isso dá R$ 10 mil”, desabafa.

Vereador situacionista, o advogado Antonio Carlos Machado Junior (PMDB) que se posicionou favorável à regulamentação, terça-feira (28), na Câmara explica ao Blog que os impostos já existiam, mas não estavam sendo cobrados. “Não é o município quem está impondo o ISS, que é um tributo federal. O que estamos regulamentando é o cumprimento da Lei”, diz.

Mordida no ingresso

Postado em 29 de novembro de 2017

Pouco tempo atrás, Canelinha atraía milhares de visitantes para as etapas dos campeonatos nacionais e internacionais de motocross no conceituado Motódromo Arthur Jachowicz; mas os eventos de motociclismo na cidade sucumbiram à falta de investimentos, de interesse do Poder Público, e, veladamente, à morte do empresário Sérgio Jachowicz, um dos principais entusiastas e financiadores do esporte na Terra das Cerâmicas. Pacato, sem grandes propensões turísticas, o município ainda consegue manter uma programação recreativa por interferência direta da iniciativa privada. O tradicional Rodeio Internacional do CTG Fazenda Silva Neto e as sequentes edições do Costelaço do Júnior Seco e da Feijoada – e Peixada – da Confraria são exemplos clássicos. Contudo, a burocracia e a recém-instituída legislação local podem, e devem, mutilar, se não arruinar, o entretenimento nas searas canelinhenses.

Ontem, a Câmara Municipal aprovou um Projeto de Lei que estabelece o recolhimento de um grosso percentual nos ingressos comercializados nos eventos particulares no município, além do cumprimento dos alvarás de licenciamento, taxas e afins. A regulamentação pôs a classe promotora em cólera. Pois, então?!

Peixe grande

Postado em 11 de outubro de 2017
Foto: Divulgação

Presidente da Amfri (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí), a prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva (PDT), esteve na presidência da República para discutir os rumos da pesca em Santa Catarina. Com ela, estiveram o secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Dayvson Franklin de Souza, representantes da Frente Parlamentar de Pesca e o deputado federal João Paulo Kleinübing (PSD-SC), coordenador da bancada catarinense na Câmara.

Diante deles, o presidente Michel Temer (PMDB) assumiu o compromisso de sancionar o projeto de lei que transforma a Secretaria Nacional de Pesca em estrutura independente, ligada à presidência e com status de ministério.

Paulinha tomou a frente das reivindicações a pedido do Colegiado de Pesca, da Amfri, que se uniu em torno da causa.

Objeção oficial

Postado em 1 de agosto de 2017

Sobre a nota “Coração de mãe“, de ontem no blog, a diretora de Integração e Comunicação Social da prefeitura, Karina Duarte Peixoto Silva, retifica que o Projeto de Lei Complementar 056/2017, do Executivo, “não trata da criação de mais um cargo de assessor jurídico”. Segundo ela, “o cargo mencionado já existe. Trata-se da equiparação do salário ao mesmo cargo da estrutura da Câmara Municipal. A justificativa do projeto explica a necessidade dessa equiparação”.

No caput do PL, porém, lê-se que o objetivo é “incluir cargo específico no anexo I da Lei Complementar nº 2, de 16 de novembro de 2010, que dispõe sobre a estrutura da Administração Pública Direta do Município de Tijucas”. Aliás, se houver, de fato, e se confirmar a intenção aludida, qualquer justificativa seria insuficiente.

Coração de mãe

Postado em 31 de julho de 2017

Se a hospedaria da Câmara Municipal de Tijucas a mais acolhedora do Vale, com 32 funcionários; que, em breve, serão 34 encoleriza a opinião pública e provoca a sanha de vereadores situacionistas, no Executivo, pelo menos nas aparências, esse nefando modus operandi se repete. Além dos atuais 137 cargos em comissão sem contar os encobertos nas empreiteiras terceirizadas , a prefeitura pretende, agora, com Projeto de Lei encaminhado ao Legislativo, incluir outro assessor jurídico na estrutura da administração municipal, com vencimentos de R$ 4.732,10 mensais.

Necessidades à parte, prega-se nos porões do poder sem que o colunista afirme e nem confirme que o novo cargo, a propósito, objetivaria acomodar um ex-assessor jurídico da Casa do Povo, exonerado a partir do litígio entre o PMDB, que dirige a Câmara, e o vereador-padrinho, que abandonou a oposição para acompanhar o governo. Pois, então?!

Tesourada na Educação

Postado em 19 de maio de 2017

Nestes tempos de recessão, prefeitos do país inteiro vêm rebolando para manter as finanças do município que administram em ordem. Na pequena Canelinha, que tem arrecadação próxima dos R$ 2 milhões mensais, Moacir Montibeler (PMDB) não foge à regra e tenta promover podas na folha salarial. A dificuldade, porém, está em convencer os adversários que o Projeto de Lei 22/2017, que já tramita na Câmara, não é um “retrocesso”, como acusam os vereadores oposicionistas.

De acordo com a proposta do Executivo, cerca de 40 professoras seriam eliminadas do quadro funcional do município e dariam lugar às “monitoras” que não teriam a necessidade de serem pedagogas, e se bastariam apenas com o segundo grau completo nas creches públicas da Cidade das Cerâmicas. Para o mandatário canelinhense, a economia estaria justificada nos vencimentos da nova classe, que seriam de R$ 937, enquanto que o salário base dos docentes gira em torno de R$ 1,6 mil. Pois, então?!

Mesa virada

Postado em 21 de junho de 2016

Nove dos 13 parlamentares de Tijucas subscreveram o projeto, e, portanto, eram coautores da proposta de redução das cadeiras da Câmara Municipal a partir da próxima legislatura, elaborada pelo vereador Luiz Rogério da Silva (PSD). Na votação da sugerida Lei, quinta-feira (16), no entanto, apenas três foram favoráveis à mudança.

Não à toa, independente dos motivos – legítimos ou não – para contrariar a sugestão, o parlamento tijuquense vive a sua pior crise moral da história. As contradições são apenas um exemplo. Pois, então?!