Suplente de vereadora em Tijucas, Sheila Dias (PMDB) deixou o comando da Secretaria de Ação Social do município em 31 de março para concorrer à Câmara Municipal novamente. As intenções, no entanto, parecem ter mudado. Hoje pela manhã, em evento da pasta que geriu, ela posou novamente de secretária. Já retomou o posto; e, portanto, não é mais pré-candidata ao parlamento tijuquense.

As razões ainda são desconhecidas, mas há indícios de que a estratégia do prefeito Valério Tomazi (PMDB) – de minguar a nominata de candidatos a vereadores à disposição do ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) nestas eleições – esteja alcançando algum sucesso.

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Em consequência dessa reviravolta, a atual secretária de Ação Social, Elusa Elena Vieira de Espíndula, deve assumir a Secretaria de Cultura, Juventude e Direitos Humanos no lugar de Cláudia Beatriz Venâncio, que seria remanejada para a presidência da Funcultrati (Fundação Cultural Tradição de Tijucas).

Se o prefeito Valério Tomazi (PMDB) tem uma lista de personae non gratae no seu governo – e vem usando essa pauta para promover podas na relação de cargos comissionados do município –, expediente semelhante também estaria à disposição do ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB).

Não raro, partícipes contumazes das campanhas e gestões de Mannrich pregam, em rodas de esquina e conversas de botequim, que fulano, beltrano e sicrano têm emprego somente até 31 de dezembro. Em princípio, os apoiadores do prefeito, tanto na passada pré-convenção quanto na atual administração, encontrariam portas fechadas na prefeitura de Tijucas a partir de 2017, caso o presidente municipal do PMDB logre êxito nas urnas nestas eleições. Hum…

Ao invés de um “✘”, fez-se um “✔” no quadrinho do pré-candidato. Ou um “✱”, ou um “▲”… Muitos membros votantes do diretório do PMDB tinham seu código com Valério Tomazi e Elmis Mannrich para comprovar a escolha na fatídica pré-convenção de 26 de abril. A cédula era o documento; e o símbolo, preestabelecido entre eleitor e elegível, servia como assinatura.

A frenagem nas exonerações de cargos comissionados pode ter relação direta com esse fato. Alguns convencionais vêm justificando sua fidelidade ao prefeito, e, consequentemente, contendo a fúria do mandatário tijuquense, que já limou 11 seguidores de Mannrich do rol de comissões do município.

Os votos marcados teriam sido cruciais para a manutenção do atual superintendente da Fundação Municipal de Esportes, Robson Varela, e para a ascensão do surpreendente Raul de Souza Junior, o Raul da Ambulância, ao comando da Secretaria de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente, antecipada pelo blog na nota “Secretário“. Ambos teriam provado, cada qual à sua maneira, a opção por Tomazi na pré-convenção.

Único candidato a prefeito em Tijucas de fato, Elmis Mannich (PMDB) está rindo à toa. Aparece com mais de 39% das intenções de voto na pesquisa do L.I.M.P.E., e volta à cena eleitoral do município como favorito.

A oposição não consegue se organizar; e Mannrich, que está em campanha plena há tempos, usa a perniciosa e maçante indefinição dos adversários para captar seguidores. Os números refletem essa realidade.

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Mas nem tudo são flores para o presidente do PMDB municipal. A mesma pesquisa diz, também, que cerca de 80% do eleitorado tijuquense quer mudança no governo municipal. Falta, portanto, apontar quem representa a esperada novidade.

Candidato do PMDB na disputa majoritária de Tijucas, Elmis Mannrich (PMDB) minimiza as chances de formação de chapa pura nestas eleições. Há um movimento interno pela dobradinha com o vereador Edson José Souza (PMDB), mas, de acordo com o ex-prefeito e presidente municipal do partido, a busca é por alianças.

Souza, entretanto, se mantém em silêncio. Mas é fato que tem esperanças. Aos mais próximos, o parlamentar, há cinco legislaturas consecutivas na Câmara Municipal, vem reiterando que se sente preparado para o desafio.

Alguém anuncia, em “carta aberta ao povo de Tijucas” – sabe-se lá com que autoridade ou propriedade –, que o prefeito Valério Tomazi (PMDB) pretende expor à sociedade, em documentos e números, uma série de equívocos orçamentários do governo anterior.

Diz a carta, disseminada no WhatsApp, que supostas irregularidades nas finanças do município foram constatadas a partir de “projetos contratados e não realizados” nas gestões de Elmis Mannrich (PMDB), e que o “rombo” chega à casa dos R$ 50 milhões.

Secretário de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente na segunda gestão de Elmis Mannrich (PMDB), e, mais recentemente, secretário interino da pasta – que ficou vaga com a saída de Odirlei Resini (PMDB) para a disputa das eleições proporcionais deste ano –, Nelso Vicentini recebeu, agora há pouco, a carta de exoneração.

Coincidências à parte, é a nona baixa no quadro de servidores comissionados do município desde que o prefeito Valério Tomazi (PMDB) perdeu a disputa interna com Mannrich na pré-convenção do partido. Vicentini, nem se precisa dizer, é aliado do ex-prefeito.

Se o ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) estiver com a razão, caem por terra todas as retóricas de saneamento das finanças da prefeitura de Tijucas aplicadas insistentemente pelos defensores do prefeito Valério Tomazi (PMDB) em justificativa à ausência de obras relevantes na cidade.

“Deixei menos de R$ 3,5 milhões em compromissos do município quando saí. No último levantamento, feito pela ex-secretária Rosângela de Fátima Leal da Veiga a pedido do prefeito, meses atrás, o débito da prefeitura já passava dos R$ 10 milhões”, revela o presidente do PMDB municipal. Pois, então?!

Não afirmo e nem confirmo, mas, segundo fonte fidedigna, houvesse o que houvesse na pré-convenção do PMDB de Tijucas, Elmis Mannrich seria o candidato do partido na eleição majoritária deste ano. Ao prefeito Valério Tomazi, restava aceitar a derrota. Por votação no diretório, ou por intervenção da executiva estadual.

Eleitores, seguidores, fãs e admiradores do vereador Edson José Souza (PMDB) não têm dúvidas. Para eles, o parlamentar, há cinco legislaturas consecutivas na Câmara Municipal, já é o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Elmis Mannrich (PMDB).

De fato, existe um movimento interno pela formação da dupla. Mannrich, sóbrio, não dá pistas. Mas, segundo fontes do blog, a negociação é antiga. Começou antes da pré-convenção do PMDB, quando os dois votos do vereador ainda não tinham dono. Agora, portanto, se sabe: caíram na conta do ex-prefeito.