quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Promessas e dívidas

Postado em 6 de janeiro de 2017
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Em atenção ao acordo entre o PMDB e o PDT, o posto de diretor geral da Câmara Municipal de Tijucas – pleiteado pelo advogado e suplente de vereador Rogério dos Anjos (PMDB) – deve ficar com o professor Francisco Pereira da Silva (PDT), que também concorreu ao parlamento tijuquense nas recentes eleições municipais.

Professor Francisco, como se alcunhou na campanha, é uma reivindicação do PDT para o cargo. O compromisso está registrado em ata, e homologado nas reuniões entre os dois partidos.

Com o PSC, os peemedebistas também têm uma convenção. Líder benemérito do partido no município, o vereador Jean Carlos de Sieno dos Santos (PSC) requereu a continuidade do advogado Israel Miliorini Régis na assessoria jurídica do Poder Legislativo municipal.

Quente e frio

Postado em 2 de janeiro de 2017
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Foto: Karina Peixoto

O dia mais importante na carreira pública do professor Elói Mariano Rocha (PSD) não começou bem. Enquanto se preparava para a cerimônia de posse como prefeito de Tijucas, ontem (1), ele sofreu uma paralisia facial periférica – possível resultado de um choque térmico, depois de suceder o ar-condicionado a um banho quente. Mesmo assim, o novo mandatário da Capital do Vale cumpriu todo o protocolo no anfiteatro Leda Regina de Souza, com exceção do almoço festivo, no Restaurante Guarnieri Cunha.

Suspeitou-se, de início, que Mariano Rocha pudesse ter sido acometido por um AVC, mas os primeiros diagnósticos, ainda ontem, indicaram que não houve qualquer lesão no cérebro. O prefeito manteve todos os compromissos do primeiro dia de governo, e hoje ainda passa por nova consulta médica.

Quatro: O partido em duas frentes

Postado em 7 de outubro de 2016
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Em meados de 2011, o PSD ressurgia pelas mãos do economista e engenheiro civil Gilberto Kassab, então prefeito de São Paulo. O partido reestreava forte na política nacional, repleto de importantes adesões. Uma das mais relevantes vinha de Santa Catarina: a família Bornhausen deixava o DEM para encorpar a nova bandeira. Na mesma época, a controversa Tríplice Aliança governava o Estado sem oposição e aproximava os Bornhausen do PMDB de Luiz Henrique da Silveira. Fatos que, somados a outras situações, salientavam as conexões entre o prefeito de Tijucas, Elmis Mannrich (PMDB), e o então deputado federal Paulo Bornhausen, principal articulador do recente PSD no território barriga-verde. A relação entre ambos tornou-se tão agradável que não tardou para firmarem um acordo: o candidato a vice-prefeito do PMDB nas eleições majoritárias de 2012 em Tijucas seria um peessedista.

As opções ainda eram escassas na Capital do Vale. O partido começava a se estruturar no prestígio do engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso  que, naquela feita, era o tijuquense mais próximo do herdeiro Bornhausen – e contava, na ocasião, com apenas alguns seguidores. O empresário Jilson José de Oliveira e o vereador Ailton Fernandes, que cumpria a quinta legislatura consecutiva, estavam entre eles. O parlamentar, em princípio, ficou pré-selecionado; porque era comedido na Câmara, não fazia oposição severa ao PMDB e gozava de situação econômica interessante à futura campanha.

Mannrich estava no segundo mandato e não poderia mais concorrer no pleito majoritário. O então vereador Valério Tomazi (PMDB) ostentava favoritismo entre os peemedebistas para a sucessão municipal, e a proposta passou a ser apresentada em reuniões diversas com Paulo Bornhausen em Florianópolis. Os encontros eram sempre acompanhados pelo presidente municipal do partido à época, advogado Marcio Rosa. Naquele mesmo ano, havia cerca de 16 meses das eleições, a dupla Valério & Ailton estava chancelada.

Rosa, no entanto, embora houvesse concordado com tudo na ocasião, passou a considerar a candidatura a prefeito. Recebia estímulos diversos dos amigos, dos funcionários do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) autarquia que comandava naquela gestão e de muitos correligionários. Era o presidente do PMDB no município e acreditava que pudesse se impor internamente. Começou, então, a articular a ideia; mesmo que não tratasse abertamente do assunto com o prefeito. Mannrich, por sua vez, sabia das movimentações apenas por terceiros, mas fazia questão de não querer acreditar. Até que quatro meses antes do pleito, no fim do prazo de desincompatibilização para as eleições majoritárias de 2012, a carta de renúncia ao cargo de diretor do Samae chegou à mesa do chefe do Executivo municipal.

Os amigos tornaram-se rivais. As discussões não cessaram. Numa delas, no primeiro gabinete do paço, os gritos ecoaram pelos corredores; e secretários e partidários saíam e entravam freneticamente na sala, nervosos. Elmis Mannrich e Marcio Rosa estavam em lados opostos pela primeira vez desde 2004. O prefeito queria cumprir o compromisso com Tomazi e Bornhausen; o presidente do partido queria o apoio do amigo, com quem era unha e carne, e a quem ajudou, e muito, a eleger oito anos atrás. Mas não houve entendimento. As linhas do PMDB, naquele momento, eram duas. E seguiriam assim para a pré-convenção do partido, semanas depois.

Valério Tomazi e Marcio Rosa travaram uma disputa instigante, voto a voto, no diretório do partido. Ao fim da contagem, para alívio de Mannrich, o vereador levou a melhor. Três votos separaram o vitorioso do derrotado. Uma das alas do PMDB de Tijucas comemorava e a outra lamentava. Enquanto o presidente caminhava, cabisbaixo, para a saída do CTG Fazenda Eliane, onde ocorreu a pré-convenção, a sonorização do evento lançou a clássica “Vou Festejar”, de Beth Carvalho, com o famoso verso “Vou festejar / o teu sofrer / o teu penar”. Era a gota d’água.

O comandante do PMDB, naquelas eleições, não ficou em Tijucas. Assumiu a coordenação de campanha de Sandra Regina Eccel (PMDB) em Nova Trento; mas a família, especialmente mulher e filhos, eram frequentes nas carreatas e comícios da oposição na Capital do Vale. Tomazi venceu nas urnas, sem o presidente do partido nos palanques e na campanha. Depois disso, não houve mais contato, sequer cumprimento, entre Mannrich e seu ex-amigo. Rosa tornou-se opositor a partir de 2013. Assumiu a presidência do PSDB e, mais tarde, filiou-se ao PSD com expectativas muito claras de candidatura a prefeito em 2016 e desforra contra a cúpula periquita.

Como mostra a história recente, Elói Mariano Rocha disputou as eleições deste ano pelo PSD. Preterido entre os colas-brancas e desmedidamente chateado, Marcio Rosa refez, depois de quatro anos, a amizade com Elmis Mannrich. Voltou para casa depois de encabeçar um período de oposição feroz às suas origens. Nesse tempo, transformou muitos periquitos em canários e tucanos; denunciou práticas controversas de ex-aliados a órgãos judiciais; reprovou publicamente, pela imprensa ou nas rodas sociais, condutas de gestões peemedebistas passadas, enfim… O ex-presidente do PMDB voltou, mas também deixou um rastro de destruição pelo caminho. Domingo (2 de outubro de 2016), ele estava lá, tentando desfazer o passado e construir um novo futuro. Não deu tempo.

Pacto pela economia

Postado em 21 de setembro de 2016
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Postulantes à prefeitura de Tijucas nestas eleições, Elmis Mannrich (PMDB) e Elói Mariano Rocha (PSD), além de grande parte dos atuais candidatos a vereadores, receberam, de forma oficial, um documento com pedidos e sugestões da classe empresarial hoje, no Restaurante Guarnieri Cunha, numa iniciativa da Acit (Associação Comercial e Industrial de Tijucas), da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e do Núcleo de Jovens Empresários.

Intitulado “Voz Única”, o projeto, da Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina), tem por objetivo unificar a voz da categoria em torno das questões e bandeiras que vão ao encontro do desenvolvimento econômico das cidades catarinenses.