sábado, 17 de maio de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Bastidores do “golpe”

Postado em 16 de fevereiro de 2024
Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com a Justiça Eleitoral, o PT de Tijucas tem nova direção. O produtor cultural João Daniel Ramos foi designado presidente da comissão municipal semanas depois da eleição interna que definiu o conselheiro tutelar Tannay Vaz Junior no comando do partido. A ordem veio da executiva estadual, e o processo caminhou em segredo.

“De fato, perdemos o prazo para o registro da nova comissão, que deveria ser realizado até dia 23 (de janeiro). Esperávamos deixar de ser comissão provisória e passar a diretório. Porém, ficamos sem contato com a executiva, e imaginamos que tudo seria regularizado naturalmente, sem qualquer problema, como sempre aconteceu. Fomos surpreendidos, mas estamos nos movimentando para reaver o partido”, explica Vaz Junior, militante do PT há mais de quatro décadas.

COMANDANTE

O novo presidente do PT tijuquense não é um completo desconhecido na seara política. Além de ser casado com o também produtor cultural Diocélio Adelino dos Santos, o Dio, que foi candidato a deputado estadual nas eleições de 2022, esteve com o marido na chefia do SOLIDARIEDADE em Tijucas entre 2019 e 2022.

O casal, a propósito, havia tentado filiação ao PT em oportunidade passada, mas esbarrou na falta de afinidades com a regência tijuquense. Tanto que, para ingressar nas fileiras petistas, recorreu à executiva estadual.

FIO CONDUTOR

Chama a atenção que o recém-empossado secretário de Formação do PT tijuquense, Adenio da Silva, seja cunhado do advogado e ex-vice-prefeito Roberto Carlos Vailati, um dos principais expoentes do partido no município e que acumulava diferenças com o comando da comissão petista local, especialmente com o artista plástico Leandro Serpa e com o assistente administrativo da UFSC, Pedro da Costa, que controlavam as ações da legenda na Capital do Vale.

O assunto tem sido debatido entre lideranças do PT municipal.

Português para haitianos

Postado em 20 de outubro de 2017

As oportunidades de emprego nas indústrias de calçados de São João Batista têm atraído um grande número de imigrantes haitianos para a cidade. Obstinados e dispostos ao trabalho, os estrangeiros preenchem a lacuna da dificuldade de mão de obra nas fábricas; mas vêm esbarrando num problema: o idioma. A grande maioria chega à Capital Catarinense do Calçado sem conhecer uma palavra sequer em português.

Empregador de uma haitiana – que fala apenas o francês e o crioulo –, o advogado Nelson Zunino Neto tenta sanar essa dificuldade. Enviou proposta à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) para atender cerca de 100 imigrantes no projeto PLAM (Português como Língua de Acolhimento), e obteve retorno positivo. As aulas seriam ministradas por voluntários treinados pela universidade no Centro Educacional Educar, mantido pela Via Scarpa, ou na sede da Academia Batistense de Letras.

A professora Rosane Silveira, coordenadora do PLAM, procura, agora, interessados em participar do projeto como instrutores voluntários. Possíveis colaboradores podem contatar a UFSC no e-mail [email protected]. Basta enviar nome, endereço, telefone e um breve relato de alguma experiência com o ensino ou aprendizagem de línguas.