Convidada do LINHA DE FRENTE na semana passada, a deputada federal eleita Ana Paula Lima (PT-SC) entende que Santa Catarina perderia representação no Congresso Nacional caso o senador Jorginho Mello (PL) seja eleito governador. E ela tem motivos de sobra para querer que o adversário do marido, candidato Décio Lima (PT), cumpra os quatro anos restantes em Brasília. “Jorginho foi eleito para ser senador, então, precisamos deixá-lo lá, buscando recursos para nosso Estado e ajudando o Décio no governo”, argumentou, durante a entrevista.

Ana Paula falou, ainda, das suas raízes em Tijucas, da infância no bairro de Santa Luzia e do parentesco com o ex-presidente do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), José Teotônio da Silva Filho, popular Zé Pequeno. Ela esteve na região para agradecer os mais de 148 mil votos recebidos e, depois da participação no programa, reuniu-se com apoiadores e eleitores na área social do Estádio Manoel Franco de Camargo, na Praça. Assista à entrevista na íntegra:

Talk show com personalidades da política que tenham relação direta ou indireta com o Vale do Rio Tijucas e a Costa Esmeralda, o LINHA DE FRENTE vai ao ar semanalmente, todas as quintas-feiras, às 19h30, na VipSocial TV e com transmissões simultâneas nas redes Facebook, YouTube e Instagram.

Conforme antecipado no blog, a famosa Festa do Pirão com Linguiça – paixão do ex-secretário municipal José Teotônio da Silva Filho, popular Zé Pequeno – deve ressurgir em 2018 com todos os atrativos das edições anteriores.

Benquisto, o idealizador e promotor do evento reúne, agora, um time de amigos e parceiros para reerguer o festival que marcou época em Tijucas e municípios vizinhos. Um deles, a propósito, seria o empresário Manoel Amadeu Moisés, o Maneca da Manecar Veículos, que pretende, inclusive, viabilizar o sorteio de um carro durante o Pirão com Linguiça 2018.

Foto: Divulgação

Durante a tradicional cavalgada que promovem anualmente entre Tijucas e o Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento, reuniram-se na foto, no fim de semana, o representante comercial Leonardo Kruscinski da Silva, o empresário Antônio Carlos Furtado – o Tonhonhô, do famoso bar à beira-mar, em Itapema, não tem? –, o comerciante Marinho Kruscinski e o ex-secretário municipal José Teotônio da Silva Filho, popular Zé Pequeno, que confirma o ressurgimento do Pirão com Linguiça em 2018.

Após curta e tumultuada campanha, resquício de uma pré-convenção desgastante que deixou profundas cicatrizes no PMDB de Tijucas, o engenheiro Valério Tomazi (PMDB) elegeu-se prefeito em 2012. Além da valiosa continuidade, os periquitos ainda receberam outro presente das urnas: a advertência subliminar de que a ideia da “mudança” já permeava os sentidos dos tijuquenses. A magra diferença de votos entre vitoriosos e vencidos era um recado que pedia uma análise detalhada.

Talvez o próprio candidato situacionista tenha percebido que essa transformação seria necessária e salutar. Tanto que tempos antes da votação e, principalmente depois dela, lançou o compromisso público de optar por “perfis técnicos” na condução das pastas da administração municipal. A população comprou a proposta; e aplaudiu. Na prática, porém, a história foi outra. Em 28 de dezembro de 2012, ainda na transição de governo, Tomazi convocou uma coletiva de imprensa para apresentar o novo (?) colegiado. Apenas seis nomes anunciados para as 16 repartições da estrutura municipal não participavam efetivamente do primeiro e segundo escalões da gestão que terminava naquele ano. Antônio Cantalício Serpa, Cláudio Thiago Izidoro, José Teotônio “Zé Pequeno” da Silva Filho, Oscar Luiz Lopes, Sivonei Simas e Wilson Bernardo de Souza foram as novidades.

Faça-se um adendo na nomeação de Zé Pequeno como secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos. Ele apenas assumiu oficialmente, em 1º de janeiro de 2013, mas não permaneceu no cargo por problemas de saúde. Gestora da pasta na administração anterior, Eliane Tomaz voltou a ocupar o posto. Portanto, 11 nomes do colegiado de Elmis Mannrich (PMDB) se realocavam no então novo governo.

Tomazi, que pregou “mudança” e deu esperanças àqueles que ansiavam por outros rostos e procedimentos na condução das demandas do município, deixou claras impressões de que sua autonomia era limitada. Cumulativamente, o próprio PMDB começava a zerar o saldo com o eleitorado tijuquense e trocava o recado das eleições por mais quatro anos de endosso ao seu quadro íntimo.

Em 2 de outubro deste ano, as urnas disseram novamente que gostariam de ver caras novas, condutas e horizontes diferentes no trato do patrimônio público. E foi épico. Os rumos alternativos poderiam começar em casa; se a mensagem do processo eleitoral de 2012 não fosse ufanamente desconsiderada, por imperícia ou impotência. A oposição parece ter assimilado melhor o aviso, e lançou o slogan “mudar faz bem” durante a campanha. Era tudo o que os tijuquenses queriam. Havia quatro anos.

Com a nomeação do dentista Roberto José Souza Zytkuewisz – que é membro ativo do diretório do PMDB – no comando da Secretaria de Saúde, o prefeito Valério Tomazi (PMDB) teoricamente garante um voto na disputa interna contra Elmis Mannrich (PMDB).

A designação de Cláudio Peixoto à chefia da Ditran (Diretoria Municipal de Trânsito e Transportes) também pode colaborar para a conquista da preferência do cunhado do novo diretor, José Teotônio da Silva Filho, o Zé Pequeno, que, até o momento, é voto certo em Mannrich na convenção.