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A saída de Adriana Carla “Drica” Soares da Diretoria de Eventos da prefeitura de São João Batista foi oficializada nesta segunda-feira (1º). A justificativa pública foi a da necessidade de dedicação integral à empresa que administra paralelamente. Mas, como quase sempre acontece na política local, o anúncio traz mais camadas do que as palavras permitem à primeira vista.

Na nota divulgada à imprensa, Drica agradeceu pela oportunidade de atuar novamente no poder público e fez questão de reforçar sua contribuição em variadas frentes: gabinete, imprensa e eventos, para o “sucesso” da administração de Juliano Peixer (UNIÃO) e Mateus Galliani (PP).

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ALÉM DOS AGRADECIMENTOS

Um tom conciliador, de reconhecimento, mas que logo foi entrecortado por frases que revelam algo além da superfície. “Eu sei o meu valor, prezo sempre pela minha saúde. Ninguém é insubstituível, mas ninguém é descartável. Sucesso também é saber ir embora”.

Nos bastidores, comenta-se que a principal razão da saída seria o atrito com o secretário de Desenvolvimento, Marcos Aurélio, cuja interferência em decisões do departamento teria minado a autonomia da diretora. Em política, pedidos de exoneração raramente são apenas escolhas pessoais e, nesse caso, o contexto reforça a leitura de desgaste interno.

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TRAJETÓRIA

Com currículo vasto em comunicação e eventos, Drica não é uma novata no jogo político. Já esteve na linha de frente da gestão de Daniel Netto Cândido (PSD) em São João Batista, passou pela Comunicação do governo de Moacir Montibeler (MDB) em Canelinha e ainda atuou no início da administração de Tiago Dalsasso (MDB) em Nova Trento. Recentemente, participou da campanha do então prefeito e candidato à reeleição Pedro Alfredo “Pedroca” Ramos (MDB), na Capital Catarinense do Calçado.

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A confraternização Granfpolis (Associação dos Municípios da Grande Florianópolis), em Governador Celso Ramos, na sexta-feira (29), terminou em protesto político. Em coro – e até em vídeo –, prefeitos da região deixaram claro que não querem o vereador Carlos Bolsonaro (PL), do Rio de Janeiro, como candidato ao Senado por Santa Catarina. O nome defendido por eles é o da deputada federal Caroline De Toni (PL-SC).

O manifesto, que já circula entre lideranças políticas, mostra chefes do Executivo unidos no “grito de guerra”. Entre eles, o tijuquense Maickon Campos Sgrott (PP), o canelinhense Diogo Francisco Alves Maciel (PL) e seu vice Antonio Carlos Machado Junior (PSD), além do neotrentino Maxiliano de Oliveira (PL) e o majorense Rodrigo dos Santos (PP).

Nos discursos que acompanharam o registro, a linha foi a mesma. A região não aceita “alguém de fora” ocupando o espaço político catarinense. Do Vale do Rio Tijucas, apenas Juliano Peixer (UNIÃO), de São João Batista, não aparece no vídeo.

A movimentação ganha contornos de recado direto à cúpula do PL. Isso porque, dias antes, o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, havia defendido uma dobradinha formada por Esperidião Amin (PP-SC) e Carlos Bolsonaro para a corrida ao Senado.

A reação dos prefeitos foi imediata e barulhenta.

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DE PONTA A PONTA

Se na Grande Florianópolis o recado já havia sido dado, no Vale do Itajaí e Costa Esmeralda o discurso foi o mesmo. O segundo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro não é bem-vindo na disputa pelo Senado em Santa Catarina. Prefeitos da Amfri (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí) se reuniram mais tarde, em Balneário Camboriú, e reafirmaram apoio a Caroline De Toni como nome legítimo do Estado para a vaga.

Na mesa do jantar estavam Carlos Alexandre “Xepa” de Souza Ribeiro (PL), de Itapema, Joel Orlando Lucinda (MDB) e seu vice Ailto Neckel de Souza (PL), de Porto Belo, Alexandre da Silva (PSD), de Bombinhas, e mais uma vez Diogo Francisco Alves Maciel, de Canelinha, e Maickon Campos Sgrott, de Tijucas.

Em tempo: Sgrott e Maciel, que já haviam participado anteriormente do encontro da Granfpolis, reforçaram a linha de resistência a Carlos Bolsonaro. O evento, que reuniu representantes do PL, MDB, PSD e PP, escancarou a costura política regional.

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O advogado Vlademir Dalbosco, popular Tito, deixou a Procuradoria-Geral do município de Nova Trento. A baixa foi publicada no DOM/SC (Diário Oficial dos Municípios de Santa Catarina) no dia 20.

Tito, que ocupava o cargo desde a segunda quinzena de janeiro, preferiu se dedicar integralmente ao motel que administra na divisa com São João Batista e, nas folgas, viajar – outra das suas paixões. Na prefeitura, ele cumpria 40 horas semanais.

Sem advogar há alguns anos, ele foi convidado a participar do governo do prefeito Maxiliano de Oliveira (PL) porque contava com experiências no setor: foi assessor jurídico da Câmara Municipal por 14 anos e da prefeitura em 2009, durante a gestão de Orivan Jarbas Orsi (PSDB).

Não existem, neste momento, especulações acerca de um possível substituto para a pasta.

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O chefe de gabinete do deputado estadual Altair Silva (PP) na Assembleia Legislativa, jornalista André Callai, deve se candidatar à Câmara Federal nas eleições de 2026. A revelação foi feita ontem, na entrevista do ex-secretário de Estado da Agricultura ao programa LINHA DE FRENTE, na VipSocial TV.

A indicação foi aprovada na federação entre PP e UNIÃO BRASIL, agora oficializada. Pela viabilidade do projeto, o parlamentar, que coordena as ações do partido no Vale do Rio Tijucas e no Grande Oeste catarinense, pretende impulsionar o nome de Callai, que já circula com naturalidade nessas regiões.

Inicialmente, a proposta de candidatura a deputado federal era direcionada a Silva, que cumpre a terceira legislatura consecutiva na Alesc. Mas, em razão dos negócios em Chapecó e da família, especialmente uma filha ainda bebê, ele prefere buscar a reeleição no parlamento catarinense e trabalhar a incursão do chefe de gabinete no Congresso.

O plano seria muito semelhante ao praticado por outro filho do Vale, o neotrentino Rogério “Peninha” Mendonça (MDB), que transferiu capital político em 2022 para a eleição do então chefe de gabinete Rafael Pezenti (MDB), também jornalista e atual deputado federal.

Foto: Arquivo pessoal

O ex-prefeito Tiago Dalsasso (MDB), de Nova Trento, teve que enfrentar mais um desafio, mas, desta vez, fora da arena política. Ontem, foi submetido a uma cirurgia para tratar uma hérnia de disco que, segundo relata, impunha-lhe muitas limitações havia meses.

As dificuldades com a saúde, revela, foram determinantes para que se afastasse de atividades mais intensas. E a fase de recuperação deve tomar ainda mais tempo na sua agenda habitual.

Desde que deixou a prefeitura da Terra de Santa Paulina, no fim de 2024, Dalsasso vinha se mantendo frequente nos bastidores da política regional, como uma espécie de articulador das ações do MDB no Vale do Rio Tijucas, justificada com a ocupação de um cargo na liderança do partido na Assembleia Legislativa.

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O deputado estadual Silvio Cardoso Júnior, que se apresenta popularmente por Júnior Cardoso (PRD), destinou emenda de R$ 250 mil para Nova Trento. O recurso deve ser usado na ampliação da frota da rede municipal de ensino.

O comunicado oficial informa que os proponentes do benefício foram lideranças locais, com destaque para o pastor evangélico Luiz André Teixeira da Costa, candidato a prefeito em 2020. Mas nos bastidores se sabe que a jornalista neotrentina Dirleni Dalbosco, que integra a equipe de gabinete do parlamentar, teve participação decisiva na articulação.

O direcionamento da verba foi anunciado durante a visita de Cardoso à Incanto Trentino, no fim de semana. O repasse estaria previsto para o primeiro semestre de 2026.

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Opositores do prefeito Maxiliano de Oliveira (PL), de Nova Trento, querem saber por que a administração municipal alugou um imóvel particular no Distrito de Aguti para a mesma finalidade de um outro, também alugado, na mesma área, só que mais barato.

No papel, o novo acordo, firmado por inexigibilidade de licitação, prevê pagamentos mensais de R$ 2,5 mil ao locador durante um ano – o que totalizaria R$ 30 mil. Chama atenção, aliás, que metade desse montante já tenha sido antecipada pela prefeitura. Enquanto isso, o município segue cumprindo o contrato anterior e pagando R$ 1,35 mil por mês até novembro no outro imóvel, que serve como depósito da Secretaria de Obras.

O cálculo, que na planilha não fecha e no discurso oficial ainda não foi explicado, rendeu denúncia ao Tribunal de Contas do Estado.

Foto: Divulgação

A prefeitura de Nova Trento abriu os cofres para enaltecer os símbolos oficiais. E lançou um pregão eletrônico para registro de preços que objetiva a aquisição parcelada de bandeiras da Brasil, de Santa Catarina, do município e, como não poderia faltar, da Itália, de onde se originam os imigrantes que moldaram a identidade local.

O edital, publicado no fim de julho, prevê a compra não somente dos estandartes, mas também dos mastros e bases – em madeira, ferro e aço galvanizado. Para tanto, a administração municipal pretende dispender cerca de R$ 195 mil.

A justificativa tem sido a demanda, em caráter de imprescindibilidade, da Secretaria Municipal de Turismo e demais departamentos da estrutura governista. A abertura da proposta foi marcada para esta semana.

Foto: Secom/Divulgação

Em ritmo de pré-campanha e com a reeleição no front, o governador Jorginho Mello (PL) tem intensificado a agenda pelo Estado. Neste fim de semana, a propósito, marcou presença em Nova Trento, na tradicional Incanto Trentino.

Acompanhado de lideranças locais e pela corte da festa, o chefe do Executivo estadual circulou pelos pavilhões do Centro de Eventos Cremilda Tridapalli e conversou com populares, expositores e visitantes. Tudo devidamente registrado, e posteriormente disseminado nas redes sociais, para reforçar a imagem de austereza e proximidade com o povo.

Celebração da herança cultural dos imigrantes italianos, a Incanto Trentino tem se consolidado na lista dos mais relevantes eventos do calendário catarinense. Portanto, politicamente falando, uma excepcional vitrine.

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“Mais uma conquista…”, celebrou a Secretaria de Assistência Social de Nova Trento ao apresentar o paliativo para o problema das pessoas em situação de rua no município: sacos de dormir.

No discurso, frases prontas e termos garbosos como “prática que transforma vidas” e “humanidade demonstrada em gestos reais”, distantes, porém, de uma solução efetiva para o caso.

Nas rodas e grupos de conversação online da cidade, o assunto vem sendo tratado como galhofa. Os zombeteiros têm encaminhado a publicação governista acompanhada do provocativo texto “venha ser morador de rua em Nova Trento e ganhe seu saco de dormir”.

A questão, pautada na maioria dos municípios como de saúde pública e cidadania, evidentemente, não tem graça. E muito menos pode ser resolvida de maneira tão superficial.