Foto: Luan Lucas

Depois das eleições, ninguém tem tanto que comemorar no Vale do Rio Tijucas quanto o deputado estadual majorense Altair Silva (PP). Configurou-se o cenário perfeito para o parlamentar, o que suscita, evidentemente, quase uma obrigação de melhorar significativamente os índices eleitorais em 2026 na região.

Silva sai do desterro político para o topo da cadeia alimentar especialmente em Tijucas, maior campo eleitoral do Vale, com a eleição do correligionário Maickon Campos Sgrott (PP), com quem afinou o trato nos últimos anos e se tornou opção de primeira ordem.

As burras se encheram para o deputado especialmente em São João Batista, das suas principais bases eleitorais no Estado, onde habitualmente registra a maior votação proporcional, mas que desde as gestões de Aderbal Manoel dos Santos (PP) sempre teve a prefeitura na trincheira oposta. O compromisso do prefeito eleito Juliano Peixer (UNIÃO) com o PP e, fundamentalmente, o apoiador Mateus Galliani (PP) na vice-prefeitura, colocam o ex-secretário de Estado da Agricultura em condição de favoritismo absoluto no município para as próximas eleições.

E a clareira se abre, sobretudo, em casa. Na sua Major Gercino, com a eleição do amigo Rodrigo dos Santos (PP) e o fim da dinastia de Valmor Pedro Kammers (REPUBLICANOS), as projeções para o futuro passam ao primor. Silva deixa de ser um fantasma para a gestão municipal, a ponto de ter emendas rejeitadas na prefeitura, para ser, de fato e de direito, o representante local na Assembleia Legislativa com suporte eleitoral do próximo governo.

Que ninguém convide o radialista José Carlos Trindade e a mulher, vereadora Neli Ferreira (MDB), para o mesmo evento em que o prefeito Moacir Montibeller (MDB) estiver. A relação entre eles azedou. Nos bastidores da política de Canelinha, fala-se em rompimento. Aos seus, eles reclamam da soberania do chefe do Executivo canelinhense — que cumpre o quarto mandato no cargo máximo do município e planeja a reeleição — nas bases emedebistas e ameaçam combater o alcaide na pré-convenção do partido.

Segundo fontes do Blog, o casal estaria tentando uma composição com o vereador Antonio Carlos Machado Junior (MDB) para elevar as chances de vitória contra Montibeller numa possível concorrência interna.

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RUSGAS

O escanteamento de Neli em dezembro de 2018, quando foi exonerada do comando da Secretaria de Saúde e devolvida à Câmara Municipal, pesou na conta. Desde então, ela e o marido vêm protestando contra a dinastia de Montibeller no partido e da falta de espaço e reconhecimento.

Em julho, a propósito, Trindade se dispôs, publicamente, à disputa majoritária da Cidade das Cerâmicas e garantiu que, se preciso fosse, bateria chapa no diretório com o prefeito ou qualquer um que se apresentasse como opção do MDB para o próximo pleito.