A corrente oposicionista começa a ser definida em Canelinha. E o ex-vereador e ex-secretário municipal Zulmar Simas é quem vem pavimentando o caminho dos confrades para 2020. Ontem, ele recebeu, em casa, para tratar do assunto, cinco pré-candidatos à chefia do Executivo — com exceção do ex-prefeito Antônio “Tonho” da Silva (PP), que alegou problemas de agenda.

A reunião serviu, sobretudo, para afunilar a concorrência interna. Os pretensos postulantes no pleito majoritário, agora, pela oposição, são três: os vereadores Antônio Carlos “Toninho da Casan” Flores (PSDB) e Abel Grimm (PP), e o advogado Diogo Francisco Alves Maciel (PSL). O também vereador Fernando de Souza (PRB) declinou, e optou por compor a chapa como candidato a vice-prefeito ou disputar novamente uma cadeira na Câmara Municipal; e o ex-prefeito e ex-vice-prefeito Eloir “Lico” Reis (PSDB) anunciou que deve apenas tentar a vereança nas próximas eleições.

Antecessor de Moacir Montibeller (MDB), porém, Tonho continua tramando a candidatura majoritária na ala oposicionista; mas tem resistência no grupo, especialmente porque enfrenta batalhas judiciais que podem impactar na elegibilidade ou, ainda, dificultar a eleição.

Ex-prefeito de Porto Belo, o advogado Evaldo Guerreiro (PT) é quem coordena, na região, a campanha do deputado federal Décio Lima (PT-SC) ao governo estadual nestas eleições. Hoje, a propósito, eles estão no Vale do Rio Tijucas e na Costa Esmeralda.

O pré-candidato à chefia do Executivo catarinense se reuniu durante a manhã com lideranças e militantes petistas de São João Batista e concedeu entrevista à Rádio Super FM; e, agora à tarde, cumpriria agenda no Jornal O Atlântico, na Cooperitapema (Cooperativa de Trabalho dos Catadores Materiais Recicláveis de Itapema), no Siticom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário) de Itapema e na Rádio Cidade.

Todos os compromissos têm, ainda, a participação do desembargador Lédio Rosa, pré-candidato ao Senado pelo PT catarinense.

Foto: Divulgação

A ordem dos fatores não altera o produto. Na foto, em posições inversas às tradicionais dos santinhos, estão os empresários Helio Gama (PP) e Elson Junckes (PSDB), respectivos pré-candidatos a vice-prefeito e prefeito de Tijucas pela coalizão L.I.M.P.E., escolhidos e sacramentados em assembleia específica, ontem.

O movimento busca, agora, o entendimento com a coligação PSD/DEM/PP para a sequência da campanha, juntos, como oposição.

Foto: Léo Nunes

Enquanto o PSD não oficializa a promulgada aliança com o L.I.M.P.E., o advogado Marcio Rosa e o ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, popular Tonho Polícia, únicos pré-candidatos a prefeito de Tijucas pelo partido, concorrem internamente pela candidatura no pleito majoritário deste ano.

Para quem pergunta, dizem que, antes de tudo, torcem um pelo outro; e aparecem assim, juntos e amistosos, nos eventos sociais das redondezas.

De fato, há três pré-candidatos à prefeitura de Tijucas pelo PSD. Além do engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, o Coisa Querida, por quem todos esperam até quinta-feira (2), também estão à disposição do partido o ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, popular Tonho Polícia, e o advogado Marcio Rosa. As demais lideranças da legenda se acomodam em apoios internos a um ou outro.

O anúncio da candidatura majoritária, entretanto, não deve tardar. Tanto que uma pesquisa pré-eleitoral, a ser realizada por um instituto de renome no mercado, está encomendada pelo grupo para a segunda quinzena de junho. Até lá, o PSD terá o seu representante, definido e sacramentado, disposto ao crivo do eleitorado tijuquense.

Embora seja, consensualmente, o postulante mais adequado à sucessão municipal de Canelinha pela situação, conte com a simpatia do prefeito Antônio da Silva (PP), ostente boas relações no Estado e em Brasília, e tenha liderado as urnas nas duas últimas eleições proporcionais, o vereador Antônio Carlos Flores, popular Toninho da Casan (PSDB), está num imbróglio com o vice-prefeito Eloir João Reis, o Lico (PSDB), de quem é amigo e correligionário.

Ambos querem a mesma coisa: a candidatura ao cargo máximo do município. O vereador apresenta excelentes predicados; e o adjunto mostra pesquisas pré-eleitorais.