quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Entrelinhas

Postado em 1 de agosto de 2023
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Foto: Divulgação

Embora houvessem evidências claras que antecipavam o resultado final da sessão de julgamento do vice-prefeito de São João Batista, Almir Peixer (MDB), ontem (31), na Câmara de Vereadores, algumas surpresas também foram evidenciadas durante a audiência.

Uma delas, aliás, foi o voto do vereador Teodoro Marcelo Adão (MDB) que, mesmo tendo denunciado o caso ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), votou contrário à procedência da quebra de decoro do prefeito em exercício, que cassaria o mandato de Peixer.

O fato não agradou o vereador Gustavo Grimm (CIDA) – o único que votou favorável à denúncia. Surpreso, o opositor ao governo Pedro Alfredo Ramos (MDB) afirmou que haviam “vereadores comprados” e lamentou o arquivamento do caso.

Milson da Silva (MDB) não gostou da colocação e protestou. “Um show à parte. O vereador esqueceu de dizer que humilhou o Déi aqui na Câmara. Aqui tem gente séria. Os vereadores aqui têm palavra e a minha não faz curva”, bradou.

Jean Kayser (MDB) também rebateu. “Tu [Grimm], disse que se surpreendeu com a mudança de posicionamento dos teus colegas. O processo é justamente para isso. Se faz um processo justamente para ouvir testemunhas, avaliar e tomar uma decisão”, disse.

Mateus Galliani (PP), presidente da Comissão Processante, repudiou o comentário e dirigiu a palavra a Grimm. “Jamais vou concordar com o fato do senhor colocar em xeque o trabalho sério, limpo e liso que essa comissão fez. Se o entendimento foi diferente do senhor, lamento, mas fizemos um trabalho técnico”, afirmou.

Adão, por sua vez, solicitou explicações ao colega e, inclusive, pediu que o mesmo apresentasse provas da acusação. Grimm, então, respondeu que alguns vereadores trocavam favores com secretários e dependeriam deste apoio para manter o cargo no Poder Legislativo.

Citou, inclusive, a amizade de Edésio Pedrinho Tomasi (PSD) – membro da Comissão Processante -, com o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PODE) e o vice-prefeito Almir Peixer, alegando que, pela proximidade, poderia ter ocorrido um julgamento parcial. “Uma vergonha”, disse.

Citado, Tomasi recorreu ao direito de resposta e voltou a dizer que, mesmo com a relação, houve imparcialidade do processo. “Quem fez a denúncia é seu amigo e de seu partido”, finalizou o parlamentar.

Justificativas

Marcelo Teodoro Adão (MDB), como citado acima no texto, foi contrário ao andamento do processo. Embora tivesse denunciado o caso ao Ministério Público, o vereador com inclinação governista justificou o voto.

“Em nenhum momento, chamei o vice-prefeito de ladrão ou falei que ele estava agindo de má-fé com aquele dinheiro dentro da prefeitura. Mas, quis saber se aquele dinheiro havia passado por algum tipo de fiscalização, como Imposto de Renda (IR). Sei que o Déi tem seu jeito de ser, mas, não acreditei que ele faria algo. Como vereador, quis investigar”, explicou.

Futuro definido

Postado em 29 de março de 2023
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Foto: Divulgação

Partido que atualmente governa o município, o MDB tem rumos praticamente certos para o próximo biênio em São João Batista. A eleição interna dos diretórios foi marcada para abril e, no caso da Capital Catarinense do Calçado, todos os prognósticos apontam para a escolha do “coringa” da administração municipal Jean Kayser na presidência. A indicação partiu do prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB), que, embora repita sistematicamente que sua reeleição ao Executivo municipal esteja descartada, quer deixar a casa em ordem para evitar dissabores na concorrência eleitoral de 2024.

Suplente de vereador, Kayser goza de absoluta confiança com Pedroca. Tanto que, em dois anos e três meses do governo vigente, já esteve na chefia de gabinete, no comando da pasta de Desenvolvimento e na direção do Sisam (Serviço de Infraestrutura, Saneamento e Abastecimento de Água Municipal).

 

LUGAR DE DESTAQUE

Mais incisivo defensor do governo na Câmara, o vereador Marcelo Teodoro Adão (MDB) pretende, pelo menos, ser vice-presidente municipal do partido.

Ele se dispôs ao posto em manifestação direta ao mandatário batistense na prefeitura, dias atrás. Pedroca abençoou o pleito e pediu ao parlamentar que informasse o restante do grupo sobre esse desejo.

Cobertor curto

Postado em 12 de julho de 2021
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O vereador governista Marcelo Teodoro Adão (MDB) não gostou de ter negados pela Secretaria Municipal de Assistência Social dois edredons que seriam encaminhados a famílias carentes de São João Batista. E fez questão de publicitar a insatisfação no encontro com a secretária Rúbia Alice Tamanini Duarte, na Câmara, durante a prestação de contas da pasta. “Fiquei decepcionado com a senhora. Fizeram pouco caso”, disse o parlamentar nas tribunas do Legislativo.

A secretária preferiu não se manifestar sobre o caso. Nem no embate com Adão, e nem depois. O que gerou desconforto no paço e motivou a intervenção do prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB). Ao Jornal Correio Catarinense, o chefe do Executivo batistense disse que “os dois erraram” e que convocaria ambos para uma conversa sobre o assunto e poria um ponto final na polêmica.