Para os catarinenses, um fato: Gelson Merisio (PSD) e Carlos Moisés da Silva (PSL) estão no segundo turno. Para os tijuquenses, uma análise: as urnas responderam satisfatoriamente às requisições do prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) e do engenheiro Sérgio “Coisa Querida” Cardoso, e mostraram, mais uma vez, que o MDB municipal precisa urgentemente de uma reestruturação integral.
Os periquitos, sempre fortes, perderam duas vezes no mesmo pleito; uma para o ímpeto dos colas-brancas organizados, com a máquina e com unidade, e outra para a “onda Bolsonaro”, que içou o Comandante Moisés a um nível de popularidade jamais imaginado na Capital do Vale. Ou seja: a eleição sempre polarizada nas searas tijuquenses entre amarelos e verdes, desta vez teve, além de um surpreendente personagem – que não foi o candidato do PT, Décio Lima, com seus previsíveis mil e tantos votos de ordem no município –, a ineficiência do MDB local, muito associada às disputas de egos no seio da legenda.
Merisio somou quase o dobro dos votos de Mauro Mariani (MDB) em Tijucas – 7.758 contra 4.187 – e, tal qual no pleito de 2016, instituiu um marco na história dos confrontos entre colas-brancas e periquitos na cidade. Sinais claros de que a administração municipal tem aprovação popular, e do inquietante gangrenamento do MDB tijuquense.