quinta-feira, 28 de março de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Convite regional

Postado em 7 de março de 2023
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Foto: Luan Lucas

Empossado recentemente na presidência da Amfri (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí), o prefeito Paulo Henrique Dalago Muller (sem partido), de Bombinhas, tem planos ousados: anexar, pelo menos, três cidades ao grupo.

Em entrevista ao Linha de Frente, Paulinho afirmou que fará o convite pessoalmente ao prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de Tijucas. Além dele, Diogo Francisco Alves Maciel (Republicanos), de Canelinha, e Pedro Alfredo Ramos (MDB), de São João Batista, também serão convidados.

Atualmente, o trio de cidades faz parte da Granfpolis (Associação dos Municípios da Grande Florianópolis) e dependeria, primeiro, do interesse do prefeito na alteração, além da aprovação da Câmara dos Vereadores. “Tijucas tem muito mais a ver com nossa região. Tem que ver se ele acha viável, vou fazer o convite pessoalmente”, explicou o mandatário bombinense.

Sai um, entra outro

Postado em 26 de setembro de 2019
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Próxima presidente do MDB de Tijucas, a vereadora Fernanda Melo Bayer recebeu correligionários, ontem, em casa, para resolver, definitivamente, a formação do diretório e da executiva municipal. Entre os quais, o ex-prefeito Elmis Mannrich, que, inicialmente, havia rejeitado a chapa apresentada.

No ato, Mannrich não fez ponderações, não argumentou e sequer falou. Entrou mudo e saiu calado. Permaneceu, por prestígio, entre os 45 membros votantes nas convenções, mas foi relegado na executiva e perdeu o posto de delegado estadual do partido.

As vantagens que o diretor técnico da Aresc (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina) ostentava na representação municipal do MDB ficaram todas com o também ex-prefeito Valério Tomazi, a quem a próxima presidente vem tratando de “braço direito”. Pois, então?!

Três: O filho adotivo

Postado em 6 de outubro de 2016
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No segundo semestre de 2008, Elmis Mannrich (PMDB) estava nos braços do povo. Em apenas três anos e meio, o prefeito de Tijucas ostentava o título informal de “melhor de todos os tempos” e caminhava a passos largos para a reeleição. Na retaguarda, sempre atenta e sagaz, a chefe de gabinete Flávia Fagundes filha do ex-prefeito Nilton “Gordo” Fagundes contribuía vigorosamente para a impressionante aprovação popular da administração municipal e, consequentemente, para a excelente imagem do chefe. Era ela quem fazia o atendimento aos pleitos da sociedade, encaminhava urgências ao prefeito, regia o colegiado municipal e cuidava pessoalmente de algumas demandas que pudessem ser terceirizadas. Chegava antes e saía da prefeitura depois de todos. Tinha pulso, jogo de cintura e vontade de trabalhar; além da fidelidade irreparável ao partido e, especialmente, ao patrão, a quem servia desde os tempos do escritório de advocacia.

Na carona desse ótimo momento, Fernando Fagundes (PMDB) despontava entre os jovens candidatos à Câmara na época. Filho de um dos políticos mais populares da história de Tijucas, peemedebista de berço, irmão da chefe de gabinete e frequente de inúmeros grupos sociais da cidade, tinha tudo para estrear bem nas concorrências eleitorais. Não deu outra. Em 5 de outubro daquele ano, ele recebeu 1.381 votos 20 a menos que a primeira colocada Marilú Duarte Carvalho (PMDB), então braço direito do secretário de Saúde à época, Walter Gomes Filho e conquistou, com virtudes sobejas, uma cadeira no Legislativo.

Mannrich estava reeleito e Fernando do Gordo na Câmara em 2009. Tudo parecia em ordem, não fosse a contestação dos métodos, inclusive pelos partidários, vereadores reeleitos e históricos, que, por ciúme ou por direito, passaram às objeções veladas. Formou-se, nos meses anteriores e anos seguintes à campanha, um elemento populário de que a estrutura municipal operava em função do irmão da chefe de gabinete. Alguns comissionados da prefeitura, inclusive, admitem quem eram mais valorizados se manifestassem apoio ao vereador e trabalhassem nesse sentido; e os demais parlamentares do partido, que não tinham as mesmas vantagens, começavam a ignorar alguns interesses da administração municipal na Câmara em razão dessa situação. Edson Souza e Elizabete Mianes da Silva eram, visivelmente, dois dos mais incomodados na época.

Fernando Fagundes continuou bem-sucedido nos pleitos eleitorais seguintes, sempre com expressiva votação. Neste, de 2016, era, flagrantemente, o candidato a vereador do candidato a prefeito. A esmagadora maioria dos cabos eleitorais do partido eram, e foram, também replicadores de votos para o edil reeleito; que, desta vez, somou 1.141 indicações e liderou, pela segunda vez consecutiva, a lista proporcional de classificados. O sucesso, porém, veio pela metade. Mannrich sofreu seu mais amargo revés, para tristeza de muitos e alegria de outros  principalmente de alguns que buscavam apenas a igualdade de privilégios nos seus governos anteriores.