sábado, 23 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Coluna do Blog | 1º de junho, 2022

Postado em 1 de junho de 2022
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Divulgação/PMNT

.

TRANSMISSÃO

O prefeito de Nova Trento, Tiago Dalsasso (MDB), entrou em férias. Ele se afasta do comando do município por dez dias e ontem transmitiu o cargo ao vice-prefeito Moacir Dallabrida (PL), que assumiu oficialmente hoje.

 

No itinerário do prefeito em exercício estão o atendimento ao público e as visitas a obras em andamento. “Vou continuar a fazer o bom trabalho realizado pelo Tiago”, prometeu Dallabrida na assinatura da ata, diante de todos os secretários municipais.

PONTO ELETRÔNICO

Enquanto o ex-prefeito de São João Batista e pré-candidato a deputado estadual Daniel Netto Cândido (PODE) era entrevistado no Jornal do Meio-Dia, na Rádio Super, quinta-feira (26), o desafeto, também ex-prefeito e dono da estação Aderbal Manoel dos Santos (PP) sugeria, remotamente, de casa, perguntas ao convidado. Foi a primeira vez que o ex-secretário adjunto de Estado do Desenvolvimento Social esteve na emissora.

Sobre o fatídico discurso de posse em 1º de janeiro de 2013, que culminou na incurável inimizade entre ambos, Cândido disse, mais uma vez, que se arrepende, que apenas cumpriu orientações e que, naquele momento, foi uma questão de sobrevivência.

HONRA AO MÉRITO

Pouca gente soube — justamente por sua bem-posta discrição — que o professor e doutor Celso Leal da Veiga Júnior, com décadas de dedicação ao Direito em Tijucas e região, foi homenageado, no fim de maio, com a Medalha de Sócio Benemérito do Instituto dos Advogados de Santa Catarina, a mais antiga e tradicional associação de advogados do Estado.

A honraria foi entregue pelo vice-presidente do Iasc, Harisson Araújo Almeida, em cerimônia muito prestigiada no campus da Univali (Universidade do Vale do Itajaí) de Tijucas.

PLEITO EXTRAORDINÁRIO

Porto Belo não é o único município catarinense a passar por eleição suplementar neste domingo (5). Os eleitores da pequena Presidente Castello Branco, com menos de 2 mil habitantes, no Vale do Contestado, também vão às urnas.

Nas duas cidades, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) pretende fazer um acompanhamento minucioso do processo, testando novidades da transparência eleitoral.

ALTRUÍSMO

O vereador Gustavo Grimm (CIDADANIA), de São João Batista, já doou mais de R$ 50 mil em salários como parlamentar para projetos e entidades assistenciais. Desde que assumiu a vereança, em janeiro de 2021, ele vem contribuindo, mensalmente, com instituições, associações comunitárias, igrejas, grupos de escoteiros, campanhas filantrópicas e afins.

Um vereador recebe, em São João Batista, quase R$ 3,5 mil mensais.

Novos tempos

Postado em 13 de novembro de 2017
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Dirleni Dalbosco/PMSJB

O empresário Almir Manoel Atanázio dos Santos presidente do SincaSJB (Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista) e irmão do ex-prefeito Aderbal Manoel dos Santos (PP) e o prefeito Daniel Netto Cândido (PSD) parecem ter posto uma pedra sobre os litígios políticos e familiares que os afastavam. Semana passada, durante a 25ª SC Trade Show, em Balneário Camboriú, eles estiveram juntos (conforme a foto), amistosos e companheiros; focados, única e exclusivamente, no sucesso do evento e no desenvolvimento econômico de São João Batista.

O feito, extraordinário, recebeu, inclusive, registro na página social do vice-prefeito Pedro Alfredo Ramos (PMDB), que enalteceu a “hombridade” do presidente do sindicato, que não permitiu o embaraço de “coisas pequenas” na recepção e “imensa atenção” ao chefe do Executivo municipal no evento.

Cinco: A deposição do rei

Postado em 11 de outubro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Eleitos com diferença de 1.146 votos, Valério Tomazi (PMDB) e Ailton Fernandes (PSD) não encontraram facilidade no pleito majoritário de 2012 em Tijucas. Nem nas urnas e tampouco na campanha. Contavam com o favoritismo natural, com a maior militância, com o apoio do então prefeito Elmis Mannrich (PMDB) e da máquina pública, e concorriam contra uma dupla que se formou num sobressalto, dada a fragilidade da oposição à época o próprio candidato a vice-prefeito adversário, ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, admitia, semanas antes da votação, que a formação da chapa oposicionista não inspirava grandes expectativas no início. “Eu e o Adalto (Gomes, candidato a prefeito vencido naquele ano) era dois ovo que nem cascava. Mas nós casquemo e já tamo esgravatando sozinho“, dizia, com simplicidade peculiar.

A disputa, que parecia decidida na apresentação dos competidores, ganhou contornos dramáticos nos últimos momentos. Fatores extraordinários que nasciam e se replicavam nos bastidores da corrida eleitoral foram preponderantes para a desaceleração da campanha situacionista. Além do desembarque do PSD – por conta de negociações fracassadas com o presidente municipal do partido, Jilson José de Oliveira , havia também o desgaste com o presidente do PMDB em Tijucas, Marcio Rosa, desde a pré-convenção dos periquitos, relatada com detalhes no episódio anterior, “Quatro: O partido em duas frentes“. Na reta final, apenas Fernandes permanecia no time da situação. Gil, Sérgio “Coisa Querida” Cardoso e os demais peessedistas deram as mãos a Adalto Gomes e Tonho Polícia.

Nas estâncias do PMDB, partido que administrava a Capital do Vale e concorria novamente à sucessão municipal, as dificuldades eram ainda maiores. Nome à frente das demandas do partido, Rosa abandonou os correligionários tijuquenses e partiu para Nova Trento, onde era coordenador de campanha da ex-prefeita Sandra Regina Eccel (PMDB) no pleito majoritário. Empenhos no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e uma série de documentos, além de cheques, que necessitavam da assinatura do líder peemedebista em Tijucas se acumulavam, sem resolução, e dificultavam ainda mais os planos dos periquitos na corrida eleitoral. Cabia, naquela época, ao atual secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos do município, Artur Tomazoni Filho  que era tão próximo do presidente do PMDB quanto de Mannrich e Tomazi , a coleta das assinaturas; mesmo que com alguma resistência e indolência do comandante.

Marcio Rosa recebeu, por vezes durante a campanha de 2012, porta-vozes da cúpula peemedebista em Tijucas. Os recados eram sempre os mesmos: “Afaste-se ou renuncie à presidência do partido”. E a resposta também se repetia: “Só saio se me expulsarem”.

Enfim, vencidas as eleições, Elmis Mannrich reuniu o PMDB municipal no auditório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), semanas depois do pleito, para tratar dos rumos do partido. Marcio Rosa não recebeu convite; justamente porque não fazia parte dos planos futuros da agremiação em Tijucas. Quase todos os membros da executiva estiveram presentes e decidiram, depois de expostos os motivos, que o comando do diretório haveria de ser revisto. O presidente, além de deposto, foi expulso das fileiras peemedebistas. E o então prefeito, que coordenou a campanha de Valério & Ailton naquela feita, assumiu a chefia de uma recém-instituída comissão provisória.

Rosa voltou às boas com Mannrich e com o PMDB recentemente, mas esses quatro anos de arguições, de uma inimizade exacerbada, ganhou audiência e trouxe consequências. Se houve, por um momento, alguma esperança de comover a plateia, as urnas mostraram que a estratégia estava equivocada. A paz, sempre bem-vinda, reinou mais uma vez; graças aos deuses da fraternidade. Mas a política, que não é tão benevolente, ainda não assimilou essa súbita reaproximação.