quinta-feira, 28 de março de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Paz, amor e votos

Postado em 5 de outubro de 2020
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A estratégia da vereadora e candidata a prefeita Fernanda Melo (MDB) é muito clara nestas eleições: falar de propostas, evitar a polêmica e conquistar o eleitor indeciso. A postura crítica, denunciadora e, por vezes, agressiva das tribunas do Legislativo foi posta de lado; e, sensivelmente, notada na entrevista que a emedebista concedeu ao programa Linha de Frente, quinta-feira (1º) na VipSocial TV.

Com discurso linear, sóbrio e conciliador, a presidente do MDB municipal garantiu que as divisões internas do partido já não existem, que adversários não serão inimigos no pleito, e que pensa apenas em um “jeito certo de fazer melhor” — frase que adotou como slogan de campanha. Assista:

Talk show com personalidades da política que tenham relação direta ou indireta com o Vale do Rio Tijucas e a Costa Esmeralda, o Linha de Frente vai ao ar semanalmente, todas as quintas-feiras, às 19h30, na VipSocial TV e com transmissões simultâneas nas redes FacebookYouTube e Instagram.

Portas abertas

Postado em 12 de setembro de 2019
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A regência do PDT tijuquense tem um modus operandi claro e manifesto no processo intra-eleitoral: ter portas abertas em todas as frentes políticas, partidos e correntes ideológicas. Esse modelo de comportamento foi discutido internamente e vem sendo levado à risca nos últimos meses.

Bastiões da legenda no município, o empresário Thiago Peixoto dos Anjos — que pretende concorrer à prefeitura em 2020 abarcado nos brizolistas — e o vereador Fabiano Morfelle têm sido vistos, juntos ou distantes, vezes festejados e outras discretos, nos mais variados eventos políticos da Capital do Vale. As convenções municipais do PL e do PP, dias 30 e 9 últimos, foram exemplos. Em ambos os encontros, o PDT esteve representado; e assim deve seguir até o momento de separar o joio e o trigo.

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Pedra cantada no Blog e no quadro Política em Foco – que o colunista apresenta no Jornal TopNotícias, no Portal TopElegance às quintas-feiras – deu bingo. Já consta, desde ontem, no sistema de informações partidárias do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), a comissão provisória do PSL em Tijucas com o ex-bombeiro militar Gerson Henrique Marcelino na presidência.

O litígio entre Marcelino e o servidor público municipal Renato Sartori, que concorriam diretamente pelo comando da sigla no município, durou meses. Desde dezembro, o PSL não tinha representação na Capital do Vale. Nos bastidores do processo, porém, o jogo era intenso; e as melhores cartas sempre estiveram com o ex-bombeiro.

Aliado a figuras basais do partido na região – como o deputado estadual Onir Mocellin, militar reformado, de quem é assessor parlamentar na Assembleia Legislativa, e o próprio governador Carlos Moisés da Silva, a quem acompanhou nas incursões pelo estado durante a campanha –, não tardou para que o ex-diretor de Trânsito do município conquistasse a simpatia e a preferência da cúpula peesselista. Sartori, por sua vez, tinha apenas uma promessa do presidente estadual do PSL, Lucas Esmeraldino, e o discurso vago de que havia conquistado ampla votação para o chefe do Executivo estadual e para o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 em Tijucas.

Pesaram, ainda, contra o chefe do Departamento de Estrada de Rodagem do município o histórico político no PT e uma candidatura a vereador rejeitada, em 2016, no PEN, por falta de prestação de contas com a Justiça Eleitoral, além da recorrente austeridade verborreica nas redes sociais e em encontros públicos confrontando cidadãos e parte da imprensa que não o reconheciam como presidente municipal da legenda – o que, de fato, não era, desde dezembro. Líderes do PSL estadual passaram a acompanhar atentamente o comportamento dos concorrentes ao comando do partido em Tijucas, a receber informações de ambos, e formaram a balança.

Marcelino se valeu da discrição, do lastro e do conhecimento prático sobre o trâmite político. Enquanto o concorrente se impunha no Facebook, o ex-bombeiro buscava perfis técnicos para a formação de uma comissão capaz de seduzir a cúpula peesselista e formalizava ofícios em papel timbrado, cordiais, rubricados por parlamentares afins, ao comando estadual do partido. Há 16 dias, o presidente do PSL em Santa Catarina rubricou o “visto” no pedido de homologação da legenda em Tijucas para um time que contava com ex-militares, um servidor da Justiça estadual, advogado e contador, além de jovens idealistas e empresários da cidade. O documento era sustentado, ainda, por quatro dos cinco deputados estaduais do PSL mais bem votados em 2018: Ricardo AlbaAna CampagnoloCoronel MocellinSargento Lima. Foi o xeque mate.

Na semana passada, no encontro regional do partido, o então postulante à presidência do PSL tijuquense Gerson Marcelino foi chamado à mesa protocolar e sentou ao lado de Esmeraldino; enquanto Sartori esteve o evento inteiro na plateia e, quando teve a palavra, achincalhou a mídia “mentirosa” e cobrou efusivamente uma posição do comando estadual do partido. E a decisão foi, enfim, tomada.