quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Café amargo

Postado em 4 de outubro de 2017
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A caneca repousa na mesa do prefeito Elói Mariano Rocha (PSD). É para o café, o chá; para o ego. Não foi amplamente reproduzida, e tampouco envolve recursos públicos. Mas gerou polêmica e interpretações variadas. Mais uma vez, o assunto rendeu críticas diversas à administração municipal nas redes sociais. Na falta de informação, pregou-se que a prefeitura havia encomendado o brinde e distribuído na comunidade.

As censuras vão além, principalmente pelo equívoco na inscrição “Prof. Elói / Gestão 2017-2021”. O governo de Mariano Rocha, como todos sabem, termina em 2020. O engano, entretanto, se existe, se atribui à Asseut (Associação dos Estudantes Universitários de Tijucas), que presenteou o prefeito e alguns secretários municipais com a caneca.

Quem recebeu a peça, a propósito, justifica que a gestão mencionada, nesse caso, não é a do município; mas da própria associação, que confeccionou o brinde e que, em princípio, celebra mandatos de cinco anos.

Estante lotada

Postado em 26 de setembro de 2017
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A prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva (PDT), não para de receber láureas de reconhecimento Brasil afora pelos acertos no governo da Capital do Mergulho Ecológico. Além do título de terceira melhor gestora pública do país, segundo o Índice Nacional de Governança, do Conselho Federal de Administração, a mandatária bombinense esteve recentemente entre os selecionados para o prêmio Melhor Prefeito do Brasil.

O galardão é conferido pela União Brasileira de Divulgação; e reuniu em Recife, dias atrás, chefes dos Executivos municipais que vêm se destacando na gestão.

Pequeno gigante

Postado em 13 de junho de 2017
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Bombinhas se prepara para realizar, entre os dias 22 e 23 próximos, o 2º Congresso Catarinense de Cidades Digitais, voltado para prefeitos, gestores, vereadores e empresários. O foco é o desenvolvimento e a aplicação de inteligência na gestão dos municípios do Estado.

O menor município de Santa Catarina chamaria a atenção para um evento dessa magnitude se não fosse também o terceiro do país em gastos e finanças públicas, qualidade da gestão e desempenho, segundo o Índice Nacional de Governança? Com a resposta, a prefeita Ana Paula da Silva (PDT), responsável por essa proeza.

Gestão moderna

Postado em 10 de novembro de 2016
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Os anúncios oficiais ficam para mais tarde. Submerso nas especulações, o colegiado do prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD) ainda é uma incógnita. Único confirmado no primeiro escalão do próximo governo de Tijucas, o futuro secretário de Administração e Finanças, empresário Helio Gama, revela que a gestão 2017-2020 faz, neste momento, um estudo, com apoio técnico do Sebrae, para conhecer a estrutura organizacional da prefeitura e, consequentemente, o perfil adequado de pessoal para cada função.

O foco dessa análise, segundo Gama, é a modernização da gestão. Os passos seguintes envolvem incursões em municípios que promoveram esse modelo de governo e comprovaram sucesso.

Dez: O duelo dos titãs

Postado em 1 de novembro de 2016
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Não tardou para que o peso da ominosa votação que o ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) recebeu nas eleições gerais de 2014 fosse dividido com a atual administração do município. As obras eram escassas, a Cosatel continuava esburacando as ruas da cidade a bel prazer, e a popularidade do partido e de qualquer um dos seus integrantes despencava na mesma frequência. A voz do descontentamento partiu de fora para dentro, e o prefeito Valério Tomazi (PMDB) já era amplamente questionado no seio do PMDB. Como primeira ação, a executiva peemedebista foi acionada; e passou  a exigir a presença do mandatário tijuquense nas reuniões mensais da sigla. Alguma coisa estava errada, e parte dos membros locais do partido era resoluta em atribuir culpa pelos reveses à gestão ora depauperada da Capital do Vale.

Desde que iniciou o governo, aliás, Tomazi afirmava publicamente, sempre que um problema era apresentado, que embora tivesse a caneta nas mãos, ela “estava sem tinta”. Até os resultados das eleições de 2014 aparecerem, declarações dessa ordem eram engolidas em seco pelos partidários; depois, não mais. As reuniões mensais entre os peemedebistas, a partir de então, tinham clima tenso. Por vezes o prefeito e seu antecessor, que debatiam calorosamente sobre qualquer assunto e davam sinais claros de que já não mantinham a sintonia de outrora , precisaram ser contidos pelos demais membros.

O chefe do Executivo municipal era cada vez mais cobrado internamente. Além dos resultados na gestão, grande parte do diretório do PMDB local exigia, também, mudanças pontuais no primeiro escalão do governo. O alvo principal era o diretor do Samae, Wilson Bernardo de Souza, braço direito de Tomazi na administração. Uma das alas do partido, mais consonante aos arbítrios de Mannrich, reivindicava a substituição do comandante da autarquia que era especificamente técnico, e apresentava balancetes positivos mês a mês por um agente com papel mais político, concentrado nos votos em vez das cifras. O prefeito sequer considerou; e o departamento de água e esgoto continua sendo um dos únicos do atual governo com mesma regência desde 1º de janeiro de 2013.

A relação entre Tomazi e Mannrich seguia de mal a pior, mas ainda era dada somente aos bastidores. Nesse meio tempo, o alcaide passou a ceder às pressões da Câmara Municipal  numa advertência organizada pelo vereador Sérgio Murilo Cordeiro (ainda no PMDB), sob pena de rejeição de qualquer proposta do Executivo pela exoneração da então chefe de gabinete Flávia Fagundes, a mais íntima defensora do antecessor na atual administração. O prefeito considerou, sugeriu a mudança de escalão; e o clima, que era ruim, ficou insustentável. Em janeiro de 2015 ela, que seguiu por mais alguns meses na corda bamba, pediu dispensa para acompanhar o ex-prefeito e amigo na gerência do Imetro/SC, cargo que ele passou a ocupar no governo estadual.

A candidatura a prefeito em 2016, a partir de então, pelo desgaste interno e pelas manifestações dos partidários, começava a ser alimentada na cabeça do presidente municipal do PMDB. Os descontentes com a atual gestão do município se multiplicavam na executiva do partido e a volta de Mannrich às disputas eleitorais seria questão de meses; embora ele recebesse advertências frequentes de amigos próximos, mais sóbrios, de que os efeitos dos recentes acontecimentos eram irreversíveis, e que a oposição fatalmente venceria o pleito vindouro.

Os avisos foram novamente ignorados, por habilidade ou petulância. Os atritos partidários juntados aos problemas de 2014, o fraco desempenho das recentes eleições à gestão conturbada de Valério Tomazi, se transformaram em avassaladores 2.982 votos de distância entre vencedores e vencidos. Os periquitos, que são inexpugnáveis juntos, estiveram divididos; e seus dois bastiões em trincheiras opostas, cada qual em razão do seu próprio projeto pessoal. Era de se esperar que a queda, se as duas pernas não estivessem firmadas no chão, seria mais dolorosa.