sábado, 18 de outubro de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Tardou, mas não falhou

Postado em 9 de setembro de 2025
Fotos: Divulgação

A entrega da Moção de Louvor da Câmara Municipal de Tijucas ao secretário de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde, Emerson Stein (MDB), estava marcada para o fim de agosto, mas ocorreu ontem. O adiamento foi necessário em razão do nascimento do segundo filho do portobelense, José Antônio, naquela mesma semana.

Proposta pelo vereador Flávio Henrique Souza (MDB) e aprovada por todo o parlamento, a homenagem reconhece as ações de Stein enquanto deputado estadual, posto que ocupou por dois anos e meio, até ser integrado ao governo. No texto, o proponente justificou o “apoio incondicional ao município de Tijucas, por meio da destinação de recursos, articulação política e atenção às necessidades da população”.

O pai do homenageado, ex-vereador Antônio Sérgio Stein, popular Totonho, mais o prefeito Joel Orlando Lucinda (MDB), de Porto Belo, e lideranças da comunidade portobelense se misturaram aos parlamentares tijuquenses e prestigiaram o ato.

Protocolo e política

Postado em 8 de setembro de 2025
Foto: PMT/Divulgação

O ex-prefeito de São João Batista e atual coordenador de Serviços Gerais da Assembleia Legislativa, Daniel Netto Cândido (PSD), voltou a circular pela região. Desta vez, em Tijucas, ao lado da ex-deputada estadual e hoje secretária-geral da Alesc, Marlene Fengler (PSD).

O roteiro, que misturou pautas institucionais e políticas, incluiu passagem pelo gabinete do prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) e uma aparição estratégica nos microfones da Rádio Vale.

No encontro na prefeitura, também marcaram presença o vice-prefeito Rudnei de Amorim e o vereador Paulo César “Frango” Pereira, ambos do PSD, o que reforçou a linha de intimidade partidária. E na entrevista, Cândido e Marlene destacaram o trabalho da Alesc no apoio direto às Câmaras de Vereadores e na formação política via Escola do Legislativo.

O batistense, a propósito, integra a equipe que trabalha na articulação da candidatura do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), ao cargo de governador – assunto discrepante da gestão de Tijucas, que defende a reeleição de Jorginho Mello (PL) – e já admitiu que poderia se candidatar a deputado estadual ou mesmo à Câmara Federal em 2026.

Apoio ao capitão

Postado em 3 de setembro de 2025
Fotos: Arquivos pessoais

Enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) julga Jair Bolsonaro, o termômetro político ferve nas redes sociais da região. Mandatários e lideranças locais, especialmente filiados ao PL ou ligados a movimentos de direita, correram para registrar publicamente seu apoio ao ex-presidente.

O prefeito de Itapema, Carlos Alexandre “Xepa” de Souza Ribeiro (PL) se posicionou em vídeo e resumiu o sentimento da tropa: “Hoje não se julga apenas um homem, mas milhões de brasileiros que acreditam em valores como família, liberdade e pátria”. E arrematou, com mensagem direta de apoio: “Força, capitão!”.


Em São João Batista, o empresário Felipe Lemos (PL), candidato a prefeito em 2024, foi taxativo ao afirmar que o julgamento representa “uma das maiores perseguições políticas da história mundial”. E finaliza dizendo que “a Justiça é cega, mas a justiça divina jamais irá falhar”.


Na vizinha Tijucas, o presidente do PL municipal, Fernando Fagundes, ex-vereador e candidato a vice-prefeito na eleição passada, também engrossou o coro. Compartilhou uma mensagem da deputada federal Caroline De Toni (PL-SC), repetindo a narrativa de que Bolsonaro não responde por crimes, mas por “amar o Brasil”. A postagem foi replicada por seu companheiro de chapa, Thiago Peixoto dos Anjos, segundo colocado na corrida majoritária de 2024 na Capital do Vale, e, desde então, o movimento vem se espalhando em efeito dominó.

Papel timbrado

Postado em 3 de setembro de 2025
Foto: Divulgação

O prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) respira aliviado. Um dos projetos que elegeu como cartão de visitas do mandato finalmente avançou. A esperada LAP (Licença Ambiental Prévia) para a construção dos molhes e a dragagem do Rio Tijucas está garantida. Documento em mãos, sorriso no rosto.

Para chegar a esse ponto, houve articulação de bastidor com peso político. O secretário de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde, Emerson Stein (MDB), a presidente do IMA (Instituto do Meio Ambiente), Sheila Meirelles, e até o próprio governador Jorginho Mello (PL) entraram no jogo para destravar o processo.

Com a LAP conquistada, abre-se caminho para a próxima etapa: a busca pela LAI (Licença Ambiental de Instalação), documento que autoriza o início efetivo das obras. E, evidentemente, os mesmos personagens continuarão em cena.

Desagravo

Postado em 2 de setembro de 2025
Fotos: Reprodução

A confraternização Granfpolis (Associação dos Municípios da Grande Florianópolis), em Governador Celso Ramos, na sexta-feira (29), terminou em protesto político. Em coro – e até em vídeo –, prefeitos da região deixaram claro que não querem o vereador Carlos Bolsonaro (PL), do Rio de Janeiro, como candidato ao Senado por Santa Catarina. O nome defendido por eles é o da deputada federal Caroline De Toni (PL-SC).

O manifesto, que já circula entre lideranças políticas, mostra chefes do Executivo unidos no “grito de guerra”. Entre eles, o tijuquense Maickon Campos Sgrott (PP), o canelinhense Diogo Francisco Alves Maciel (PL) e seu vice Antonio Carlos Machado Junior (PSD), além do neotrentino Maxiliano de Oliveira (PL) e o majorense Rodrigo dos Santos (PP).

Nos discursos que acompanharam o registro, a linha foi a mesma. A região não aceita “alguém de fora” ocupando o espaço político catarinense. Do Vale do Rio Tijucas, apenas Juliano Peixer (UNIÃO), de São João Batista, não aparece no vídeo.

A movimentação ganha contornos de recado direto à cúpula do PL. Isso porque, dias antes, o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, havia defendido uma dobradinha formada por Esperidião Amin (PP-SC) e Carlos Bolsonaro para a corrida ao Senado.

A reação dos prefeitos foi imediata e barulhenta.

DE PONTA A PONTA

Se na Grande Florianópolis o recado já havia sido dado, no Vale do Itajaí e Costa Esmeralda o discurso foi o mesmo. O segundo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro não é bem-vindo na disputa pelo Senado em Santa Catarina. Prefeitos da Amfri (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí) se reuniram mais tarde, em Balneário Camboriú, e reafirmaram apoio a Caroline De Toni como nome legítimo do Estado para a vaga.

Na mesa do jantar estavam Carlos Alexandre “Xepa” de Souza Ribeiro (PL), de Itapema, Joel Orlando Lucinda (MDB) e seu vice Ailto Neckel de Souza (PL), de Porto Belo, Alexandre da Silva (PSD), de Bombinhas, e mais uma vez Diogo Francisco Alves Maciel, de Canelinha, e Maickon Campos Sgrott, de Tijucas.

Em tempo: Sgrott e Maciel, que já haviam participado anteriormente do encontro da Granfpolis, reforçaram a linha de resistência a Carlos Bolsonaro. O evento, que reuniu representantes do PL, MDB, PSD e PP, escancarou a costura política regional.

Ritmo acelerado

Postado em 1 de setembro de 2025
Foto: Arquivo

O tabuleiro demográfico e, por consequência, o político de Tijucas está em plena mutação. A nova estimativa, divulgada pelo IBGE no fim da semana passada, mostra que o município alcançou a marca de 58.695 habitantes em 2025. Para se ter a dimensão da mudança, no censo de 2022 eram 51.592 moradores. Um salto considerável em um curto espaço de tempo.

O crescimento populacional não se reflete apenas nas ruas, nos novos empreendimentos imobiliários ou no trânsito mais carregado. Ele inevitavelmente mexe com a urna. Em 2024, a Capital do Vale registrou oficialmente 34.300 eleitores. A tendência é que esse número acompanhe a curva demográfica e torne o jogo político local cada vez mais disputado.

O prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) já enxerga esse movimento como um divisor de águas. Desde que assumiu o comando do Executivo, em janeiro, vem repetindo que Tijucas tem potencial para romper a barreira dos 100 mil habitantes em apenas uma década. Um aumento que, se confirmado, transformará o município em protagonista regional, com direito a mais cadeiras na Câmara e um eleitorado ainda mais cobiçado.

Direção definida

Postado em 27 de agosto de 2025
Foto: Arquivo pessoal

Ainda que não tenha sido eleito, como gostaria, para a prefeitura de São João Batista, o empresário Felipe Lemos (PL) continua fazendo política. E, tal qual na pré-campanha e durante o processo eleitoral, as incursões no governo estadual, seja para alinhamentos estratégicos ou pleitos da comunidade, têm sido o caminho.

Nesta semana, a propósito, o batistense esteve na Casa Civil estadual, acompanhado do ex-vereador Fernando Fagundes, de Tijucas, assistente de gabinete da pasta, para conhecer detalhes dos programas Estrada Boa Rural e CNH Emprego na Pista, ambos do governo de Jorginho Mello (PL).

Lemos tem sido, ainda, constante nas reuniões da segunda etapa do “Santa Catarina Levada a Sério”, que, desta vez, teve explanação do chefe da Casa Civil, Kennedy Nunes (PL), com quem posou na foto para o registro nas redes sociais.

O empresário não garante que vá concorrer novamente à prefeitura da Capital Catarinense do Calçado ou que se estabeleça como político, mas nunca abriu mão de acompanhar o movimento de direita e de, prioritariamente, ajudar no projeto de reeleição do governador em Santa Catarina. Os sinais são claros e precisos.

Eternizado

Postado em 27 de agosto de 2025
Foto: Arquivo

O tijuquense Leonardo Steil volta a ser lembrado, agora oficialmente, pelo Estado. O governador Jorginho Mello (PL) encaminhou projeto de Lei à Assembleia Legislativa que dá o nome do policial penal, falecido em 2020, à base operacional do GTI (Grupo Tático de Intervenção) instalada no Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara.

Filho do ex-secretário municipal Jorge Steil e irmão do ex-diretor do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Tijucas, Fernando Steil, Leo dedicou 14 anos à carreira. Iniciou no Presídio Regional de Tijucas, passou pelo extinto Presídio de Itajaí e, a partir de 2018, no GTI, a tropa de elite do sistema prisional catarinense, onde atuava em operações de risco e era reconhecido como peça-chave nas ações da corporação.

No projeto, o agente foi descrito como “referência de dignidade, honestidade, retidão, solidariedade e competência”. Homenagem, portanto, mais que justa.

Clara inclinação

Postado em 26 de agosto de 2025
Foto: Divulgação

Não foram apenas os corretores de imóveis que lotaram o auditório para ouvir o sempre polêmico comentarista político Caio Copolla em Itapema, ontem. Chamou atenção, na plateia e no radar político da região, a presença do prefeito de Tijucas, Maickon Campos Sgrott (PP) – gesto que nunca pode ser considerado simples coincidência.

Famoso por suas aparições inflamadas na CNN Brasil, na Jovem Pan e Rede Bandeirantes, Copolla carrega um discurso muito afinado com a direita brasileira. Enunciado que ecoa na defesa ideológica do progressista Campos Sgrott, que ensaia movimento de passagem ao PL de Jair Bolsonaro e, principalmente, do governador Jorginho Mello.

O evento foi promovido pelo Creci/SC (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina) em alusão ao primeiro aniversário da Aciesc (Associação de Corretores e imobiliárias de Santa Catarina), e recheado de formalidades e homenagens. Mas o que rendeu nos bastidores, inclusive com pose para as fotos, foi mesmo a controversa disputa política nacional e seus desenlaces locais.

Janela para o amanhã

Postado em 25 de agosto de 2025
Foto: Divulgação

O prefeito de Tijucas, Maickon Campos Sgrott (PP), e o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural, engenheiro Jordan Laus, voltam aos holofotes nesta terça-feira (26) para mais um capítulo das discussões sobre o Plano Diretor – tema que mexe diretamente com o futuro do município.

O encontro foi marcado para a sede da Acit (Associação Comercial e Industrial de Tijucas), às 18h30, em roda com empresários, técnicos do setor e lideranças locais. Na pauta, o assunto que vem, há algum tempo, aquecendo os bastidores da política tijuquense.

COMPENSAÇÃO

Em julho, a Câmara deu sinal verde para um pacote de emendas que, em tese, buscam clarear as regras do jogo urbano. Entre os pontos de maior atenção, estaria a outorga onerosa.

Outro ajuste, inclusive, abre espaço para prédios de até 40 andares, desde que haja contrapartidas urbanísticas e que, obviamente, as contas da prefeitura e consequentemente o retorno social se fortaleçam tanto quanto as finanças dos investidores.